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domingo, 14 de março de 2021

CAP. 07/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - (sobre nossa economia recente) - Autora Dra Economista Laura Carvalho


A autora diz que nosso sistema bancário é muito concentrado e cobra muito alto pelos serviços prestados. Concentra mais ainda a renda.
Página 53 – Os juros reais (descontando a inflação) pagos sobre a dívida pública em 2010 estava em 1,2% do PIB Produto Interno Bruto. Em 2005 era de 5% do PIB.
O Programa Bolsa Família em 2010 desembolsou 0,36% do PIB. Notar que grosso modo, 0,36% para o Bolsa Família é equivalente a 1/3 do que pagamos de juro da dívida pública no mesmo ano.
Capítulo 2 – A Agenda da FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Um passo ao lado (na Valsa do nome deste livro)
O mercado indicou que “o país precisaria (na visão do mercado) de um modelo de crescimento centrado no desenvolvimento industrial nos moldes asiáticos com mais destaque para as exportações”. Um caminho proposto era desvalorizar o real. O que facilitaria exportação.
Contornar o juro alto ao setor industrial, O governo, já com o poder desgastado, fez o jogo da FIESP por assim dizer:
- reduziu juros para as empresas;
- desvalorizou o real para facilitar exportação
O ano de 2011 foi o da posse da Dilma em seu primeiro mandato. Ela é economista e adotou o que o mercado (e FIESP) propunha.
26-05-2011 – artigo na Folha de São Paulo. Pacto entre FIESP, CUT e Força Sindical. Assinaram um projeto para a industrialização do Brasil e que levou o nome: Um Acordo pela Indústria Brasileira.
O governo adotou as medidas indicadas mas “o maior dinamismo da indústria não veio”. A tal “Nova Matriz Econômica” adotada não deu o resultado esperado. Só que sobrou problema para nossa economia.
Página 58 – Costumam associar essas medidas à esquerda mas foram da receita dos liberais do capital. A autora chama essa Nova Matriz Econômica de “Agenda da FIESP”. A FIESP propôs e a Dilma implementou, não deu bom resultado, o setor de capital saltou do barco e foi apoiar o Fora Dilma.
59 – “Essa agenda envolveu a redução de juros, a desvalorização do real, a contenção de gastos públicos e investimentos públicos e uma política de desonerações tributárias (menos impostos às indústrias) cada vez mais amplas, além da expansão do crédito do BNDES e o represamento das tarifas de energia. Os resultados foram desastrosos”.
Houve desaceleração da economia, desemprego, piora nas contas públicas.
Juros, Câmbio e Inflação
Agosto de 2011 a outubro de 2012. O BACEN Banco Central derrubou a Selic (Taxa básica de juros) de 12,5% para 7,25%.
Assim ano final, o juro real, descontada a inflação ficou a menos de 1% ao ano.
E a Dilma teve que mudar a remuneração da Caderneta de Poupança para pior.
O dólar saiu de 1,60 para 2,00 até meados de 2013. Caiu o juro e subiu o dólar por essa causa.
Os países ricos destinaram grandes volumes de dólar como capital especulativo para os países em desenvolvimento, principalmente ao Brasil e México.
Guido Mantega colocou uma taxa de IOF Imposto Sobre Operações Financeiras de 1% sobre esse tipo de transação especulativa.
Estabilizou a taxa de câmbio na casa dos 2,00 – dois reais – mas não ajudou muito nas exportações. Uma das razões é que nossas exportações são muito concentradas em poucos produtos e não são muito afetados pela flutuação do câmbio. Principalmente em termos físicos, ou seja, preço alto ou não tão alto, as quantidades exportadas de soja, minério de ferro, continuam num ritmo relativamente estável.
62 – “Como vimos, desvalorizações da taxa de câmbio produzem queda dos salários reais, ou seja, reduzem o poder de compra dos trabalhadores no curto prazo”. Ganham menos, gastam menos, encolhe a economia.
Por volta de 2010 nosso foco era mercado externo e este estava em retração. Nossa política econômica de então foi uma má aposta.
Nossas exportações cresceram:
11,7% em 2010; 4,8% em 2011 e 0,3% em 2012.
Internamente a combinação de dólar alto e preços elevados dos serviços – Em 2011 elevou nossa inflação para o teto da meta: 6,5% ao ano, desacelerando o crescimento dos salários.
Nesse período os USA fazem alteração no seu plano monetário e migra capital especulativo. Subiu a cotação do dólar no Brasil. Por conta disso do Banco Central teve que elevar a taxa Selic de 7,25% aa em março de 2013 para 11,75% em dezembro de 2014. Com isso a taxa de juros real (já descontada a inflação) saiu de 0,7% ao ano em março/13 para 5,3% ao ano em dezembro/14.
Continua no capítulo 08/22 (um por dia corrido)

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