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segunda-feira, 15 de março de 2021

CAP. 10/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - (sobre nossa economia anos 2000 para cá) - LAURA CARVALHO - Economista

 CAP. 10/22                leitura em março de 2021

         O Estado arrecadando menos com a economia desaquecida e as desonerações fiscais e juros subsidiados.   Os gastos sociais crescendo em relação do PIB Produto Interno Bruto.   Começou a piorar o conjunto das contas públicas.

         Nos momentos em que o Estado tem que apertar o cinto, nas outras rubricas é difícil, sobrando pouca opção de corte, que não sejam os investimentos públicos.

         O Prêmio Nobel de Economia Joseph Stightz em artigo com link citado neste livro aponta sobre o governo Reagan.   “Simplesmente não há base teórica ou empírica para isso (a suposição de que menores impostos estimulam o crescimento econômico)”, afirmou o economista.

         A autora disse que o governo dos USA ter adotado isso não surpreende e ela pergunta:     ...”mas o que levou um governo brasileiro associado à esquerda  (Dilma) apostar suas fichas em uma política tão ampla de incentivos a grandes corporações?    Seria por falta de alternativas.

         Antes da OMC Organização Mundial do Comércio  barrar certos mecanismos de proteção ao setor interno, países protegiam elevando tarifas de importações, taxa de câmbio diferenciadas etc.   Nos tempos de Dilma isso já era vedado pelas normas da OMC.    Sobrou para os governos a redução de impostos e o câmbio desvalorizado.

         A Dilma é Economista e considerara nesse meio como uma Industrialista e usou mecanismo nesta linha.   Atendeu aos interesses imediatos do empresariado politicamente influente.

         A deterioração fiscal

         No período de 2012 a 2014 houve estímulo fiscal  “ sobretudo por meio de subsídios e desonerações (reduzir impostos), que se mostraram pouco efetivos para dinamizar a demanda agregada, e em detrimento dos investimentos públicos...”

         Página 88 – Gastos com funcionalismo.   Nos dois mandatos do FHC Fernando Henrique, esses gastos cresceram na média de 5,9% ao ano.   No primeiro mandato do governo Dilma esses gastos cresceram à média de 1% ao ano.

         Investimentos públicos:    Anos 2006 a 2010  (governo Lula) cresceram na média de 27,6% ao ano.  Ficou sendo o Período Desenvolvimentista.    Impulsionado pelos investimentos públicos.

         Já em outro cenário, Dilma e seu período “Industrialista” – os investimentos públicos cresceram só 1% ao ano em média entre 2011 e 2014.    A autora diz que no Governo Dilma os críticos diziam algo que ela classifica de Mito da Governança.   Ela comprova que pouca alteração houve nos programas de atendimento aos mais pobres.  Só acrescentou o Programa Brasil Carinhoso.            “com foco nas crianças em situação de extrema miséria”.

         Pela regra vigente de recuperar o salário mínimo computando a inflação do ano anterior e o incremento médio do PIB dos dois anos anteriores.   Nesse critério em 2011 (primeiro ano do governo Dilma) o salário mínimo teve um ganho real de 3% ao ano entre 2011 e 2014.   (mesmo num tempo de vacas magras e de baixa nos preços das commodities que o Brasil exporta)

         No período anterior, 2006 a 2010 (Lula) o ganho real (já descontando a inflação) médio anual do salário mínimo foi de 5,9% ao ano.

         Despesas com benefícios sociais comparados – governo Dilma, despesas cresceram em benefícios sociais 5,8% ao ano.  No governo FHC (segundo mandato – 1999-2002) essas despesas cresceram à média de 7,5% ao ano.

         “O que causou a redução do resultado primário (receitas menos despesas correntes) no governo Dilma foi, na verdade, o aumento das despesas com subsídios às empresas e o menor crescimento da arrecadação”.

         O que mais cresceu entre as despesas primárias:  Os subsídios, crescendo 20,7% ao ano entre 2010 e 2014.     Inclui empréstimos com subsídios pelo BNDES e o Programa MCMV Minha Casa Minha Vida.

         Crescimento comparado da arrecadação federal:

         Segundo governo FHC – 8,4% ao ano

         Segundo governo Lula – 6,1% ao ano

         Primeiro governo Dilma – 2,9% ao ano.

         Queda da arrecadação no governo Dilma pela economia crescendo pouco e pelos subsídios e desonerações feitas ao setor empresarial.

        

         Continua no capítulo 11/22  (um por dia corrido)

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