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sábado, 13 de março de 2021

CAP. 05/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA (sobre nossa econ. anos 2000) - autora Economista LAURA CARVALHO

 CAP. 05/22                - leitura em março de 2021 

         Tsunami ou marolinha.  A crise de 2008.   Crise de 2008-209

         No que afetou os países emergentes, a crise que começou nos USA:

- contração no crédito;

- queda de preços das commodities (soja, minério de ferro, petróleo etc)

- fuga de capitais externos aqui empregados

- desvalorização do real em relação ao dólar.

         Resultou  em queda no nosso PIB Produto Interno Bruto.

         Nós fomos pegos com bom estoque de dólares, as chamadas reservas cambiais.   Lula foi à TV e disse que era para os empresários continuarem investindo e o povo consumindo e o tsunami aqui seria uma marolinha.   Disse isso por ter acumulado reservas cambiais e por ter aumentado os investimentos públicos para enfrentar a crise importada.

         A crise afetou o mundo em maior ou menor grau. Nós tivemos uma queda no PIB mas abaixo do que ocorreu com os demais países da OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.  Isto até maio de 2011.

         O governo acionou os bancos públicos BB Banco do Brasil e CEF Caixa Econômica Federal.  Entre setembro de 2008 e julho de 2009 os bancos públicos aumentaram em 33% a oferta de crédito.   O que segurou a onda.

         O governo também efetuou desonerações  (redução de impostos) como o IPI Imposto sobre Produtos Industrializados para automóveis em 2008.  (buscando inclusive manter os empregos).  Em 2009 estendeu a redução de impostos para a chamada linha branca (geladeiras, fogões, microondas etc), móveis e materiais de construção.   Sempre na linha de manter o mercado ativo e evitar desemprego.

         O governo federal manteve o nível de repasses para os governos estaduais e municipais para não reduzirem os investimentos.  

         O conjunto dessas ações evitou aqueda na economia e no emprego.

         O Governo federal na época aumentou o tempo de pagamento do seguro desemprego.

         Em 2009 – lançou o programa MCMV Minha Casa Minha Vida.  Este que através de investimentos públicos ajudou muito a movimentar a economia e os empregos.

         Sem essas medidas o Brasil levaria um grande solavanco na crise que começou nos USA e se irradiou pelo mundo em 2008-2009 mas muitos efeitos negativos se estenderam por mais tempo.

         40 – No governo Lula o motor foi investimentos públicos.  Já em parte do governo Dilma,   ...”em 2011, essa atuação deu lugar a uma estratégia baseada nos incentivos ao setor privado, tanto via política fiscal (reduzindo impostos – as chamadas desonerações), quanto via política monetária e creditícia.”

         41 – Colapso anunciado?

         Os economistas divergem nas virtudes e defeitos das ações do governo na economia.   Uns querem atribuir o bom desempenho dos anos 2000 às medidas anteriores do governo FHC (1994-2002) e há outros que veem méritos na condução da economia também pelos governos de 2003 para cá.   (Lula e Dilma).

         A nossa economia vinha bem até 2010 e começou a ter mais dificuldade de 2015 em diante.  Em 2015 a segunda maior recessão da nossa história.

         42 – Em 2004 e 2005 o crescimento foi liderado pelo boom das exportações.  Entre 2006 e 2010 por:

- efeito da valorização mais acelerada do salário mínimo, do Bolsa Família;

- da expansão do crédito, dos investimentos públicos.

         Poucos discordam do fato de que a estabilização da inflação nos tempos de FHC foi uma condição necessária para o crescimento dos anos seguintes.     ...”outra coisa é afirmar que a adoção do tripé econômico... foram os principais responsáveis por gerar um crescimento acelerado – uma década depois”.

         As medidas dos governos após 2002 (Lula e Dilma) deram impulso à economia, emprego e renda, mas não tinham meios de se estenderem por muito tempo (altos investimentos públicos, crédito abundante etc).

         Desequilíbrio externo e Estrutura Produtiva

         Baixa competitividade do nosso setor industrial.

         O que mais acelerou a nossa economia foi o setor de Serviços.  Comércio e Serviços cresceram e a indústria não.   Os produtos vieram de fora.  Dados das importações no período:

         De 2005 a 2010 houve aumento de 103,4% em termos reais em nossas importações.

         O dólar baixo, o real valorizado, facilitavam as importações.  O dólar baixo tem outro efeito negativo:  Dificulta as exportações.

         Uma equação difícil.  Dolar baixo, mercadorias sobem menos e tem menos inflação.  Por outro lado, desequilibra nossa balança comercial, havendo mais importação do que exportação.    

         De outro lado, se o dólar for muito caro, fica mais caro importar e a inflação sobe.     “Com a inflação mais alta, os salários perdem poder de compra, desacelerando o consumo das famílias.”

 

                   Continua no capítulo 06/22

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