CAP. 05/22 - leitura em março de 2021
Tsunami ou marolinha. A crise de 2008. Crise de 2008-209
No que afetou os países emergentes, a
crise que começou nos USA:
- contração no
crédito;
- queda de preços
das commodities (soja, minério de ferro, petróleo etc)
- fuga de capitais
externos aqui empregados
- desvalorização do
real em relação ao dólar.
Resultou em queda no nosso PIB Produto Interno Bruto.
Nós fomos pegos com bom estoque de
dólares, as chamadas reservas cambiais.
Lula foi à TV e disse que era para os empresários continuarem investindo
e o povo consumindo e o tsunami aqui seria uma marolinha. Disse isso por ter acumulado reservas
cambiais e por ter aumentado os investimentos públicos para enfrentar a crise
importada.
A crise afetou o mundo em maior ou
menor grau. Nós tivemos uma queda no PIB mas abaixo do que ocorreu com os
demais países da OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico. Isto até maio de 2011.
O governo acionou os bancos públicos BB
Banco do Brasil e CEF Caixa Econômica Federal.
Entre setembro de 2008 e julho de 2009 os bancos públicos aumentaram em
33% a oferta de crédito. O que segurou
a onda.
O governo também efetuou
desonerações (redução de impostos) como
o IPI Imposto sobre Produtos Industrializados para automóveis em 2008. (buscando inclusive manter os empregos). Em 2009 estendeu a redução de impostos para a
chamada linha branca (geladeiras, fogões, microondas etc), móveis e materiais
de construção. Sempre na linha de
manter o mercado ativo e evitar desemprego.
O governo federal manteve o nível de
repasses para os governos estaduais e municipais para não reduzirem os
investimentos.
O conjunto dessas ações evitou aqueda
na economia e no emprego.
O Governo federal na época aumentou o
tempo de pagamento do seguro desemprego.
Em 2009 – lançou o programa MCMV Minha
Casa Minha Vida. Este que através de
investimentos públicos ajudou muito a movimentar a economia e os empregos.
Sem essas medidas o Brasil levaria um
grande solavanco na crise que começou nos USA e se irradiou pelo mundo em
2008-2009 mas muitos efeitos negativos se estenderam por mais tempo.
40 – No governo Lula o motor foi
investimentos públicos. Já em parte do governo
Dilma, ...”em 2011, essa atuação deu
lugar a uma estratégia baseada nos incentivos ao setor privado, tanto via
política fiscal (reduzindo impostos – as chamadas desonerações), quanto via
política monetária e creditícia.”
41 – Colapso anunciado?
Os economistas divergem nas virtudes e
defeitos das ações do governo na economia.
Uns querem atribuir o bom desempenho dos anos 2000 às medidas anteriores
do governo FHC (1994-2002) e há outros que veem méritos na condução da economia
também pelos governos de 2003 para cá.
(Lula e Dilma).
A nossa economia vinha bem até 2010 e
começou a ter mais dificuldade de 2015 em diante. Em 2015 a segunda maior recessão da nossa
história.
42 – Em 2004 e 2005 o crescimento foi
liderado pelo boom das exportações. Entre
2006 e 2010 por:
- efeito da
valorização mais acelerada do salário mínimo, do Bolsa Família;
- da expansão do
crédito, dos investimentos públicos.
Poucos discordam do fato de que a
estabilização da inflação nos tempos de FHC foi uma condição necessária para o
crescimento dos anos seguintes.
...”outra coisa é afirmar que a adoção do tripé econômico... foram os
principais responsáveis por gerar um crescimento acelerado – uma década
depois”.
As medidas dos governos após 2002 (Lula
e Dilma) deram impulso à economia, emprego e renda, mas não tinham meios de se
estenderem por muito tempo (altos investimentos públicos, crédito abundante
etc).
Desequilíbrio externo e Estrutura
Produtiva
Baixa competitividade do nosso setor
industrial.
O que mais acelerou a nossa economia
foi o setor de Serviços. Comércio e
Serviços cresceram e a indústria não.
Os produtos vieram de fora. Dados
das importações no período:
De 2005 a 2010 houve aumento de 103,4%
em termos reais em nossas importações.
O dólar baixo, o real valorizado,
facilitavam as importações. O dólar
baixo tem outro efeito negativo:
Dificulta as exportações.
Uma equação difícil. Dolar baixo, mercadorias sobem menos e tem
menos inflação. Por outro lado,
desequilibra nossa balança comercial, havendo mais importação do que
exportação.
De outro lado, se o dólar for muito
caro, fica mais caro importar e a inflação sobe. “Com a inflação mais alta, os salários
perdem poder de compra, desacelerando o consumo das famílias.”
Continua no capítulo 06/22
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