CAP. 09/22
Página 74 – “Após o
impeachment, a ex-Presidente Dilma classificou a política de desonerações como
um dos seus principais erros”. Ela
esperava que as desonerações se
reverteriam em produção e empregos e foi para aumentar o lucro dos empresários.
A autora diz que acabou
sendo na prática uma transferência de renda para os empresários ficarem ainda
mais ricos. Uma Bolsa Empresário.
Abalou ainda mais as
contas públicas essas desonerações.
Juros e Spreads. (spread é o que o banqueiro cobra de diferença
entre o juro que paga na captação de dinheiro e o juro que recebe ao empresar
esse dinheiro, já embutindo seus lucros).
Em 2012 o governo Dilma
tenta adotar medidas para reduzir o spread dos bancos. Por ação do governo, Banco do Brasil e Caixa
Econômica reduziram suas taxas de juros e se os bancos privados não reduzissem
as deles, perderiam mercado. Também
essa oferta de crédito com juros reduzidos não estimulou o empresariado a
investir mais.
Alguns economistas viram
má vontade do empresariado, mas a autora vê que o mercado não era favorável a
investimentos, mesmo com desonerações e crédito disponível a juros baixos.
77 – Crédito
Subsidiado. (Quando o governo
assume um custo para si de forma a oferecer empréstimo com juro mais barato)
Um exemplo típico é o
financiamento popular para as classes de renda mais baixa. E há também Crédito Rural para Agricultura
Familiar com juros subsidiados, portanto, sendo abaixo da taxa de mercado.
O Programa PSI Programa de
Sustentação do Investimento com juros subsidiados e prazo longo para
pagar. O PSI iniciou em 2009.
O BNDES entre 2010 e 2017,
em valores corrigidos para 2017, repassou 412 bilhões de reais como
financiamentos no PSI. E mesmo assim o
programa não deu resultados animadores, mas por outro lado, ajudou a atravessar
a crise mundial de 2009-2010 que se prolongou pelos anos seguintes no mundo
todo.
Página 80 – Já houve
crítica ao BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social imputando
a ele o fato dos juros no Brasil serem altos.
A autora dá sua opinião contrária a isso e coloca uma pergunta: “O BNDES é o responsável pelos juros altos
ou existe justamente porque os juros de mercado são altos?”
A autora alega que o BNDES
como banco estatal deveria ter mais critério para emprestar a empresas que
atuem em setor de mais interesse da sociedade.
Na prática não houve critério.
Foi positivo o aumento de crédito do BNDES a micros e pequenas
empresas. Do valor total desembolsado
em 2017, 15,4% era para estas duas faixas de empresas.
Em 2014 o total
desembolsado com elas foi de 23,8% do crédito.
O número de operações
(contratos) de crédito do BNDES para essa faixa de empresas subiu de 81% para
89% dos contratos totais.
A Estagnação dos
Investimentos Públicos
Já no primeiro ano do
governo Dilma (2011) houve ajuste fiscal e redução dos investimentos públicos
de 19,6%.
Foi drasticamente reduzido
o investimento público no governo Dilma.
No período Lula – entre fim de 2005 a 2010 o investimento público
acumulado foi de 238,5%. O que ajudou
muito a economia, a renda, os salários, o emprego. Foi um ganha-ganha para empresários e
empregados em geral.
A partir de 2011 no
governo Dilma, houve reorientação na estratégia e o investimento público foi
reduzido e se passou a apostar mais nos incentivos ao setor privado (com desonerações fiscais, juro subsidiado
etc). Lembrar que além de outros
fatores negativos para nossa economia, as exportações estavam rendendo menos
por conta de queda nas cotações das commodities (soja, minério de ferro etc)
Entre 2011 e 2014
concessões com investimento total de cerca de 260 bilhões de reais em infra
estrutura a preços de 2017.
Aeroportos, 35,8 bilhões; portos 14,1 bilhões; rodovias, 48,8 bilhões;
transportes urbanos, 13,1 bilhões e geração/transmissão de energia, 131,0
bilhões. Telecomunicações 8 bilhões.
Nas concessões se buscou
cobrar menores tarifas e se cobrou das concessionárias, poucos
investimentos. Os resultados não foram
o que se esperava. Não foram positivos
para as contas do governo, nem a qualidade dos serviços foram a contento do
povo.
Continua
no capítulo 10/22 (um por dia corrido)
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