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segunda-feira, 15 de março de 2021

CAP. 09/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - (sobre nossa economia anos 2000 para cá) - LAURA CARVALHO - Economista

 CAP. 09/22

         Página 74 – “Após o impeachment, a ex-Presidente Dilma classificou a política de desonerações como um dos seus principais erros”.   Ela esperava  que as desonerações se reverteriam em produção e empregos e foi para aumentar o lucro dos empresários.

         A autora diz que acabou sendo na prática uma transferência de renda para os empresários ficarem ainda mais ricos.   Uma Bolsa Empresário.

         Abalou ainda mais as contas públicas essas desonerações.

         Juros e Spreads.  (spread é o que o banqueiro cobra de diferença entre o juro que paga na captação de dinheiro e o juro que recebe ao empresar esse dinheiro, já embutindo seus lucros).

         Em 2012 o governo Dilma tenta adotar medidas para reduzir o spread dos bancos.    Por ação do governo, Banco do Brasil e Caixa Econômica reduziram suas taxas de juros e se os bancos privados não reduzissem as deles, perderiam mercado.   Também essa oferta de crédito com juros reduzidos não estimulou o empresariado a investir mais.

         Alguns economistas viram má vontade do empresariado, mas a autora vê que o mercado não era favorável a investimentos, mesmo com desonerações e crédito disponível a juros baixos.

         77 – Crédito Subsidiado.        (Quando o governo assume um custo para si de forma a oferecer empréstimo com juro mais barato)

         Um exemplo típico é o financiamento popular para as classes de renda mais baixa.    E há também Crédito Rural para Agricultura Familiar com juros subsidiados, portanto, sendo abaixo da taxa de mercado.

         O Programa PSI Programa de Sustentação do Investimento com juros subsidiados e prazo longo para pagar.   O PSI iniciou em 2009.  

         O BNDES entre 2010 e 2017, em valores corrigidos para 2017, repassou 412 bilhões de reais como financiamentos no PSI.  E mesmo assim o programa não deu resultados animadores, mas por outro lado, ajudou a atravessar a crise mundial de 2009-2010 que se prolongou pelos anos seguintes no mundo todo.

         Página 80 – Já houve crítica ao BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social imputando a ele o fato dos juros no Brasil serem altos.   A autora dá sua opinião contrária a isso e coloca uma pergunta:    “O BNDES é o responsável pelos juros altos ou existe justamente porque os juros de mercado são altos?”

         A autora alega que o BNDES como banco estatal deveria ter mais critério para emprestar a empresas que atuem em setor de mais interesse da sociedade.   Na prática não houve critério.    Foi positivo o aumento de crédito do BNDES a micros e pequenas empresas.   Do valor total desembolsado em 2017, 15,4% era para estas duas faixas de empresas.

         Em 2014 o total desembolsado com elas foi de 23,8% do crédito.

         O número de operações (contratos) de crédito do BNDES para essa faixa de empresas subiu de 81% para 89% dos contratos totais.

         A Estagnação dos Investimentos Públicos

         Já no primeiro ano do governo Dilma (2011) houve ajuste fiscal e redução dos investimentos públicos de 19,6%.

         Foi drasticamente reduzido o investimento público no governo Dilma.  No período Lula – entre fim de 2005 a 2010 o investimento público acumulado foi de 238,5%.   O que ajudou muito a economia, a renda, os salários, o emprego.   Foi um ganha-ganha para empresários e empregados em geral.

         A partir de 2011 no governo Dilma, houve reorientação na estratégia e o investimento público foi reduzido e se passou a apostar mais nos incentivos ao setor privado  (com desonerações fiscais, juro subsidiado etc).   Lembrar que além de outros fatores negativos para nossa economia, as exportações estavam rendendo menos por conta de queda nas cotações das commodities (soja, minério de ferro etc)

         Entre 2011 e 2014 concessões com investimento total de cerca de 260 bilhões de reais em infra estrutura a preços de 2017.     Aeroportos, 35,8 bilhões; portos 14,1 bilhões; rodovias, 48,8 bilhões; transportes urbanos, 13,1 bilhões e geração/transmissão de energia, 131,0 bilhões.  Telecomunicações  8 bilhões.

         Nas concessões se buscou cobrar menores tarifas e se cobrou das concessionárias, poucos investimentos.   Os resultados não foram o que se esperava.  Não foram positivos para as contas do governo, nem a qualidade dos serviços foram a contento do povo.

                            Continua no capítulo 10/22  (um por dia corrido)

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