continuação
O
salário comum no Afeganistão (ano 1946) seria por volta dos 20 dolares por
mês. Disse aos pais da moça que ela
iria morar numa choupana, salário irrisório e não usando a burca, seria
rejeitada pelas outras esposas do
marido.
O rapaz
diplomata Muller perguntou se os afegãos iriam abandonar a burca. Shah Khan responde: - Vocês americanos parecem preocupadíssimos
com a burca. Olhe! – e ele apontou para
a cadeira do hall. A minha neta usa a
burca e a mãe dela é diplomada pela Sorbonne.
A sua
neta gosta de usá-lo?
- Não
nos preocupamos com isso – Shah respondeu.
Muller
argumenta: - Mas os russos se
preocupam, focando no ponto fraco do velho líder político local.
Muller
completa: - Eles, os russos, dizem que
vão força-los a libertar suas mulheres como eles libertaram as deles.
...
avisei os pais de Ellen que se ela fosse vista na rua sem a burca os mulás
poderiam cuspir nela.
Uma moça
nos USA quis se casar com Moheb mas ele esclareceu os costumes do seu país e
ela desistiu.
O
Afeganistão dava mesada alta aos que enviava para estudar no exterior, como o
caso de Moheb que recebia (em 1945) 1.000 dolares por mês. Terminado o curso, o estudante formado
voltava ao seu país para trabalhar e ganhar 20 dolares por mês.
O jovem
engenheiro afegão casado com Ellen está na distante cidade de Kandahar.
Shah
Khan, o presidente do país tem quatro esposas.
50 – A
justificativa para tantas esposas. No
passado muitos homens jovens morriam em seguidas guerras e emboscadas. Tolerava-se que tivessem várias esposas. Tinham várias, mas havia o compromisso de continuar sustentando
todas. O que na visão deles evitava o
risco da prostituição por falta de amparo.
Moheb
falou dos defeitos dos homens americanos – homossexualidade, complexos de
Édipo, medo da competição, aleijões psicológicas... Dos franceses destaca: amantes, traição,
prostituição. Alega que todo mundo tem
seus problemas. E esses povos implicam
com o modo de vida e a cultura afegã.
52 –
Marido de Ellen, afegão, engenheiro, morar na fortaleza de Qala Bist no
Kandahar. Tempo de construção de represa
para irrigação.
No
passado remoto o Afeganistão foi atacado por Alexandre, o Grande, por Gengis
Khan, Tamerlão, Nadir Shah, da Pérsia.
60 –
Conversa recorrente entre os estrangeiros sobre os problemas locais: a
implicação com a burca e a água ruim que causa diarreias recorrentes.
62 –
Moheb diz que lá esgoto e xixi na rua causam mortalidade infantil alta. A expectativa de vida lá em 1946 seria de 23
anos por causa do elevado índice de mortalidade infantil. Diz que por lá a criança que vencia toda
essa adversidade da falta de saneamento ficava mais resistente a certas doenças
como a poliomielite, esta que quase não ocorria no país.
64 – No
tempo de mais neve, alguns lobos famintos descem da montanha e atacam na
periferia da capital inclusive. Pondo em
risco até as pessoas, já que os animais famintos atacam em grupo.
Muller,
o protagonista na ficção diz que já serviu na Índia antes da guerra.
67 – A
moça americana da embaixada falando aos integrantes das embaixadas: “Quase todo mundo por quem realmente me
interesso está aqui, nesta noite”
(quando liam peças de teatro para distrair nas horas de folga). Deixa claro um desprezo pelo povo local.
69
- Diz que está escrito na Enciclopédia
Britânica (cita trecho) e neste, uma frase:
“O afegão é, por hábito e por tradição... O afegão é por educação e por
temperamento, uma ave de rapina”.
...tornam-se excelentes soldados sob a disciplina britânica”. (romance de 1946. A II Guerra Mundial, vencida pelos aliados,
permitiu a estes “lotearem” aqueles países e exercerem um domínio e exploração
dos povos, “criando” novos países sem respeitar as etnias, cultura e
religiões).
71 – Por
duas vezes no passado os afegãos liquidaram a vida dos ingleses que lá
estavam. Isto em 1841 e 1879.
72 – A
turma da lareira lendo a peça de teatro.
...”o Afeganistão, no meio do inverno, longe, muito longe do que se
conhecia por civilização”.
74 –
Turma de embaixada naquele período no país:
“ou encontrávamos companhia dos nossos mesmos vizinhos, ou não se
encontraria prazer algum”.
............ continua no capítulo 04/10 – um por dia
corrido
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