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sábado, 13 de março de 2021

CAP. 06/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA (sobre nossa econ. anos 2000) - autora Economista LAURA CARVALHO

CAP. 06/22                leitura em março de 2021

         No Milagrinho econômico o Brasil não tinha estrutura produtiva para atender à nova demanda criada...

         A expansão da economia exige...  “uma política industrial voltada para a diversificação da estrutura produtiva.   A capacidade da oferta da economia deve acompanhar o dinamismo da demanda, impedindo .... o desequilíbrio...

         Página 46 – Inflação de Serviços  (do Setor de Serviços)

         Uma das marcas do crescimento da distribuição de renda é seu lado inflacionário.   Pessoas tem mais renda, gastam mais...

         Setor Serviços – é um setor intensivo em uso de mão de obra.  Salões de beleza, pet shop, dentistas, escolinhas particulares etc.

         Aquecendo a demanda, sobe o custo do serviço e é um setor com menos interferência internacional.  Ninguém de fora vem disputar esse tipo de mercado aqui, ou muito poucos o farão...  Daí houve essa inflação dos Serviços.

         Muitos assalariados sofreram com esses aumentos e ajudaram a engrossar os protestos de 2013 nas ruas.  Os protestos para o Fora Dilma.

         “Ainda que todas as classes tenham se beneficiado do processo de crescimento dos anos 2000...   “Em alguma medida, o que era inflação para uns, foi ganho de renda para outros”.

         Conseguiu-se cumprir as metas de inflação no período de 2006 a 2010.    Mesmo com a economia crescendo e a demanda também.    Para isso em parte houve alguma ajuda do dólar baixo.

         48 – Já em 2011, o cenário internacional mudou e ficou mais difícil controlar a inflação.   Os preços das commodities já estavam menores e elas são importantes nas nossas exportações.  (soja, minério, petróleo etc)

         O dólar baixo de um lado ajudou a controlar a inflação mas causou desequilíbrio na balança comercial.   Era barato importar e difícil exportar.  Um dos fatores que elevam a produtividade do trabalho:   Reduzir a ociosidade das indústrias, aumentando a escala de produção, o que melhora a produtividade do trabalho.   Na expansão da indústria se compra mais máquinas e máquinas mais modernas e com isso com a mesma mão de obra se pode produzir mais.

         Em 2010 já estávamos próximos do pleno emprego em certos setores.   Bom transporte público, bom serviço público de saúde, expansão das moradias, melhoram a condição de vida dos trabalhadores, mesmo não mudando o salário destes.

         Após 2011 quando a economia tinha um cenário interno e externo desfavoráveis, o governo represou tarifas de energia e manteve alguns preços represados e causou prejuízo à economia.

         Concentração de Renda no Topo

         Estudos citados pela autora mostram que ao longo dos anos 2000 não houve queda nas rendas do 1% mais rico do Brasil.

         Dados de Morgan -  Entre 2001 e 2015 no Brasil os 50% mais pobres aumentaram a participação da renda total nacional de 11% para 12%.  Já os 1% mais ricos, aumentaram sua fatia na renda de 25% para 28%.

         A camada do meio, 40% do povo brasileiro, caiu a parcela deles de 34% para 32%.

         Os 10% mais ricos ficaram com 56% da renda.    Ou seja, os 10% mais ricos ficaram com mais que o dobro da fatia dos 50% mais pobres.

         Por isso que se diz que o Brasil tem muita desigualdade social.

         Outro dado levantado por Morgan:  Os 1% mais ricos do Brasil possuem rendimento maior que os 1% mais ricos da França.    Por estas e outras, desde longa data alguém apelidou o Brasil de Belindia, ou seja, olhando para os mais ricos somos uma Bélgica (rica) e olhando para a grande maioria, mais pobre, somos uma Índia.

         Visto acima que no período de 2001 a 2015 nossa classe média que também é pobre, teve decréscimo relativo na divisão do bolo e ficou descontente e foi às ruas contra a Presidente.   “Já nossas elites, por sua vez, tinham poucos motivos para reclamar”.  

         52 – “O aprofundamento do processo de redistribuição de renda no Brasil só seria possível, portanto, com uma reforma tributária progressiva que taxasse menos o consumo e a produção e mais a renda e o patrimônio.   Assim cobrava mais dos que podem e refrescava a situação dos mais fracos.

         A autora diz que nosso sistema bancário é muito concentrado e cobra muito alto pelos serviços prestados.   Concentra mais ainda a renda.

 

         Continua no capítulo 07/22 

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