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sábado, 20 de março de 2021

CAP. 18/22 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - Economista Dra LAURA CARVALHO - (sobre a Economia Brasileira de 2000 para cá)

 CAP. 18/22

         Página 157 – Estado e Bem-Estar

         “As manifestações de junho de 2013 eclodiram reivindicando direitos ao Estado provedor”.  Fortaleceram-se com a revolta contra um Estado corrupto.  E, em alguma medida, dissiparam-se pela contradição entre os clamores por mais Estado, de um lado e sua completa rejeição, de outro.

         Afinal, que Estado merece ser demonizado?  

         Além da corrupção e a ineficiência do Estado... ela elenca mais três fatores para o Estado se desenvolver de forma democrática.

         1º acabar com o Estado opressor, um verdadeiro serial killer de assentados, indígenas, jovens negros e pobres das favelas e periferias – que lotam nossas prisões.

         2º Estado Penitenciário encarcera demais e superlota prisões.

         3º Acabar com o Estado concentrador de renda.

         Tributa muito o consumo e pouco a renda e o patrimônio e tolera a sonegação fiscal das empresas.   E paga supersalários a uma parte dos funcionários públicos.

         158 – Três pesquisadores (citados no livro) fizeram um levantamento dia 16-08-2015 numa manifestação na Avenida Paulista e os resultados: 

         97% dos manifestantes concordaram total ou parcialmente que os serviços públicos de saúde devem ser universais e 96%, que devem ser gratuitos.  

         Educação – que 98% concordam total ou parcialmente que sejam públicos e 97% que sejam gratuitos.

         Ela vê nisso um sinal de que o pacto social da Constituição de 1988 está sintonizado com as demandas atuais.

         Que as manifestações de rua de 2013 a 2015 “tem sido por melhorias nos serviços públicos universais (todos terem acesso gratuito) e não pela redução da sua prestação pelo Estado”.

         Mostra o engessamento da nossa economia:   “Se o PIB Produto Interno Bruto brasileiro crescer nos próximos 20 anos no ritmo dos anos 80 e 90, a PEC (Projeto de Emenda à Constituição) do teto de gastos, se mantida, nos levará de um percentual de gastos públicos em relação ao PIB de 40% para 25%, patamar semelhante ao verificado na pobre Burkina Faso ou no Afeganistão”.

         E se o crescimento for em taxas anuais dos anos 2000, o percentual será menor, da ordem de 19% do PIB, o que nos aproximará de países como o Camboja e Camarões.

         Repetem que a Constituição não cabe no Orçamento.    Hoje no Brasil “os que mais pagam impostos são os que tem menos condições de pagar”.    Nem discutem o tanto de juros que pagamos sobre a dívida pública.   Mas reclamam dos gastos sociais com saúde e educação.

         “A democracia caberia no nosso Orçamento público.  O que parece não caber é a nossa plutocracia (*) oligárquica.”

         * plutocracia:  exercício do poder ou do governo pelas classes mais abastadas da sociedade.

            Dois estudiosos americanos (citados no livro) em estudo de vinte anos (1975-1995) destacaram que nos USA a taxa de encarceramento costuma ser maior onde o Estado de bem-estar social é menor.

         Outro estudo de Loic Wacquant em “As prisões da Miséria” conclui:  onde há menos Estado de bem-estar social, leva à necessidade de mais estado policial e penitenciário.

         Outro estudo de 2009, o best seller The Spirit Level tabula dados de vários países ricos...   “quanto maior o nível de desigualdade, maior também é a taxa de encarceramento por habitante.  

         “Uma sociedade como a nossa, que nunca deixou de estar entre as mais desiguais do mundo”...   (Brasil)

         Página 161 – Uma Agenda Para Todos

         A agenda deve respeitar a democracia e não passar por cima de direitos de trabalhadores e minorias.     ... respeitar o meio ambiente e das minorias.   Os povos indígenas, também nos cuidados.

         Continua no capítulo 19/22            - um capítulo por dia corrido

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