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quinta-feira, 1 de março de 2018

AUDIÊNCIA PÚBLICA - ALEP - PARANÁ - AGROTÓXICOS E PERIFERIA DO MEIO URBANO - 27-02-2018


RESENHA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO PARANÁ
 TEMA – AGROTÓXICOS    - PERIFERIA DE PERÍMETRO URBANO     27-02-2018
Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Conselheiro do CREA PR – iniciativa pessoal nas anotações.        9-12 h
     Mesa Diretiva dos trabalhos que consegui anotar.    Dirigida pelo Deputado Estadual Rasca Rodrigues (Eng.Agrônomo) – PV.  Deputados presentes:   Tadeu Veneri (PT), Péricles Mello (PT), Professor Lemos (PT), Delegado Recalcatti ( PSD), Pedro Lupion (DEM), Evandro Araujo (PSC) e Nelson Leursen (PDT).    Promotoras de Luisiana-PR (região de Campo Mourão), Ibiporã-PR, Procuradora do Trabalho 9º TRT Margaret Matos de Carvalho, Dr Sincler da Promotoria do Meio Ambiente.
     Alguns serão nomeados durante as falas.   Havia no plenário pessoas ligadas a entidades como Adapar que lida, pela Secretaria da Agricultura, inclusive do controle e fiscalização de agrotóxicos; Emater, Federação das Associações de Eng.Agrônomos do Paraná, dentre outras.
     Fala do Rasca Rodrigues que dirigiu a Mesa e é o Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná
     A luta agora nem é da floresta.   É a luta química.    Se referindo aos agrotóxicos.   Ele é Engenheiro Agrônomo e filho de produtor rural.   Destacou:   Lá na roça a horta do produtor e as criações para consumo são orgânicos.    Para o mercado, produzem com uso de agrotóxicos.
     Citou o caso de Lucas do Rio Verde-GO onde se usa 25 vezes mais agrotóxicos que a média nacional para um mesmo tipo de atividade agrícola.   Lá o leite materno está 100% contaminado com resíduos de agrotóxicos.
     Fala breve do Deputado Tadeu Veneri – disse que está presente mais para ouvir do que falar.   Vem em busca de saídas para o problema.
     O Professor Lemos, também deputado estadual, falou de um projeto de lei de sua autoria sobre Agroecologia no âmbito do PR.   Seria o Projeto de Lei 823 (se anotei correto) com orientação do especialista Eng.Agr. Marcos Andersen e outros.   
     Presente também o Eng.Agrônomo Professor Lucchesi que é o Coordenador do Curso de Engenharia Agronômica na UFPr.
     Fala do Prefeito de Lousiania-PR (região de C.Mourão).    Município pequeno com população ao redor de 7.500 habitantes.     Constataram alto índice de doenças e relacionaram com o uso de agrotóxicos inclusive no entorno da cidade.    Houve ação conjunta com a sociedade e a promotoria.    Criaram a lei 894 de 2017 para ter um cinturão em torno da cidade onde as lavouras não recebessem pulverizações com agrotóxicos e também se levantaram cercas verdes para reter deriva (produtos arrastados pelo vento) de agrotóxicos.    Envolveu 50 propriedades rurais do entorno da cidade.    Incentivam também o controle biológico de pragas das lavouras.
     (O Rasca destacou que toda a Audiência Pública é gravada e fica à disposição na TV da Assembléia)
     Fala do João Miguel Tozato, que dirige a ADAPAR que é ligada à Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná e dentre as atribuições desta está a fiscalização do uso de agrotóxicos e o controle de Receituário Agronômico emitido no estado.   O controle tem apoio de um programa informatizado chamado Siagro.
     O Paraná usa ao redor de 93.000 toneladas de agrotóxicos por ano.    Destes, a maior parcela, de aproximadamente 50.000 toneladas se refere a herbicidas para controle de ervas daninhas.
     Municípios que mais usam agrotóxicos:   1º Cascavel, 2º Guarapuava.     A cultura de soja demandaria ao redor de 57% de todo agrotóxico usado no PR.
     Profissionais que emitem RA Receita Agronômica no PR.    14.000 engenheiros agrônomos e 5.000 técnicos agrícolas.    Número de RA em 2017:  3.755.274 receitas.
     Destacou que a base legal para o receituário é uma lei federal.     Ele destacou que ao emitir uma Receita Agronômica, o profissional tem que antes fazer o Diagnóstico de campo.      Como eles tem o controle pelo Sistema SIAGRO, aparecem algumas atitudes de profissionais que distorcem a normalidade.    Um caso extremo:   Um mesmo engenheiro agrônomo, em 2 dias, emitiu 892 Receitas Agronômicas.   Pergunta como ficaria para fazer o Diagnóstico caso a caso...
     Disse que a lei estabeleceu distância da cidade para pulverização apenas em caso de pulverização aérea.    Quando a pulverização é terrestre, o que é a grande maioria, a lei federal deixou a lacuna.      Por outro lado, dentro da cidade, é proibido o uso de agrotóxicos, inclusive para matar mato que surge em ruas e terrenos.
     Ele criticou a lei que rege os chamados produtos Domissanitários (uso urbano, inclusive em residências).   São praticamente os mesmos agrotóxicos usados em agropecuária, só que em concentrações diferentes.     No caso dos domissanitários o controle é praticamente inexistente na prática.     O produto pode ser estocado em prateleiras sem separação com outros itens de uso doméstico, é vendido sem controle, é aplicado sem controle, não há retorno de embalagem.      Para bem ilustrar, passou numa loja na cidade, comprou 1 litro de Malation a 50% de concentração, este que é um produto bastante perigoso.     
     Solicitou para a SEDU Secretaria de Desenvolvimento Urbano se engajar nessa luta por melhor controle dos Domissanitários para uso doméstico.
     De 2010 a 2017 no Paraná foram registrados 5.397 casos de intoxicação por agrotóxicos.   Destes, 3.875 foram na agropecuária e aprox. 1.300 foram dentro de casa.
     A ADAPAR tem 130 fiscais.
            E mail do representante da Adapar:   jmtosato@adapar.pr.br
     Fala do Sr.Guilherme Guimarães da OCEPAR Organização das Cooperativas do Paraná.
     A FAO espera que o Brasil cresça até 2020 em 40% sua produção de alimentos.   A oferta mundial seria acrescida em 20%.    Falou em uso da tecnologia para dar segurança de suprimento de alimentos.   Falou da necessidade de treinamento e capacitação da mão de obra.     Disse que na opinião dele, os produtores rurais também deveriam estar aqui nesta audiência.  Falou que cada molécula de ingrediente ativo de agrotóxico surge em média a cada 11 anos ao custo médio de 300 milhões de dólares.
     Destacou que o Brasil tem a melhor agricultura tropical do mundo.  Reconhece que precisamos tem um aparato de assistência técnica mais efetivo.     Disse que Japão e Holanda são países dos que mais usam agrotóxico por hectare de lavoura por safra.
     Fala da Dra. Rosana – Promotora Pública de Campo Mourão-PR que atende também o município de Luiziana-PR.     Fez a fala usando também o Datashow para projetar dados.   Destacou o projeto local “Projeto Rede Ambiental” – Bacia hidrográfica do Alto Ivai.
     Devido a problemas sérios com agrotóxicos em áreas adjacentes à zona urbana,  a população da cidade fez um abaixo assinado com 150 assinaturas e encaminhou à Promotoria para pedido de providências, isto em 2016.   Ela fez audiências na cidade e houve as oitivas (interrogou para ouvir) os 16 engenheiros agrônomos que mais receitas agronômicas emitiram por safra no município.     Em soja, cultura predominante, teriam constatado que a média de aplicações de agrotóxicos no município era entre 8 e 12 aplicações/safra.  Consultaram a Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e esta indicou que o ideal no caso seria de 4 a 6 aplicações de agrotóxicos.  
     Citou também o vizinho município de Ariranha do Ivai-PR que estaria se mobilizando  para ter lei municipal protegendo a população da periferia em relação às aplicações de agrotóxicos em lavouras vizinhas.
     Fala do vereador comunista Paulo Porto da cidade de Cascavel-PR, o município que mais usa agrotóxico no Paraná.
     Citou dados do Ipardes (órgão do governo do PR que estuda dados socioeconômicos).    De 2008 a 2011 houve aumento de 20% no uso de agrotóxicos no PR.    O Paraná usa três vezes mais agrotóxicos que a média brasileira.
     Eles conseguiram envolver a Unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná nas discussões da questão dos agrotóxicos.
     Aprovaram a lei municipal 6.484 de 04-05-15 para proteger a população da periferia contra a exposição a agrotóxicos em lavouras do entorno.    Citou a Escola Zumbi de Palmares onde se pulverizava até muito próximo da escola que fica na zona rural.    
    No PR haveria uma lei sobre barreira verde para proteger o meio urbano em caso de pulverização, lei de 1985.      Ele disse que autoridades no assunto constataram que além da distância, o plantio de árvores como parte da barreira é mais efetivo para ajudar a segurar o efeito da deriva (o agrotóxico carregado pelo vento).
     Eles fizeram e distribuíram 5.000 exemplares de uma Cartilha sobre a questão dos agrotóxicos e a proteção do meio urbano.    A cartilha está esgotada mas suponho que há meio de resgatá-la em PDF.   Há na cartilha inclusive telefone para disque denúncia.   Título dela:   Diga Não ao Agrotóxico.
    Para finalizar (cada um tinha apenas 10 minutos para sua fala), citou uma frase da Dra. Lilmair Mari da 10ª Regional da Saúde:   “Uma gota de esperança num oceano de incertezas”
     Fala do representante da FAEP Federação da Agricultura do Paraná
     Falou pela FAEP um Professor da ESALQ-USP.     Lembrou que o agricultor sempre é cobrado pelas populações urbanas, mas no caso de logística reversa em se tratando de retorno das embalagens vazias, os agricultores brasileiros fazem a sua parte.   92% das embalagens vazias são devolvidas e as revendas tem sistema de coleta e destinação das mesmas dentro do que está na lei.    Ele então destacou que a população urbana praticamente não faz a logística reversa de poluentes como pneus velhos, lâmpadas, pilhas e baterias descartáveis, etc.   A defesa dele foi bem genérica e não destacou nenhum ponto mais específico da realidade regional.
     Fala da Promotora Pública de Ibiporã-PR  (vizinha de Londrina- PR)
     Ibiporã tem 55 mil habitantes e na sua comarca se inclui Jataizinho com 11 mil.    Lá também a comunidade urbana de Ibiporã buscou ajuda da Promotoria para fazer frente à questão dos agrotóxicos afetando a vida da população urbana.     A promotoria, destacou, está justamente para ajudar a defender a comunidade.
     Ela disse que levantamentos demonstraram que dos 30.000 há de lavouras em Ibiporã (maioria de soja), se gastou por ano (2015) 300 toneladas de agrotóxicos.    Envolveu nas discussões com a comunidade, entidades como Universidade, Emater, Adapar (fiscalização de agrotóxicos),  Cooperativas, etc.
     Disse que houve bastante impacto e bons resultados que levou a comunidade até a realizar um evento regional maior sobre o tema que está despertando interesse geral.   É a vida e a saúde em jogo.     Antes dessa movimentação, praticamente não se via atuação nem autuação no setor, mas depois que houve a mobilização e a cobrança junto às autoridades, até o número de autuações aumentou.    Sinal que algo vem sendo feito para mudar para melhor a realidade.    
     Eles tem percebido o uso mais racional de agrotóxicos depois das ações.
     Ela destacou que a companhia de água que abastece a cidade quase não faz análise de resíduos de agrotóxicos na água, mas depois das mobilizações, em convênio e o apoio da Universidade (deve ser da UEL), estão agora monitorando resíduos na água que abastece a cidade.
     Até aqui consegui acompanhar o evento e ainda havia várias falas e o debate.   Tive que me ausentar as 11.30 h e ainda não tinham falado a Dra Margaret Matos, Procuradora do Trabalho, o Dr Sincler da Promotoria do Meio Ambiente e outras autoridades.
     Quem quiser assistir o vídeo da audiência completa, deve estar na internet, no gabinete do Deputado Rasca Rodrigues (PV) ou mesmo na página da Assembléia.    Disseram que iria ter vídeo da íntegra na TV Assembléia.
     Foi o que consegui anotar da forma que consegui captar e espero que seja útil.        Este material vai para o blog     www.resenhaorlando.blogspot.com.br
                          (41)  999172552   Eng.Agr. Orlando – Curitiba – PR



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

PALESTRA SOBRE PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL (20-02-2018) POR PAULO TAFNER - DA FIPE


RESENHA DE PALESTRA SOBRE PREVIDENCIA SOCIAL NO BRASIL  20-02-18
Palestrante:  Paulo Tafner – Economista e Cientista Político.   Foi do IPEA e atua pela FIPE USP  - tem livros publicados.
Local:   FIEP Federação das Indústrias do Paraná – Curitiba – PR    9.30-11h
Titulo da Palestra:    “Dinâmica demográfica e seus Impactos sobre a Previdência no Brasil.    Anatomia de uma crise”
     Antes da fala do palestrante, fez uma pequena fala o atual presidente da FIEP, Sr. Edson Campagnolo.    Ele destacou que o presidente Temer informou que devido à Intervenção no RJ a reforma da previdência em tramitação no Congresso fica adiada.   Inclusive por ser ano eleitoral.
     Disse que o setor Indústria no Paraná mantem ao redor de 1 milhão de empregos.
     A fala do palestrante:
     Fez a sua explanação usando bastante telas do Datashow ilustrando gráficos, números, estatísticas, conceitos, etc.
     Mostrou a atual pirâmide da população brasileira.    Mostrou projeções em que a mesma no futuro encolhe na base e aumenta no setor intermediário e no ápice pela redução da natalidade e pela maior expectativa de vida da população.   Isto tem reflexo em aposentadorias.
     Estamos saindo de um país de jovens para um país de gente de meia idade.
     Ano                       pessoas na ativa no mercado             aposentados
1980                                                  9,2 ativos para cada aposentado   9,2:1
2000                                                  7,5                 
2020                                                  4,7                 
2040                                                  2,6                 
2060                                                  1,6                 
     A ciência que estuda esse tipo de dado é a Atuária que é um ramo dentro da Economia.    Esses dados mostram que cada vez menos empregados estarão contribuindo para uma quantidade proporcionalmente maior de aposentados.
     Em 2020 a estimativa é de 138 milhões na ativa para 29 milhões de aposentados.
     Mostrou gráfico que informa que o Brasil estaria com sua população envelhecendo na média acima da média da população mundial.   Mostrou dados da ONU.
     Desde a Constituição de 1988 a despesa previdenciária no Brasil explodiu no conceito dele.      Em 1980 a despesa previdenciária era de 3,4% do PIB Produto Interno Bruto e em 2017 estava em 11% do PIB.   Ele faz a pergunta:   Por que gastamos demais?   E afirma que não só erramos como persistimos no erro.      Ele alega que as regras atuais são inadequadas.   Dados que ele passa:
     1/3 das mulheres no BR se aposentam com menos de 50 anos de idade.
     Teto de aposentadoria do INSS.   Ao redor de R$.5.450,00
     Entende que permitimos aposentadoria precoce.
     Que a reposição de renda (o que a pessoa recebe ao longo do tempo de aposentado) é superior à média mundial.
     Que a Pensão é paga sem qualquer limitação
     Que todo sistema desincentiva a contribuição para a previdência
     Ele citou alguns cálculos.   Um homem contribui com 32%  (parte patronal e do empregado) para a previdência por 35 anos.  Compõe 135 salários para receber ao longo da aposentadoria, o que equivale a 11 anos de aposentadoria.     Tem a expectativa de viver 24 anos como aposentado.  Haveria aí um descasamento de 13 anos em que receberia acima do que teria contribuído em média.
     Caso de uma mulher, aposentando com 30 anos de contribuição.    Ele estima que ela viveria depois de aposentada mais 30 anos.   Teria contribuído para receber por 7 anos e recebe por 30 e fica a descoberto 23 anos, recebendo acima do que contribuiu, segundo o cálculo dele.
     93% dos trabalhadores ativos ganham salário abaixo do teto de aposentadoria da previdência.     96% das mulheres, idem.
     Ele defende que o teto seria alto.
     Ele falou um pouco sobre o que chamou de alguns mitos sobre a previdência.     Um deles é que parte do “rombo” seriam as aposentadorias rurais.    Mostrou um gráfico que mostra que não seria tanto assim negativo.
     Outro que seria mito:    Que estados mais pobres teriam expectativa de vida muito baixa e que a pessoa morreria sem aposentar.    Ele colocou dados extremos.   SC tem expectativa de vida 76,1 anos em média.   PI: 67,1 anos.      Por essa média, uma pessoa do PI ficaria muito pouco tempo aposentado antes de morrer.      Mas a média do PI e outros estados tem a influência da maior ou menor mortalidade infantil que afeta o cálculo da média de expectativa de vida.  
     Entre os que estão em vida (descontando a mortalidade infantil), a expectativa do PI seria menor em 3 anos em relação à de SC que é a mais elevada longevidade do BR.
     Ele mostrou dados segundo os quais no PI há 7% de idosos com mais de 65 anos segundo o IBGE e no PR, por exemplo, há menos de 7% de idosos.  A média do BR é de 6%.
     Ele falou do que chamou de falácia do superávit da previdência.   Diz que mesmo a ANFIP  Associação Nacional de Fiscais da Previdência, ao computar os dados, exclui do cálculo as aposentadorias dos funcionários públicos alegando que essas devem ser consideradas à parte por ser obrigação do governo.  
    Diz que o pessoal também computa valores que seriam recolhidos ao setor mas que foram objeto de Desoneração Fiscal, com perda de receitas.
   (da minha parte, acho que o fato de explicitar esses números para o povo é algo positivo e não negativo, mas é minha opinião de ouvinte)
   Chamou por isso os que defendem a linha da ANFIP de intelectualmente desonestos.     (há controvérsias, claro)
     Produtividade da mão de obra.     Em 2010 a produtividade no Brasil era maior que a da China.   Já não é mais.   Atualmente a nossa produtividade da mão de obra é menor que a de países como Chile, Argentina, etc.
     No quesito produtividade da mão de obra na América Latina somos o penúltimo.    Isto traz impacto negativo na previdência.    A média da África é de 3% e a nossa atual estaria em 1%.
     Ele disse que tivemos um bônus demográfico no Brasil, com bastante gente na ativa trabalhando e contribuindo e que ainda estamos nesse período de bônus.   Está projetado para 2021  (num crescente) um bônus de 65 milhões de pessoas na ativa contribuindo a mais.
     Nos dados que ele tem, com as regras atuais, o BR gastará em poucos anos entre 18 e 21% do PIB só com o INSS.    Que o número poderia chegar ao percentual de 25% do PIB incluindo os chamados Regime Próprio.
     Na atualidade estamos gastando 12% do PIB com previdência e mais 5% do PIB para pagar aposentadorias e pensões dos funcionários públicos da união, estados e municípios.
     Pelo exposto, ele diz que há necessidade de reforma.
     A Reforma proposta.     Desconstitucionaliza a idade para se aposentar.    Isto ocorrendo, tira-se da Constituição e em outras ocasiões que se quiser mudar de novo a idade de aposentadoria, é só fazer uma lei ordinária e com apoio de menos congressistas, vota-se a lei e muda.
     Ele defende que assim ficaria mais flexível para usar solução técnica, mudando cada vez que o perfil da população mude.    Ele citou como exemplo o caso do RJ que está quebrado e que todo o ICMS por eles arrecadado vai para pagamento de funcionários da ativa e aposentados.
     Na opinião dele, o parâmetro que é mais importante para ajudar a sanear a previdência é a idade de aposentadoria.   Ele acha que a atual idade é muito pouca.   A pessoa teria que se aposentar mais velha.
     Respondendo pergunta da plateia, ele disse que as várias Bolsas de ajuda que o governo fornece não entram na conta da previdência.
     Disse que a aposentadoria rural deficitária de agora seria reflexo da grande migração para a cidade nos anos 70 aliados a outros fatores e o reflexo vem agora inclusive.     Vem caindo o número de aposentadorias rurais.    1/3 dos aposentados rurais conseguem na justiça.   Não tem os requisitos, mas por “caridade” os juízes acabam aprovando segundo o palestrante.
     Um professor universitário destacou que haveria uma discrepância na previdência, sendo que pouco mais de 1 milhão de aposentados de entes públicos recebem quase o equivalente a outros 28 milhões de aposentados.
    Esta foi a síntese que consegui fazer na base da anotação conforme costumo fazer no manuscrito.   Assim fica o original salvo de vírus, etc.
     Umas observações finais minhas, de ouvinte interessado no assunto: 
     1 – O palestrante veio a convite de entidade patronal;
     2-   Não se fez referência aos artigos 195 e 196 da Constituição que indica as fontes de recursos para a Seguridade Social.
     3 – Não se fez referência à crucial DRU Desvinculação das Receitas Orçamentárias que drenam recursos que seriam da Seguridade e encaminha os recursos para o caixa da união.
     4 -  Que há na lei, que o governo não cumpre, a previsão de balanços separados para várias prestações de contas.   Para manter o tema longe da compreensão do povo e da transparência, as contas apresentadas vem meio misturadas e dificultam análise e acompanhamento pela sociedade.
   
     5 – Notar que praticamente o palestrante não abordou os valores em reais referentes ao déficit ou não da Previdência.  
      6 – Estou fazendo um estudo também com base em dados confiáveis e fonte clara e devo publicar em breve até como um gesto de Cidadania, pois este tema é um dos mais abrangentes à toda a sociedade.         orlando_lisboa@terra.com.br
               Blog      www.resenhaorlando.blogspot.com.br
    Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida -  Curitiba - PR




    

    

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

BRAZIL - ABOUT BITCOIN 13-12-2017

ABOUT BITCOIN
Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Curitiba - Brazil
- Weeks ago, I read an article in the Brazilian newspaper Folha de Sao Paulo about cryptocurrency. Now I'm aware there are stock exchanges in US and Japan were these coins are acceptable. In other hand, I payied attention about one warning. 51 of 53 American analists believes there is a buble about cryptcoins, specially bitcoin. It was my opinion since the first moment I heard about this new coin. But now, my thesis have support of specialists. I think bitcoin is a nice game for now. But no one is looking about a possible change of the rules out of the blue in the future. A change that will hurts most part of the players. In fact, I think someone of then will not survive when the storm begins... To be continued.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

DESAFIO AGRONÔMICO - ANOS 80 - UM ALENTO DO BRASIL RURAL

UM ALENTO DO BRASIL RURAL
Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
Conclui a minha graduação em Engenharia Agronômica na ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - em Piracicaba-SP). Casualmente a escola é de 1901, bem anterior à USP (1934) à qual foi incorporada. Me formei em 1976, eu aos 26. 
Meu primeiro emprego no ramo foi em 1977 pelo Banco Mercantil de SP, na parte de projetos agropecuários, sediado em Umuarama-PR atuando numa região que ia até o Rio Piquiri. Curiosamente, toda a região Noroeste do PR onde se insere Umuarama é areião e o solo é complexo para agricultura por conta do risco de erosão. Predomina por lá a pastagem. Andando pouco mais de 30 km rumo a Assis Chateaubriand, há o rio Piquiri e do rio pra lá, a terra em geral é roxa e fértil, com menos risco de erosão. Região de lavouras e muita riqueza. E o Rio não só divide as terras mas também "divide" povos do Norte (que colonizaram inclusive o Noroeste do PR) do povo "do sul" que colonizou a região de Toledo/Cascavel e que chega até a barranca do Piquiri. O cenário é esse. 
Vou falar um pouco de como se fazia a cultura de trigo em 1977 na região, deixando claro que tive pouco contato com a cultura na época porque eu ficava do lado de cá do Rio, do lado de terras arenosas e pastagens. 
Nas poucas vezes que eu "pulava o rio Piquiri", constatava que o pessoal ainda não usava técnicas de controle de erosão adequadas e chegavam a fazer curvas de "nível" com gradiente, ou seja, de forma que a água que chegava nas curvas desciam no rumo da divisa da propriedade que comumente era estreita e comprida da estrada para o fundo. Nas divisas entre as propriedades, erosões pequenas e erosões grandes eram comuns e os córregos sofriam com isso, além de fauna e flora. Sem contar o risco de acidentes com máquinas. Na década de 80 começou com mais força a adoção de práticas de terraços em nível que retém a água na lavoura e não provoca erosão, principalmente quando associado a plantio direto na palha, sem aração do solo entre um plantio e outro. Aqui então já destaco o progresso trazido pela classe agronômica, no sentido de combater erosão e o plantio direto que mantém a matéria orgânica no solo.
Outra prática que ainda ocorria na região (e suponho que era prática meio generalizada) era, após a colheita do trigo, queimar a palha que ficava na roça para "facilitar" o preparo do solo. Era contra toda a teoria e prática agronômica, mas o povo usava. E para queimar a palha rasteira ao chão, o agricultor amarrava um arame comprido atrás do trator amarrado a um pneu velho que era incendiado e que era arrastado pelo campo, queimando e pingando borracha em combustão, espalhando o fogo na palha. Era de doer o coração. Logo a prática foi abolida com o trabalho de orientação Agronômica.
A semeadura do trigo ainda na época era feita por muitos agricultores no sistema "a lanço". Não era feito em linha, como geralmente é feita semeadura. O gasto de semente era enorme. Nas ocasiões de passar com trator e implemento para pulverizações nas lavouras, amassava-se grande quantidade de plantas. Era o que se tinha para "hoje" para muita gente de então. A boa técnica colocou o pessoal na semeadura em linha e houve ganho econômico e ambiental.
Um resumo da ópera: Num olhar do Conjunto da Obra nos 40 anos (1977/2017) podemos fazer um balanço positivo da evolução nos cuidados com o solo e o meio ambiente e ganhos em produtividade nas lavouras em geral e do trigo em particular, sempre tendo à frente o trabalho do Engenheiro Agrônomo e seus auxiliares técnicos por uma Agropecuária mais racional.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FICHAMENTO DO LIVRO - MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA - Autor: Paulo Coelho

FICHAMENTO DO LIVRO – MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA – Autor:  Paulo Coelho           15-12-17    (editora Sextante – 2012 – 175 páginas)
Fichamento pelo leitor:   Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
Página 18 – Invasão da cidade de Jerusalém no ano de 1099...
     No livro se refere ao personagem chamado Copta, um grego que fala ao povo da cidade na véspera da invasão dos Cruzados.
     19 – O Copta acredita no “Moira”, um deus desconhecido...
     21 - ... partam para os quatro cantos do mundo...
     26 - ... nos libertamos da carne ...      
     28 -  Falando da guerra:   “Só é derrotado quem desiste.  Todos os outros são vitoriosos”
     31 – “A derrota é para os valentes.  Só eles podem ter a honra de perder e a alegria de ganhar”
     32 -  (opinião do que faz o fichamento -  o personagem prega o conflito e não menciona o mérito de evitar conflitos...)
     38 – Quem nunca está só já não conhece mais a si mesmo”
     39 – Sobre o amor - “Na solidão, entenderão e respeitarão o amor que partiu. Na solidão, eles saberão decidir se vale a pena pedir para que retorne, ou se deverão permitir que ambos sigam um novo caminho”.
     46 – (algo bizarro)...    “Não tente ser útil.  Tente ser você...”
     52 – (frase que pode ter sentidos positivos ou negativos) -    “Sonhar não implica riscos.  Perigoso é querer transformar os sonhos em realidade”.
     56 – “A fé mostra que em nenhum momento estamos sozinhos”.
     62-  O Copta, solicitado, fala sobre a beleza:   “... nos deixamos levar pelo julgamento alheio”.
     65 – Sobre o desencontro no amor:    “Tentaram imitar os outros, quando o Amor buscava algo original”.
     72 - ... no impenetrável plano de Deus, sabe que está no caminho correto”.
     (curioso que o próximo não entra na parada)
     75 -  “O amor é um ato de fé, e não uma troca”.

     77 -  “É melhor ter amado e perdido do que jamais ser amado”.      END    

domingo, 19 de novembro de 2017

FICHAMENTO DO LIVRO - A ORIGEM DO EI ESTADO ISLÂMICO (2017)

RESENHA DO LIVRO – A ORIGEM DO ESTADO ISLÂMICO
Autor do livro:   Patrick Cockburn – Editora Autonomia Literária – 207 p.
Resenha (fichamento) pelo leitor:  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida   17-11-2017
     O livro foi editado em sua 5ª reimpressão em junho/2017 e é bastante atual.    Foi recomendado numa reportagem do jornal Folha de SP por ser o autor um jornalista muito premiado e que visitou ao longo do tempo mais de vinte vezes os países do oriente médio em conflito.   É considerado um dos mais entendidos do tema que é pauta de interesse mundial.     
     Destaques das páginas de introdução de Reginaldo Nasser.
     Sobre notícias desencontradas que correm pelo mundo atual...
...”pois a cura de muitos males demanda apenas a luz do sol”.
     Página 15 – “pelas lentes da mídia ocidental o EI Estado Islâmico aparece como um grupo irracional que age sem motivos políticos, movido apenas pelo ódio religioso”.
     16 – O EI conseguiu a proeza de unir Irã e USA no combate do mesmo.
     17 – O autor conhece como poucos a região do conflito, tendo ido dezenas de vezes por lá nos vinte anos recentes.
     17 – O autor até admite que o EI é jihadista, mas deixa claro que a “guerra  religiosa” não é tudo no caso.
     18 – Jihad não significa “guerra santa” mas significa luta, esforço.
     A radicalização tem a ver com a interpretação errada do wahabismo que é uma  das muitas correntes do Islã.   A Arábia Saudita é um dos lugares do wahabismo e difunde o mesmo pela região.
     O wahabismo nasceu no século XVIII e confronta-se com sunitas, sufistas, e considera os mesmos como  não muçulmanos.    E o wahabismo  é também contra judaísmo e cristianismo.
     O wahabismo é a ideologia oficial da Arábia Saudita.
     “Os maiores responsáveis pela difusão do wahabismo no mundo são os países árabes aliados ao mundo ocidental:  Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes.
     20 – Sunitas (uma das correntes do Islã) no Iraque são deixados em segundo plano pelo governo e discriminados pelos xiitas.  Uma das causas de muitos sunitas do Iraque apoiarem o EI está nessa discriminação que inclusive lhes dificulta o acesso a empregos, etc.
     O EI ocupa Mossul  (livro de junho-17) e ameaça Bagdá.      Os dez anos de “estruturação” do Iraque pós guerra, no figurino do gosto americano, com gastos de 100 bilhões de dólares para estruturar a segurança estaria indo por água abaixo.
     20 – O EI atacou a prisão de Abu Gharaib que era um local dos  soldados americanos/ingleses/franceses torturarem inimigos na guerra do Iraque.
     22 – Países do Ocidente, USA, França e Inglaterra, na vanguarda articulando com a oposição ao governo sírio dentro da própria Síria.
     22 -  O autor do livro faz ressalva ao “repórter de guerra” porque entende que se deve contextualizar as ações militares com as intenções políticas em jogo.
     22 – O repórter dramatiza eventos para ter audiência.
     Ex:   Quando caiu Saddan, os repórteres mostraram tanques bombardeados.    O autor foi ver os tanques e estes ao serem bombardeados já estavam abandonados porque as forças iraquianas já achavam que não compensava defender Saddan e seu governo.
     Mostram as batalhas como algo simples entre o bem contra o mal e a realidade é outra e mais complexa.
     E destaca que os jornalistas que cobriram as guerras pelo ocidente em geral ficam “engajadas e protegidas” por um dos lados e assim sempre tendem a entender esse lado como o do bem e os do outro lado como sendo os do mal.
     23 – A guerra da propaganda.  Foram  vistos garotos num campo de refugiados sírios assistindo um filminho de gente sendo serrada com motosserra e o filminho imputando isso aos soldados alauitas (pró governo Sírio) contra os sunitas sírios.   Na verdade o vídeo era do México, do cartel das drogas.
     24 -  Ações dos USA que potencializaram a emergência do EI Estado Islâmico.    USA ataca o Iraque em 2003 e nesse contexto os sunitas passam a ser marginalizados.   Campo fértil para o EI conseguir simpatizantes e apoio.
     Em segundo lugar, o apoio dos ocidentais aos insurgentes na Síria.  Também isso ajudou o EI.
     O autor afirma que a guerra ao terror feita pelos USA foi um grande fracasso.
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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

PALESTRA - SER CRISTÃO NO NOVO MILÊNIO - MONSENHOR AGENOR

RESENHA DE PALESTRA/CURSO COM O MONSENHOR AGENOR
Anotada pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida   orlando_lisboa@terra.com.br
Público – Leigos da Arquidiocese de Maringá – PR

(Na ocasião  - 2001 - ele era da Diocese de Tubarão-SC)
O tema da palestra:   “Ser cristão no novo milênio”
     Nossa igreja hoje é uma barca num mar agitado que é o nosso mundo.  Não há como nos refugiarmos.
     Temos que, como igreja, estar inseridos no contexto.   Marchar com a humanidade.    A missão da igreja é estar na missão.   É um serviço gratuito.  Implica diálogo, respeito pelo diferente.
     Abrir espaço para semear as sementes do Reino.   Ser corpo de Deus no mundo.   Grandes desafios.   Um deles: a fome de sentido de vida, de razão para viver. 
    Há hoje uma invasão de espiritualidade praticamente no mundo todo.   A busca de felicidade pessoal “aqui e agora”.   Busca-se a felicidade e não se quer engajar na luta do “próximo”.
     Comum católicos que frequentam a Seisho No Ie, que acreditam na reencarnação.    Distorções.
     Há busca das tradições, dos valores autóctones.   
     O empobrecimento crescente do povo.   Os idosos são “insignificantes”.   Existem povos insignificantes, continentes insignificantes...
     O desafio da ecologia.   Sistema econômico de rapinagem.   O desafio da emancipação da mulher numa cultura patriarcal e machista como a nossa  com reflexo na própria Igreja.
     Deveríamos partir para a radicalização na democracia, onde as pessoas participassem e exercessem a Cidadania.
     Vai colocar o foco em um desafio, diante de tantos citados:  O desafio da experiência religiosa.   Hoje se vivem “religiões à la carte”.  Busco o que me interessa.   Mercado da religião, onde se consome ao bel prazer.  Seria o neo paganismo.   Misturam esoterismo, cromoterapia, etc.
     Há religiosos sem Deus, sem Igreja.   Religiosidade eclética e difusa.
     Grandes religiões:  Judaismo, Cristianismo e Islamismo.    Não crescem e passam por muitas fragmentações.
     Há hoje (2001) 48 formas de viver no Islamismo.  No Judaismo, mais de 10 formas.  No Cristianismo, uma série.   Em São Paulo (cidade) há ao redor de 3.000 igrejas cristãs.
     Amanhã falaremos das nossas tarefas, as saídas, formas de ação partindo de duas vertentes.    ( O curso foi de dois dias)
     ... erupção de manifestações ecléticas difusas.
     Comecemos a nossa reflexão:
     A erupção/exploração do religioso, da espiritualidade.    Por quê?
     Há um pensar que à medida que a ciência avançou, nos tornaríamos senhores do Universo e não precisaríamos mais de Deus.   Viveríamos na sociedade do bem estar.
     Houve filósofo que  afirmou que teria que ser tirado Deus “de campo” para o povo ser feliz.
     As sociedades mais avançadas apostaram alto nessa “erradicação” de Deus dos seus seios.    A Igreja na Europa (os teólogos) se preparou para dialogar com o homem ateu.
     Há hoje uma orientalização do ocidente.   É um amalgma de esoterismo, naturalismo, tudo misturado.
     Outros fatos a destacar.     Quando se colonizou a América Latina se satanizou a religião do povo nativo.    Antes, o catolicismo era hegemônico no mundo.
     Modernamente, partiu-se para a fé como opção pessoal.
     Até o Concílio Vaticano  II, as demais religiões eram coisa do diabo para o povo católico.    Esse concílio veio mudar isso.    Lançou inclusive um documento sobre a Dignidade Humana.     Admite outras experiências religiosas.    Um bispo católico conservador – o Lefevre – andou se rebelando contra isso e foi voto vencido.   O concílio aceitou que  há alternativa de se chegar ao Pai em outras determinadas religiões também.     Inclusive aceitou religiões não cristãs.
     Falou do relativismo religioso.   Com isso, não haveria uma verdade; haveria várias verdades.
     Falou das opções nas bancas de revistas.   A Auto Ajuda.    Leonardo Boff, Paulo Coelho, Bonfiglio, etc.   Um mercado do religioso, nas palavras do palestrante.  Há um mercado e o consumidor consome o que lhe convém.    Numa experiência religiosa sem comunidade, uma Igreja sem Doutrina.
     O relativismo e o ecletismo religioso.   Ler conforme a afetividade e a subjetividade de cada um.      O sincretismo religioso.    Achando-se que tudo leva ao Pai.      

Continua.....    (clicar no local indicado para continuar a leitura)