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quinta-feira, 4 de abril de 2019

RESUMO DA VIAGEM À INDIA NA EXPEDIÇÃO PECEGE – CANA DE AÇUCAR – Abril -2019

RESUMO DA VIAGEM À INDIA NA EXPEDIÇÃO PECEGE – CANA DE AÇUCAR – Abril -2019

Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba - PR
Eu fiquei sabendo da viagem à Índia através do velho amigo Francisco Melo que trabalhou comigo no Banco do Brasil por longo tempo e desde então mantemos amizade e contato. Ele é produtor de cana e eu, mesmo aposentado, tenho a curiosidade até pela profissão de Engenheiro Agrônomo, de acompanhar o setor e também mesclar a viagem com turismo e cultura. Nesse contexto, resolvi me integrar à Expedição que é gerida por um órgão de Incentivo à pesquisa ligado à ESALQ USP de Piracicaba-SP onde me graduei em 1976.
Fomos em oito pessoas, sendo um Doutorando em Economia como representante da PECEGE, dois colegas de uma usina de açúcar e álcool de Jacarezinho-PR, um casal de produtores de cana de Rio Verde-GO, um produtor de cana de Assis-SP, o amigo Francisco, produtor de cana e eu, curioso aposentado misturando turismo com o olhar agronômico para a coisa toda.
O roteiro, com conexão em Dubai, incluiu 14 horas de voo de SP a Dubai e mais 4 horas de Dubai a Mumbai que fica no litoral da parte sul da Índia.
Índia que tem 1,3 bilhões de habitantes e civilização milenar com uma mescla oriunda de uns 500 reinos pequenos que foram agregados para a formação atual. São mais de 1.600 dialetos e só na cédula de votação de eleições há textos em 16 diferentes idiomas para tentar ser acessível a todos.
Cidades visitadas: (todas milenares com castelos, templos, fortalezas de diferentes dinastias) pela ordem das visitas.
Mumbai (a quarta em população do mundo) com 21 milhões de habitantes em sua região metropolitana);
Pune (3,1 milhões de habitantes) – 200 km distante de Mumbai
Nova Delhi capital federal da Índia (segundo lugar, só perde para Toquio), com seus 26 milhões de habitantes entre a cidade e região metropolitana.
Agra – aproximadamente 200 km de Nova Delhi. Cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes. Cidade onde fica o famoso Taj Mahal, uma edificação que é tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
Período – 23-03 a 02-04-2019
Por atraso de um voo, ficamos um dia e noite em Dubai que pertence aos Emirados Arabes, ocasião em que pudemos fazer um city tour caprichado, apesar de não estar no programa inicial.
Um pouco do que vimos em Mumbai:
Visitamos dentro da programação o Consulado brasileiro da cidade e fomos recebidos pela Consul local (brasileira) em reunião e em seguida houve um almoço oferecido pela Consul à nossa Expedição.
Visitamos a Bolsa de Mercadorias de Mumbai que é o maior centro econômico do País, cidade histórica, portuária e de grande movimentação econômica.
Visitamos o Portal simbólico junto ao porto, obra que foi construida para receber o Rei da Inglaterra de então, que visitou a Índia que na época (1911) era Colônia do Império Britânico.
Ao lado do Portal, o prédio magestoso do Hotel do grupo Tata, que é uma referência na cidade em termos de hotelaria. Há uma lenda urbana sobre o prédio. Um milionário da Índia teria ido à Inglaterra e resolveu se hospedar no hotel mais chique de Londres e por discriminação racial, teria sido barrado. Por birra, resolveu construir em seu país um hotel mais monumental que o britânico. Consta que na atualidade o complexo que envolve o tal hotel britânico está em franca decadência e o hotel já não funciona mais, enquanto o hotel do milionário, hoje do grupo Tata, está lá firme e forte.
A Índia está com um crescimento de PIB no patamar acima de 6% e obras gigantescas estão em andamento, inclusive ampliação de linhas de metrô. Mumbai está com obras de metrô e causa nessa fase algum transtorno temporário no trânsito que já é nervoso. Lá na Índia tudo é mão inglesa, ou seja, os veículos tem o volante do lado direito, ao contrário dos nossos carros e andam no que seria nossa contra-mão.
Por falar em crescimento, para se ter um parâmetro, o metrô de Nova Delhi tem 300 km enquanto o de São Paulo tem 90 km.
Há pobreza lá em grande número, mas ao que parece, fatores como civilização com cultura milenar, apego a religiões que inclusive inibem o alcoolismo, tem conseguido manter o povo numa condição de vida razoável dentro das possibilidades.
O guia local que nos acompanhou na viagem toda disse que o governo atual da Índia tem focado no apoio às populações de baixa renda, inclusive visando manter os incontáveis micro produtores rurais na zona rural para que estes não migrem para as cidades, já densamente populosas.
A moeda deles é a rúpia e a paridade atual com nossa moeda é de 1 real comprar 16 rúpias. Isto torna a viagem por lá razoável em termos de custos. Há boas rodovias inclusive com pedágios e ótimos hoteis e restaurantes.
O país é bastante forte em medicina e TI Tecnologia da Informação.

Segue um segundo capítulo, no qual abordarei a visita à cidade de Pune para acompanhar pesquisa, indústria e lavouras de cana com suas peculiaridades, muito diferente do que temos por aqui.

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