Livro ambientado em 1946 - (logo após a II Guerra Mundial) - leitura/fichamento - fev/21
Livro –
Caranavas – Um Romance sobre o Afeganistão (década de 40)
Autor: James Michener (ganhador de Prêmio Pulitzer)
Do que
trata o livro – Uma obra de ficção que trata da trajetória do jovem
protagonista americano a serviço da Embaixada dos USA no Afeganistão. Ele recebe a missão de procurar pistas de
uma jovem americana que conheceu um então universitário afegão e após ele
voltar para seu país, ela resolve partir para lá e buscar viver uma vida
primitiva junto aos nômades. Ela com
isso busca um mundo alternativo ao mundo vivido por seus pais e seu povo, que
ela acha cheio de futilidades.
Há então
ingredientes que eu como leitor acho interessantes no “pano de fundo” da obra,
onde se faz menção a informações que tem a ver com o modo de vida do povo
afegão das cidades e mesmo dos nômades do deserto e das montanhas. Isto tudo, bom frisar, no panorama do ano
de 1946 quando mesmo nós por aqui vivíamos um mundo “rural” com condições de
vida bem básica, por assim dizer.
Vamos
nessa?
Faremos
dez capítulos curtos, e editaremos aqui no Facebook e no meu blog, um por dia
corrido.
Na
página inicial, um mapa do Afeganistão que faz divisa com o Irã, Rússia, China,
Índia e Paquistão.
Cabul é
a capital do Afeganistão. País com 38
milhões de habitantes na atualidade.
Página 9
– Embaixada dos USA em Cabul, chefiada pelo Comandante Verbruggen (tudo muito militarizado...)
10 – A
jovem americana inconformada: Ellen
Jaspar.
O
militar americano aborrecido: “Estou
aqui para ajudar uma nação a sair da Idade Média”.
O
narrador/protagonista, Muller, americano judeu. Jovem que atua na embaixada em Cabul e
conhece o idioma local. Diz que o povo
afegão é atrasado. Diz que Cabul dos
anos 50 poderia parecer com a Palestina no tempo de Cristo.
A
embaixada encarrega Muller de partir para o interior do Afeganistão para
procurar a jovem Ellen que foi para lá em busca do ex namorado afegão e que
deixou a meses de dar notícias para a família.
Missão
por demanda do senador americano atendendo à família da moça.
O chefe
de Muller, adido militar, comandando a Embaixada. Foi comerciante de carros usados e filiado
ao Partido Democrata do estado de Minnesota.
O jovem
Muller, republicano. O chefe no passado
ajudou a instalar duas bases navais em Manus e Samar. O chefe achava o jovem inteligente e o
encaixou no Departamento de Estado dos USA.
14 – Os
mulás (líderes religiosos islâmicos)
invocaram com os americanos (fuzileiros navais) em serviço no Afeganistão. Sapatos de duas cores, esportivos. Ao ponto dos mulás quererem mandar os
militares embora do país.
15
– Lembrado que a II Guerra Mundial se
estendeu até 1945 e o romance se passa em 1946.
O povo
afegão não permitia que os estrangeiros se envolvessem com a vida social
dele. Assim os integrantes das
embaixadas da França, Itália, Turquia, USA e Inglaterra tinham que se virar
entre eles em termos de vida social em Cabul.
16 –
Cabul - Há neve no inverno e calor
elevado no verão.
Os
ingleses da embaixada bolaram um passatempo para a comunidade diplomática
local. Lerem peças teatrais. Cada um, texto na mão, lia sua parte para os
demais. Tempos de escrever o texto em
máquina de escrever e cópias em papel carbono.
O jovem
protagonista Muller tinha em seu apoio o jovem afegão Nur Muhammad. Lá o tratamento: sahib quer dizer Mestre.
Uma
condecoração destacada nos USA: Estrela
de combate.
Ramadã –
nono mês do ano muçulmano, consagrado ao jejum.
19 –
Ferangi – estrangeiro – é na verdade uma corruptela do termo em inglês.
Na época
em Cabul o taxi era carroça puxada por cavalos. (em 1946)
A cidade
de Cabul fica numa milenar rota na interseção de trilhas de 3.000 anos para
caravanas. A cidade é banhada pelo Rio
Cabul.
Uma das
cordilheiras do país: Kor-i-Baba com
picos de até 5.000 metros de altitude.
Em outro lado, o Hindu Kush com um dos maiores maciços montanhosos da
Ásia.
O
protagonista diz que o povo afegão da capital se parece com judeus na
feição. Seriam arianos.
Consta
que o primeiro nome do Afeganistão era Aryana.
Que Hitler na década de 1930 tinha
os considerado os autênticos guardiões da raça ariana. Usam roupas estilo árabe inclusive
turbante. Na época (1946) os homens
das colinas andavam pela cidade carregando seus rifles.
Por
questão cultural de longa data, mulher não aparecia na rua e então era comum se
ver casal homoafetivo, ambos de mãos dadas pelas ruas, sendo que o parceiro,
todo durão e de arma a tiracolo e a parceira no andar suave e maquiagem no
rosto, lenço na mão e flor silvestre entre os dentes. Já as mulheres não davam as caras nas ruas
da capital.
24 –
Falavam duas línguas, a persa e a pashto.
Xador –
aquele roupão feminino que cobre inclusive o rosto dela, havendo uma telinha
para ela enxergar “o necessário”. Roupa
indispensável para sair em público.
Toda
mulher a partir dos treze anos passa a usar o xador.
Continua no capítulo 02/10 (um por dia corrido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário