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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CAP. 12/12 (FINAL) - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: Filósofo/Sociólogo ZYGMUNT BAUMAN

 CAP. 12/12

          Página 253 – “Alfred de Musset sugeriu a quase dois séculos que os grandes artistas não tem pátria.   Há dois séculos, estas palavras eram militantes, uma espécie de grito de guerra.   Foram escritas em meio às ensurdecedoras fanfarras do patriotismo juvenil e crédulo, e por isso mesmo belicoso e arrogante. 

 Muitos políticos estavam descobrindo sua vocação para a construção de Estados-nação com uma só lei, uma só língua, uma só visão de mundo, uma só história e um só futuro”.

         Poetas, pintores...   missão...    algo a compartilhar, amar e guardar em comum e assim elevar o mero viver juntos ao nível de pertencer à mesma coisa...

         ... leva-los a lembrar e venerar seus mortos e a alegrar-se por cultivar seu legado.    O tempo mostrou que essa de tentar agregar em torno de certos referenciais também trazia o potencial de reforçar o nós e eles e criar animosidade com os que não pertencem a “nós”.

         254 – “Juan Goytisolo, provavelmente o maior entre os escritores espanhóis vivos, assume mais a questão.     Juan, espanhol, viveu também em Paris, USA e mora em Marrocos.    Seria o escritor espanhol mais traduzido para o mundo árabe.   Ele não duvida da razão.  E explica:  “A intimidade e a  distância criam uma situação privilegiada.  Ambas são necessárias”.

         257 – George Steiner considerava como os maiores escritores contemporâneos: Samuel Beckett, Jorge Luis Borges e Vladimir Nabokov.

         “É preciso viver, visitar, conhecer intimamente mais de um desses universos para descobrir a invenção humana...

         258 -   ... “imigrantes...   mas também lhes permite trazer para todos os países envolvidos dons de que  eles muito precisam e que não poderiam receber de outras fontes”.

         260 – A vida atual é mais corrida.   “A velocidade, no entanto, não é propícia ao pensamento, pelo menos ao pensamento de longo prazo”  

         Pensar tira a nossa mente da tarefa em curso, que requer sempre a corrida e a manutenção da velocidade.    Ter tempo... tempo para pensar e distanciamento para uma visão de conjunto.

         A liberdade de falar e reunir-se para discutir questões de interesse comum jamais foi tão completa e incondicional como agora.

         Importante também saber o que discutir e como implementar ações.

         Ele diz que hoje essa de discutir está nas mãos de especialistas e longe do alcance do cidadão comum.

         A fome não pode ser aliviada pela negação da fome.

         Todos os especialistas lidam com problemas práticos e todo conhecimento especializado se dedica à solução; e a sociologia é um ramo do conhecimento especializado cujo problema prático é o “esclarecimento que tem por objetivo a compreensão humana”.

         Para se operar no mundo (por contraste a ser operado por ele) é preciso entender como o mundo opera.

         ... é reabrir o caso supostamente fechado da explicação e promover a compreensão.

         A Sociologia ortodoxa do passado... se preocupava com as condições da obediência e conformidade humanas...     .... a primeira ocupação da Sociologia feita sob medida para a modernidade líquida deve ser a promoção da autonomia e da liberdade.

         Envolve focar:  autoconsciência, a compreensão e a responsabilidade individuais.

         Tocqueville:  “o egoísmo... seca as sementes de todas as virtudes”.

         “O atual individualismo.... aflição nova e tipicamente moderna, seca apenas a fonte das virtudes públicas; os indivíduos afetados estão ocupados criando pequenos grupos para seu próprio desfrute e deixando a sociedade maior de lado.

         “Como bem disse Cornelius Castorialis:  “está doente a sociedade que deixa de se questionar.    Recomeçar um questionamento significa dar um grande passo para a cura.

         ... permitir que aqueles que sofrem descubram a possibilidade de relacionar seus sofrimentos a causas sociais;

         Bordieu confronta o termo laissez-faire (deixar fazer...):  Observar a miséria humana com equanimidade, aplacando a dor da consciência com o encantamento ritual do credo “não há alternativa”, implica cumplicidade.

         Não enxergar, não procurar e assim suprimir essa possibilidade é parte da miséria humana e fator importante em sua perpetuação.

         A revelação é o começo e não o fim da guerra contra a miséria humana.

         A sociologia descomprometida é uma impossibilidade.

                                           FIM.      03-02-2021

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