Capítulo 7/10
No bar, o magrelo Quintino tinha levado um murro, já bêbado,
e dormia na calçada. Ao fechar o
bar ...”Alguém puxava Quintino pelos
braços. Depositavam-lhe na calçada, ele
estava destinado a dormir sob o lençol de estrelas”.
A prostituta cega avisa o jovem que o Quintino era quem
poderia ser o seu guia na mata com seus perigos, na busca de tentar encontrar
Gaspar.
Carolinda (esposa da autoridade municipal) aparece à noite
toda provocante e atraente. O jovem
lembra da sua Farida e o romance que rolou entre ambos. ...”Ou será que o fogo do desejo faz
semelhar toda mulher?”
Ele teve um caso com Clarinda.
Capítulo oito – O Suspiro dos Comboios (trens)
O velho ao miúdo, perdidos na estrada, se abrigando no
ônibus carbonizado.
- “Lhe vou confessar.
Eu sei que é verdade: não somos
nós que estamos a andar. É a estrada”.
As andanças deles pelas matas perto do ônibus carbonizado
.... “ era só fingimento”.
“Tudo aconteceu na vizinhança do ônibus carbonizado”. Siqueleto, o fazedor de rios, as mulheres
dos gafanhotos... “Era o país que
desfilava por ali, sonhambulante”.
O velho e as lembranças das antigas viagens de trem. “O velho se lembrava, olhos quiméricos”.
- “Você alguma vez escutou a fala do trem?
- Nunca, tio.
- É bonito de se ouvir.
O velho trabalhava numa estação do trem antes da
guerra. Esta chegou e os trens pararam
de circular. Por muito tempo o velho
continuou cuidando da estação na esperança de que o trem um dia voltaria.
O velho guardava no bolso o apito que usava na estação. Dá o apito de presente para o menino.
... “Digo isso porque já perdi a esperança.” (do trem voltar e a guerra terminar)
O velho pede para o menino ler os cadernos que acharam no
ônibus.
“Dividissem aquele
encanto como sempre repartiram a comida”.
“Ainda bem que você sabe ler, comenta o velho. Não fossem as leituras eles estariam
condenados à solidão”.
O velho que antes recusava, ouvindo a leitura, resolve
limpar o local do ônibus onde se abrigavam na estrada. Recolhe as cinzas dos mortos que estavam no
ônibus. Espalha as cinzas no campo para
quando chovesse, elas ajudassem as plantas a crescerem. Vida e esperança renascem no velho.
Oitavo caderno de Kindzu – Lembranças de Quintino
O jovem Kindzu foi cedo ao bar para encontrar Quintino, o
bêbado, indicado para ser seu guia.
(indicado pela prostituta cega...)
O bêbado pousou na rua.
Cedo... “Um homem rebocava
Quintino, carregando-lhe às forças”. O
magrinho não resistia: seus passos é que
não encontravam as pernas”.
... “toda direção do embriagado é sempre conveniente.” Seja qual rumo for, não faz diferença...
Quintino da delegacia com Kindzu que passou a noite com a
mulher do manda chuva do lugar.
Quintino bêbado, chorando na delegacia. “Tinha bebido tanto que as lágrimas cheiravam
a álcool”.
Pena do amigo bêbado.
“O mesmo álcool que ontem lhe fizera corajoso, hoje lhe atirava nas
valetas”.
No tempo colonial, Quintino foi empregado na casa do
português Romão Pinto. Na revolução,
mataram os donos da casa e enterraram na casa. Um dia, Quirino invadiu a casa dos ex
patrões para “nacionalizar” algum bem que lá encontrasse. Surrupiar.
Romão foi fazendeiro e plantava algodão. Perdida a revolução pelos portugueses, Romão
incendiou as próprias lavouras para estas não ficarem nas mãos dos adversários.
Continua no capítulo 08/10
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