capítulo 04/10
“Você ainda continua com essa mania de encontrar seus
pais?” Está proibido! Ouviste?”
A
fome e a sede fizeram os dois entrarem na mata em busca de comida e de
água. O velho não via nada a
perder. O menino tinha medo de perder os
cadernos com os relatos do menino Kindzu.
A fome... “fazendo-os
arrotar o seu próprio jejum”.
A história que o velho contou ao menino. Aldeias arrasadas, seis crianças
mortas. Ordem de enterra-las. Uma delas, ainda viva. O velho não deixou enterrar essa
criança. Os homens protestaram e ouviram
ele dizer: “É meu sobrinho. Perguntaram.
E você cuida dele? Sim, eu lhe
trato.
O menino ficou quase morto por fome e por comer mandioca
azeda. Lá eles chamam essa mandioca que
contem ácido cianídrico HCN de maquela.
O menino quase morreu mas no outro dia se restabeleceu. O velho ficou comovido. Teve mais carinho pelo menino do que
lembrança dos próprios filhos. E o
velho disse: - “Tu vais chamar
Muidinga, decidiu”. Mesmo nome do filho
mais velho de Tuahir, filho que já morreu.
Capítulo – Terceiro Caderno de Kindzu - Matimati, a terra da água
O navio naufragado e o do barquinho bisbilhotando o
navio. Surge uma mulher. “A beleza daquela mulher era de fazer fugir
o nome das coisas”.
Quarto capítulo – página 63 do livro – A lição do Siqueleto
Cacimbo seria o orvalho.
Vegetação orvalhada.
Um estranho velho solitário que ficou numa aldeia onde todos
fugiram da violência da guerra. O velho
caçou os dois caminhantes numa armadilha cavada no solo e os levou para
casa. O velho não tem dentes.
Insulta os dois aprisionados. “Vocês são fugistas, nosso mal está nos dentes”. São os dentes que convidam à fome. É por isso que retirei toda a dentaria”. Guarda os dentes numa lata.
O velho e o menino presos na rede. O velho preso conta uma grande história de
guerra e de paz para seus povos. O
desdentado se aquieta e dorme.
O menino fica surpreso com as palavras do seu velho
companheiro. Tuahir pergunta ao amigo.
- “Acreditaste em mim?
Fizeste bem. Te dou um
conselho: não confiem em homem que não
sabe mentir”.
Quarto caderno de Kindzu
- A filha do céu.
Farida teve muita má sorte.
Na crença se sua gente, nascer
gêmeo é sinal de grande desgraça”.
Farida, uma das gêmeas que foi criada pelo casal de
portugueses. Isto porque a mãe das gêmeas
teve que “dar fim” numa delas e descartou Farida.
Farida quando já mocinha, criada por um casal de portugueses. Ele de olhos gulosos nela. Virgínia, a esposa do português, sofria de
saudade dos parentes de Portugal.
Desenhava fotos deles. Sobrepunha
as fotos que desenhava como se eles tivessem visitado ela.
“As fotos sobrepostas traziam novas verdades a uma vida
feita de mentiras”. Virgínia um dia
contou sua vida para Farida e depois pediu a ela para escrever cartas como se
fossem os parentes da portuguesa. As
cartas depois eram lidas por Farida para Virgínia escutar e esta se emocionava
muito. Tanto que até Farida ficava
emocionada e quase nem acreditava que o que ela inventava mexia tanto com o
sentimento da portuguesa.
Escondida do marido, um dia Virgínia entregou Farida para o
padre leva-la para a Missão. Já sentia
que não podia mais cuidar da moça. E a
chamou de filha pelo carinho que tinha por ela.
Passado um tempo, o padre percebeu que Farida gostava muito
de retornar para sua terra, seu povo. O
padre aconselhando a moça.
“O mundo não tem nenhuma utilidade. A felicidade só cabe no vazio da mão
fechada. A felicidade é uma coisa que
os poderosos criaram para ilusão dos mais pobres”.
Continua no capítulo 05/10
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