Para fazer um pequeno histórico do blog de
resenhas amador meu, vou fatiar o tema em três partes a saber:
I De onde veio essa de resenhista amador?
II A relação das resenhas dos últimos doze meses (04/22 a 03/23)
III Comentário sobre uma das resenhas deste período
Capítulo I - De onde
veio essa de resenhista?
A palavra resenha tem caráter técnico e está ligada de certa
forma a dar um perfil breve sobre um
livro. Algo como do que trata o livro,
digamos assim. Eu faço algo mais
livre, não amarrado ao lado técnico da coisa.
Sou um simples leitor de longa data e os livros tem me
ajudado muito ao longo da vida, inclusive para o sucesso em concursos públicos.
Felizmente minhas três filhas adotaram o hábito da leitura,
também foram formando suas bibliotecas básicas, são de áreas de Humanas e tem
inclusive me indicado bons livros.
E essa de resenhista, afinal?
Remonta do tempo da universidade nos anos 70. Eu sou de 1950.
Eu sempre fui um aluno mediano e bastante esforçado. Assíduo nas aulas e nas leituras. Meus estudos sempre foram em escolas
públicas, sendo o ginasial e colegial na cidade de Mauá-SP que fica na
periferia da Capital. Migrante que somos
de Cerquilho-SP. O ginasial e colegial
foram em turno noturno e durante o dia trabalhava para ajudar no sustento da
família.
Família que via nos estudos uma importante forma de melhorar
as condições de vida. Optei por fazer
a Engenharia Agronômica na ESALQ USP Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, fundada em 1901 em Piracicaba-SP.
É uma instituição de alto nível desde sempre.
Cursei a mesma em período integral entre 1973 e 1976 e só
pude me manter no curso porque minha irmã casada já residia em Piracicaba e
pode bancar minha permanência nos estudos.
A ela e família, eterna gratidão.
Cada aula na ESALQ era uma verdadeira conferência de quatro
horas de duração. Os professores
doutores muito explicavam e pouco colocavam de matérias na lousa. Meu jeito de assimilar o conteúdo foi sendo criado, anotando de forma resumida
a essência do que ouvia e entendia.
Na época das provas meu caderno era disputado para a turma
tirar “xerox” da matéria para terem o que estudar. As anotações (resenhas) me ajudavam e
ajudavam vários colegas. Meu nome de
guerra na época era Mauá.
Assim nasceu o resenhista amador neste caso. Saltando agora dos anos 70 para o ano de 1994,
já na minha fase paranaense por conta do emprego, começam as resenhas de livros. Em julho de 1994 estava lendo na praia
catarinense (praia no inverno e chuvas, leitura é uma boa pedida) o romance Os
Amantes de autoria de Morris West e comprei um caderno porte médio, capa dura
caprichado, 96 folhas e comecei a anotar em letra cursiva a primeira resenha de
livro do meu jeito. Hoje em dia estou
no caderno de número quarenta. Tudo em
letra cursiva onde os arquivos não pegam vírus nem dá pau no sistema.
Leitura como hobby de longa data e resenha de livros como
extensão do hobby. Os cadernos tem
nove páginas iniciais para eu postar o índice e as demais são numeradas para se
ajustarem ao índice.
No blog há inclusive duas matérias com a Relação de Livros
Lidos por mim desde 1994. É um pouco
como virar no avesso mostrar tudo isso.
Cadernos médios, 14 x 22 cm que se encaixam bem nas estantes
de livros num local de destaque, os quarenta catalogados e em sequência. Numerados os volumes de 1 a 40 por
enquanto...
E o blog? A partir
de 2012 mais ou menos, eu tinha (e tenho) um blog de variedades com algo de
viagem, artigos de opinião e outros temas culturais. Um dia surgiu a ideia de criar um segundo
blog no Blogspot, exclusivamente para os fichamentos de livros como amador.
Resenhas que continuam sendo anotadas em letra cursiva nos
cadernos e em seguida passo para o Word e então posto em capítulos de duas
laudas cada no blog. Posto duplamente
no Facebook e no blog, capítulo por capítulo.
É a minha cachaça e ajudou muito nos tempos da pandemia quando mesmo
vacinado, fiquei mais recluso e a leitura era mais recorrente.
O blog de resenhas superou os 110.000 acessos totais e tem
sido bastante acessado no exterior com grande maioria nos USA. Para ser bem sincero, eu preferia que
essa grande maioria fosse de leitores aqui do Brasil, já que infelizmente lemos
pouco e bons livros tendem a ajudar a entendermos nosso mundo e nossa
vivência. Convido todos que gostam da
leitura para darem uma visitadinha ao blog e se for o caso, deixar lá alguma
anotação, o que pode ser feito alternativamente no blog, no Face ou via MSN.
Gratidão do Engenheiro
Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida -
Curitiba – PR 10-05-2023
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