capítulo 04/25
O juiz do Mãos Limpas diz que não dá para comparar o caso
italiano do caso da Lava Jato.
Fundamental: Lá o juiz da causa
não virou político.
...”os protagonistas principais da Lava Jato confirmaram a
mais grave acusação que se faz contra eles:
a de que a operação se transformou objetivamente em valiosa força
auxiliar da extrema direita brasileira...”
Fim do Prefácio feito pelo Diplomata Rubens Ricupero dia
13-10-22
Parte I - página 27
- Autor: Emilio Odebrecht
Um dia para não esquecer: A PF bate às portas da Odebrecht
O dia foi 19-06-2015.
Dona Regina, esposa do Sr. Emilio que recebeu telefonema avisando da
ação da PF. A família estava na Fazenda
no sul da Bahia preparando a festa junina para dali dias, uma tradição da
família.
Era a 14ª fase da Lava Jato e nesta o alvo era o Grupo
Odebrecht. Quem ligou foi o filho
Marcelo que mora em São Paulo. A casa
dele foi vasculhada por nove integrantes da PF.
Busca e apreensão e levaram Marcelo Odebrecht preso. Prenderam ele e mais quatro diretores da
empresa.
No mesmo momento a PF também fez busca e apreensão na
Empreiteira Andrade Gutierrez, levando preso o presidente desta e alguns
executivos.
Marcelo Odebrecht era desde 2009 presidente do Grupo Odebrecht.
...”Foi rápido, portanto, o telefonema de Marcelo. “Não obstante, permanece, até hoje, como um
dos mais dolorosos telefonemas que recebi em toda minha vida”.
A PF apelidou esta fase de Erga Omnes, ou seja, “Vale para todos”.
“A acusação foi a de sempre:
participação de ambas as empresas em esquemas e corrupção e fraudes de
licitações da Petrobras”. Acusados de
ter depósitos em contas no exterior em nome de diretores da empresa.
Acusações sem provas.
“Nada, zero”.
No caso da Odebrecht, houve buscas e prisões em quatro estados:
SP, RJ, MG e RS. Vários casos de prisão
preventiva que só teve fim com a delação premiada.
Delações premiadas, a maior parte obtidas à força...
“As pressões exercidas sobre os presos eram para que
dissessem o que os procuradores queriam – ou precisavam – ouvir para compor o
tabuleiro de xadrez de seus diversos objetivos”.
Os presos foram levados para a PF de Curitiba, cidade da 13ª
Vara da Justiça Federal sob a batuta do juiz Moro.
“Em despacho público, Moro atacou os aprisionados –
legalmente, até então, todos inocentes.”
No despacho Moro afirmava “parecer inviável que os presidentes
da Odebrecht e da Andrade Gutierrez não soubessem da suposta corrupção”.
Foi assim um “julgamento subjetivo em que parecer – se transforma
em certeza...”
“O lapso verbal expunha, a quem quisesse ver, um prejulgamento
decorrente do conluio entre o juiz Moro e os procuradores.”
Os detidos foram “conduzidos em vara, ou condução
coercitiva, e no Direito consta que isso só é aplicável a quem foi convocado a
comparecer em juízo e se negou a se apresentar após duas convocações. ...” a ilegalidade desse procedimento só foi
reconhecida na fase final da Lava Jato”.
Sob ataque: A Lava
Jato não quer justiça, quer escândalo público.
Emílio e esposa voando para São Paulo para as
providências. Tensos por haver prisão do
filho e o transtorno disso à família do filho e dos diretores presos.
“Os presos, infelizmente, estavam incomunicáveis...”. Transportados de São Paulo para Curitiba em
jato da PF, foram o tempo todo algemados.
Continua no capítulo 05/25
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