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quarta-feira, 31 de maio de 2023

CAP. 05/25 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - autor: EMILIO ODEBRECHT - (sobre a Operação Lava Jato)

capítulo 05/25                maio de 2023

 

         “Os presos, infelizmente, estavam incomunicáveis...”.   Transportados de São Paulo para Curitiba em jato da PF, foram o tempo todo algemados.

     “O que parecia essencial ali não era a operação em si, mas torna-la um escândalo público.   Era preciso fazer estardalhaço, semear manchetes para a mídia, chamar a atenção do Brasil”.

         Assim foram as demais fases da Lava Jato também.    Os da Lava Jato queriam mais do que as leis, queriam torcida para agirem acima da lei.

         Emilio em 2015 já estava afastado da administração da Odebrecht há mais de dez anos.   Era seu filho Marcelo Baia Odebrecht que exercia a presidência do Grupo.   Emilio após deixar o comando executivo ficou na Presidência do Conselho  de Administração.

         Em 2015 Emilio estava com 70 anos de idade.    Ficam sequelas emocionais às pessoas detidas assim como foi descrito.

         Sofrimento pelas prisões e pela exposição exagerada do caso na mídia.  Pressão por delações.   “Não importava se fossem verdadeiras ou não, exageradas ou distorcidas.   Bastava que servissem aos objetivos de Moro e sua equipe de procuradores.

         Antes das prisões, a Lava Jato já tinha interrogado os dirigentes da Odebrecht e pedido documentos.   Sempre foram atendidos e os dirigentes se prontificaram a prestar novos depoimentos.   “Ofertas que jamais receberam sequer uma resposta de Moro”.

         O fato é que contra os presos não havia provas e não há.   Prender para pressionar por delações em busca de eventuais provas é uma inversão no procedimento.   “Quer dizer que a Lava Jato fazia prisões com o objetivo de arrancar confissões- é isso?”

         Pelo lado jurídico, teria que ter provas antes e só depois prender se for o caso.

         Naquelas circunstâncias, só uma pessoa tinha como assumir o comando da defesa: eu.      ...”começamos a nos organizar para suportar o maremoto que desabava sobre nós”.   (pessoas e empresas).

         Emilio se mudou para São Paulo para tomar providências e a expectativa era de que as prisões seriam de curta duração até pela fragilidade das acusações.

         ...”infelizmente a saída de Marcelo do regime fechado ainda demoraria dois anos e meio para ocorrer”.

         Certas decisões de Emilio chegavam inclusive a desagradar Marcelo Odebrecht, seu filho.    Emilio...  “aprendeu com o pai .... “converter adversidades e crises em fontes de aprendizados e a enfrenta-las de maneira estoica.”

         Na ocasião das prisões, o grupo Odebrecht tinha 180.000 colaboradores.     Na carta de Emilio aos colaboradores no dia das prisões...

         “Não se deixem abater, pois estaremos todos juntos neste momento de dificuldade”.

         Capítulo – A fúria do juiz que julga réus segundo seu humor do dia.

         Na ocasião das prisões, o Grupo Odebrecht tinha 70 anos de atividades, 15 áreas de negócios e mais de cem empresas.    Atuando em 21 países.

         A ruidosa estreia da Lava Jato: num só dia, 129 mandados , prisões e conduções coercitivas.    Início da Lava Jato dia 17-03-2014.

         “A prisão temporária no Brasil, por lei, é um encarceramento que pode durar cinco dias, prorrogáveis por mais cinco”.    Já a prisão preventiva é a constrição máxima que alguém pode sofrer antes de ser julgado; pode durar meses.

 

                   Continua no capítulo 06/25

Um comentário:

  1. Eu como autor do blog amador, agradeço aos leitores. O blog está com nove anos de publicação de fichamentos de livros sem fins lucrativos. Já passa de 110 mil acessos, o que considero uma ótima marca. Há tempos que 90% dos que acessam o blog estão nos USA. Uma das explicações é que tenho publicado fichamentos de livros inclusive por sugestão do jornal New York Times. Livros bastante atuais e que ajudam a refletir sobre o passado e os tempos atuais.

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