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sexta-feira, 2 de junho de 2023

CAP. 06/25 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - Autor: EMILIO ODEBRECHT - sobre a Operação Lava Jato

 capítulo 06/25 

 

         A origem da Lava Jato era para punir lavagem de dinheiro com ajuda de doleiros.    O principal doleiro visado era Alberto Youssef.    O mesmo que no passado era o pivô dos doleiros no Caso Banestado quando foram desviados bilhões de dólares para o exterior.

         Como fachada, o  grupo de lavagem de dinheiro usava uma rede de postos de gasolina e de lavagem de veículos.

         Houve sucessivamente ao redor de 80 fases na Lava Jato, já com metas diversas do objetivo inicial que era combater a lavagem de dinheiro.

         Três dias após a primeira operação, no dia 20-03-14, prenderam Paulo Roberto Costa, diretor de Refino da Petrobras.

         O doleiro Alberto Youssef descobriu que sua cela na PF de Curitiba foi grampeada por gente da própria PF.  Um procedimento ilegal.

         Em maio de 2014, o Senado abre uma CPI para tratar da Lava Jato.  Deu mais visibilidade à operação.   Chamaram de CPI da Petrobras.

         Dia 19-5-14, com base em requerimento dos advogados de Paulo Roberto Costa e demais envolvidos, o juiz do STF, Teori Zavascki, concedeu liberdade provisória a ele e mais dez presos.   Os advogados alegaram que as acusações envolviam deputados federais e isso fugia da jurisdição do juiz Moro que era de primeira instância.   Teria que o caso ser conduzido pelo STF.

         Teori, do STF, determinou que os processos da Lava Jato fossem transferidos todos para o STF.    (lembrar que Teori morreu num desastre de avião...)

         Moro já era um personagem nacional e sua “jurisdição” na prática passou a seguir por esse caminho.  Ele já tinha para si a opinião pública.

         Moro em 2012 já tinha trabalhado ao lado da Ministra Rosa Weber do STF no caso do Mensalão.  Isto por sua experiência  no direito criminal.

         Houve em paralelo no congresso a CPI do Senado e a CPMI envolvendo Câmara Federal e Senado com foco na Lava Jato.

         Uma caça às bruxas.

         Paulo Roberto Costa voltou a ser preso por decisão do Moro.

         Tempos depois, mudam de advogado de Paulo.  Agora é a advogada Beatriz Cata Preta, a especialista em delações premiadas.

         A lei das delações premiadas:   “Promulgada pela então presidente Dilma, sob pressão do governo dos USA e do próprio FBI, o qual até mesmo enviou agentes ao Brasil  para ajudar na aprovação da lei 12.850/13.

         Na delação premiada, Paulo R. Costa acusa de receber propina da Petrobras, três governadores, 6 senadores, um ministro e ao menos 25 deputados federais.   Propinas em contratos entre a Petrobras e seus fornecedores.

         Moro e Dallagnol passaram a usar a delação premiada de forma ampla.

         Veio a delação premiada de Alberto Youssef, o doleiro.   Um fato notável.    O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defendia Youssef, deixou de defende-lo quando ele optou pela delação premiada.

         Kakay antes de abandonar a causa de Youssef pedia a anulação de todas as provas da Lava Jato afirmando que estas haviam sido obtidas de forma ilegal.

         “Além disso, acusava Sergio Moro, de portar-se com parcialidade no trato da operação”.

         Segundo Kakay, “Moro optara por ser simultaneamente investigador, promotor, magistrado e algoz de cada acusado, o que reputava como postura aberrante da parte do juiz”.

         Mais adiante isso tudo ficou comprovado de modo geral.

         Acéfalas e sem comando, empresas eram obrigadas a paralisar suas atividades.

         A Lava Jato deu o nome de Juizo Final à sua sétima fase.   Numa sexta feira, 14-11-2014, véspera do feriado da República.   Pega a quase totalidade das grandes empresas de engenharia do Brasil.   Camargo Correa, OAS, Mendes Junior, Engevix, Galvão Engenharia, UTC, IESA, Queiroz Galvão, Constran.   A Odebrecht é também atingida mais uma vez.

        

         Continua            cap. 07/25

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