cap. 07/25
Na operação chamada pela Lava Jato de Juizo Final (sétima
fase):
Numa só vez, ela colocou 300 policiais federais para buscas
e apreensões em seis estados. Tudo de
forma midiática.
Levaram presos os dirigentes de quase todas as empresas citadas.
Empresas que ficaram desorientadas sem seus dirigentes e na
pressão vem as deleções premiadas.
A CPMI mista da Petrobras no seu relatório final recomendava
ao MPF o indiciamento de 52 pessoas por irregularidades. “Nenhuma delas pertencia à classe
política, integralmente poupada no relatório final da CPMI”.
Reflexões sobre o Caixa 2 do Estado Novo aos dias de hoje
Caixa dois para campanhas políticas no Brasil vem de longa
data.
“... nem sempre essa opção é dos doadores. Na maioria das vezes, quem recebe prefere
que aquela doação seja mantida no anonimato...”
Na Odebrecht ... “atendemos... desde que houvesse alguma
identidade entre o seu ideário e o nosso...”
(como leitor, eu diria “interesse”)
Na Lava Jato...
empresários encarcerados e ameaçados... “Por essa razão, delações e condenações vem
sendo anuladas e processos criminais arquivados por absoluta falta de provas”.
“A mídia brasileira comprou a tese e a difundiu com vigor”. Mesmo doações feitas dentro da lei,
declaradas e aprovadas pela justiça eleitoral, a Lava Jato considerava propina
disfarçada. ...”dissimulação de
suborno”.
Isso foi só desmascarado pelo STF em abril de 2021 no
processo envolvendo Lula. (foi após a
Vaza Jato que desmascarou a Lava Jato)
Uma fábrica de delações se instala nos “Porões da PF em
Curitiba. Em 2015 na Lava Jato o PGR
Procurador Geral da República Rodrigo Janot requer ao STF a abertura de uma
série de inquéritos. Referentes a 57
pessoas... “com derrubada de segredo de
justiça – ou seja, mesmo sendo inocentes, ou meros suspeitos, todos deveriam
ter seus nomes expostos à opinião pública”.
O Ministro do STF Teori Zavascki autoriza ações com quebra
de sigilo. Todos acusados na mira da república
de Curitiba. “Espetáculos matinais na
TV da polícia federal prendendo “poderosos...”
...”a execução dos autos (prisão) era precedida de
dramaturgia de cinema, com batalhões de homens em roupa de camuflagem, rostos
cobertos por máscaras negras e armas pesadas nas mãos...”
Seis da manhã era o horário das prisões. Estratégia para “abastecer os noticiários e
internet.”
“O filé mignon em geral era a prisão de um figurão – era exclusiva
da TV Globo, que abria o Jornal Nacional com a notícia mais importante”.
A TV Globo criou até aquele cenário das tubulações enferrujadas
com o dinheiro público indo para o ralo ( o chamado propinoduto) . Todo dia aquilo.
Prendiam mais nas sextas feiras porque daí os tribunais
estavam fechados para o fim de semana e os detidos ficavam mais tempo
presos. E os noticiários fazendo
estardalhaço.
Os presos da Lava Jato, como prática específica contra eles,
eram seguidamente revistados na cela mesmo à noite como forma de humilha-los e
fragiliza-los.
“O apoio constante e
destacado dos grandes meios de comunicação foi um dos pilares da Lava Jato...” ...”juiz e força tarefa atuando em
parceria, numa demonstração escandalosa de que havia um novo código penal ao
qual eles obedeciam – aquele que fora criado por eles próprios e no qual o
direito à defesa e o respeito aos direitos humanos não tinham sido contemplados”.
Continua no capítulo 8/25
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