capítulo 17/30
Capítulo – Sete anões atravessam o caminho do nosso
progresso
Quando obras públicas em andamento são paralisadas, há
aumento de custos que na retomada há retrabalho e aumento de custos gerais das
obras.
Falo como leitor aqui:
Vem de longa data no Brasil o sistema de descasamento entre o andamento
das obras públicas e o pagamento das partes concluídas.
Há
interrupções de verbas e das obras comumente.
Entra em cena o jogo de interesses.
A empreiteira busca a liberação das verbas e o político cobra um pedágio
para colocar uma emenda no orçamento para garantir a verba. Esse pedágio pode vir de doação para a campanha
política registrada legalmente na justiça eleitoral ou às escondidas, na forma
de caixa dois.
No caso dos anões do orçamento, o sistema se rebelou e se
criou uma CPMI Comissão Parlamentar Mista de Investigação para apurar os casos
do gênero.
Os políticos “anões” que foram flagrados foram
apontados. A prática do pedágio
continuou ao longo dos tempos.
O caso dos anões do
Orçamento data de 1993.
Fala do autor deste livro.
“A nós parece absolutamente lícito e inevitável capacitar deputados com
informações úteis para defesa do prosseguimento de uma obra já iniciada até por
responsabilidade pública”.
Naquela CPMI de 1993 houve busca e apreensão inclusive na
Odebrecht e se fez alarde na empresa “com enorme estardalhaço, que alguns
documentos apreendidos revelavam que a Odebrecht financiava campanhas
eleitorais”.
“Ocorre que não havia nada de ilegal nessa prática.”
Aquela CPMI acabou em cassação de mandato de alguns deputados
e em punição a umas entidades que usaram dinheiro público de forma indevida.
“Vários deputados foram cassados e contra a Odebrecht nada ficou
provado”.
No relatório final da CPMI o senador gaúcho Pedro Simon
colocou uma recomendação de que nas obras futuras teria que haver os recursos
no Orçamento, etapa por etapa, para que não houvesse interrupção da obra nem
necessidade de se pagar pedágio aos políticos.
Emílio acrescenta “determinações que nunca foram cumpridas”.
Dois políticos da oposição ao ver o organograma dos cargos
do Grupo Odebrecht depararam om a palavra organização e levaram isso para o
lado do mal. Que a empresa teria
condutas de organização criminosa.
“Isto trouxe muito dissabor ao Grupo”. Com muito custo a Odebrecht superou esse
problema de imagem.
Capítulo: Sucessão
planejada – olhando para o futuro do Brasil e da empresa.
Anos 70 e o Brasil expandindo a petroquímica. O país optou por um sistema tripartite. Em partes iguais, parte privada nacional,
parte de empresa do exterior e parte estatal.
Na década de 1990, houve uma maré de desestatização no
setor. Venda da participação estatal. A Odebrecht comprou partes.
“Em 1993, a Odebrecht detinha 47% das ações das empresas do
setor”.
“Era o maior investidor privado no país”.
No começo dos anos 2000 o Grupo Odebrecht comprou empresas
do setor e formou a Braskem. Quando ela
foi formada, era a maior empresa privada do setor petroquímico do Brasil e da
América Latina.
“Somos um grupo de controle familiar, mas não – não mesmo –
de gestão familiar.” Vale o mérito pra
chegar ao topo da gestão.
Em 1978 o Emílio Odebrecht assume a liderança do Grupo
Odebrecht.
Continua no capítulo 18/30
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