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quinta-feira, 29 de junho de 2023

CAP. 17/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - (sobre a Lava Jato) - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 17/30

 

         Capítulo – Sete anões atravessam o caminho do nosso progresso

 

         Quando obras públicas em andamento são paralisadas, há aumento de custos que na retomada há retrabalho e aumento de custos gerais das obras.

         Falo como leitor aqui:    Vem de longa data no Brasil o sistema de descasamento entre o andamento das obras públicas e o pagamento das partes concluídas.

          Há interrupções de verbas e das obras comumente.   Entra em cena o jogo de interesses.   A empreiteira busca a liberação das verbas e o político cobra um pedágio para colocar uma emenda no orçamento para garantir a verba.   Esse pedágio pode vir de doação para a campanha política registrada legalmente na justiça eleitoral ou às escondidas, na forma de caixa dois.

         No caso dos anões do orçamento, o sistema se rebelou e se criou uma CPMI Comissão Parlamentar Mista de Investigação para apurar os casos do gênero.

         Os políticos “anões” que foram flagrados foram apontados.   A prática do pedágio continuou ao longo dos tempos.

          O caso dos anões do Orçamento data de 1993.

         Fala do autor deste livro.   “A nós parece absolutamente lícito e inevitável capacitar deputados com informações úteis para defesa do prosseguimento de uma obra já iniciada até por responsabilidade pública”.

         Naquela CPMI de 1993 houve busca e apreensão inclusive na Odebrecht e se fez alarde na empresa “com enorme estardalhaço, que alguns documentos apreendidos revelavam que a Odebrecht financiava campanhas eleitorais”.

         “Ocorre que não havia nada de ilegal nessa prática.”

         Aquela CPMI acabou em cassação de mandato de alguns deputados e em punição a umas entidades que usaram dinheiro público de forma indevida.

         “Vários deputados foram cassados e contra a Odebrecht nada ficou provado”.

         No relatório final da CPMI o senador gaúcho Pedro Simon colocou uma recomendação de que nas obras futuras teria que haver os recursos no Orçamento, etapa por etapa, para que não houvesse interrupção da obra nem necessidade de se pagar pedágio aos políticos.

         Emílio acrescenta “determinações que nunca foram cumpridas”.

         Dois políticos da oposição ao ver o organograma dos cargos do Grupo Odebrecht depararam om a palavra organização e levaram isso para o lado do mal.    Que a empresa teria condutas de organização criminosa.

         “Isto trouxe muito dissabor ao Grupo”.   Com muito custo a Odebrecht superou esse problema de imagem.

         Capítulo:  Sucessão planejada – olhando para o futuro do Brasil e da empresa.

         Anos 70 e o Brasil expandindo a petroquímica.   O país optou por um sistema tripartite.  Em partes iguais, parte privada nacional, parte de empresa do exterior e parte estatal.

         Na década de 1990, houve uma maré de desestatização no setor.   Venda da participação estatal.    A Odebrecht comprou partes.

         “Em 1993, a Odebrecht detinha 47% das ações das empresas do setor”.

         “Era o maior investidor privado no país”.

         No começo dos anos 2000 o Grupo Odebrecht comprou empresas do setor e formou a Braskem.   Quando ela foi formada, era a maior empresa privada do setor petroquímico do Brasil e da América Latina.

         “Somos um grupo de controle familiar, mas não – não mesmo – de gestão familiar.”    Vale o mérito pra chegar ao topo da gestão.

         Em 1978 o Emílio Odebrecht assume a liderança do Grupo Odebrecht.

 

                   Continua no capítulo 18/30 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

CAP. 04/25 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - Autor: EMILIO ODEBRECHT - (Sobre a Oper. Lava Jato)

 capítulo 04/25

  

         O juiz do Mãos Limpas diz que não dá para comparar o caso italiano do caso da Lava Jato.   Fundamental:   Lá o juiz da causa não virou político.

         ...”os protagonistas principais da Lava Jato confirmaram a mais grave acusação que se faz contra eles:  a de que a operação se transformou objetivamente em valiosa força auxiliar da extrema direita brasileira...”

         Fim do Prefácio feito pelo Diplomata Rubens Ricupero dia 13-10-22

         Parte I   - página 27 -   Autor:   Emilio Odebrecht

Um dia para não esquecer:  A PF bate às portas da Odebrecht

         O dia foi 19-06-2015.      Dona Regina, esposa do Sr. Emilio que recebeu telefonema avisando da ação da PF.   A família estava na Fazenda no sul da Bahia preparando a festa junina para dali dias, uma tradição da família.

         Era a 14ª fase da Lava Jato e nesta o alvo era o Grupo Odebrecht.   Quem ligou foi o filho Marcelo que mora em São Paulo.   A casa dele foi vasculhada por nove integrantes da PF.  Busca e apreensão e levaram Marcelo Odebrecht preso.   Prenderam ele e mais quatro diretores da empresa.

         No mesmo momento a PF também fez busca e apreensão na Empreiteira Andrade Gutierrez, levando preso o presidente desta e alguns executivos.

         Marcelo Odebrecht era desde 2009 presidente do Grupo Odebrecht.

         ...”Foi rápido, portanto, o telefonema de Marcelo.    “Não obstante, permanece, até hoje, como um dos mais dolorosos telefonemas que recebi em toda minha vida”.

         A PF apelidou esta fase de Erga Omnes, ou seja,  “Vale para todos”.

         “A acusação foi a de sempre:  participação de ambas as empresas em esquemas e corrupção e fraudes de licitações da Petrobras”.    Acusados de ter depósitos em contas no exterior em nome de diretores da empresa.

         Acusações sem provas.   “Nada, zero”.

         No caso da Odebrecht, houve buscas e prisões em quatro estados: SP, RJ, MG e RS.   Vários casos de prisão preventiva que só teve fim com a delação premiada.

         Delações premiadas, a maior parte obtidas à força...

         “As pressões exercidas sobre os presos eram para que dissessem o que os procuradores queriam – ou precisavam – ouvir para compor o tabuleiro de xadrez de seus diversos objetivos”.

         Os presos foram levados para a PF de Curitiba, cidade da 13ª Vara da Justiça Federal sob a batuta do juiz Moro.

         “Em despacho público, Moro atacou os aprisionados – legalmente, até então, todos inocentes.”

         No despacho Moro afirmava “parecer inviável que os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez não soubessem da suposta corrupção”.

         Foi assim um “julgamento subjetivo em que parecer – se transforma em certeza...”

         “O lapso verbal expunha, a quem quisesse ver, um prejulgamento decorrente do conluio entre o juiz Moro e os procuradores.”

         Os detidos foram “conduzidos em vara, ou condução coercitiva, e no Direito consta que isso só é aplicável a quem foi convocado a comparecer em juízo e se negou a se apresentar após duas convocações.      ...” a ilegalidade desse procedimento só foi reconhecida na fase final da Lava Jato”.

         Sob ataque:  A Lava Jato não quer justiça, quer escândalo público.

         Emílio e esposa voando para São Paulo para as providências.  Tensos por haver prisão do filho e o transtorno disso à família do filho e dos diretores presos.

         “Os presos, infelizmente, estavam incomunicáveis...”.   Transportados de São Paulo para Curitiba em jato da PF, foram o tempo todo algemados.

        

         Continua no capítulo 05/25