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quinta-feira, 15 de junho de 2023

CAP. 12/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - (Lava Jato) - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 12/30

 

         Emílio relatou suas agendas com políticos daqui e de alguns países onde tinham obras, mas não tinha nada que fosse ilegal.

         “Mas percebi que todo o acordo de leniência poderia estar em risco caso não encontrassem algo que me transformasse em réu”.    “E isso ocorreu associado ao caso do sítio de Atibaia.”     Era fim de mandato do Lula e perto do aniversário dele, Emílio autoriza algumas reformas no sítio frequentado por Lula.  Foi a gota d´água.    “...parecia que ter meu nome na lista dos 78 era uma questão de honra para a força tarefa de Curitiba”.

         A Lava Jato considerou haver crime no caso.   Depois o STF considerou a quebra da imparcialidade do Moro, que incluiu o caso do sítio de Atibaia.   A obra do sítio era de 2010 e o caso já está prescrito ...”não restando hoje qualquer pendência com a justiça”.

         Acusações terminam em carimbos:  “Anule-se; Arquive-se.”

         Ao todo foram 78 colaboradores do Grupo Odebrecht processados e presos.    Pressões, multas.   “Com as multas pagas, as penas de prisão sendo cumpridas e com seus contratos de trabalho encerrados, são pessoas que a justiça puniu, mas não conseguiu provar que eram culpadas”.

         No STF, de 286 ações abertas com base nas delações dos dirigentes da Odebrecht, em abril de 2021...  “apenas sete resultaram em sentença condenatória, ou seja, 2,5% delas”.

         Havia um caixa 2 na empresa, mas segundo Emílio, essa prática é bem antiga e até rotineira no meio empresarial.    Os procuradores da Lava Jato usaram esse caixa 2 como um “departamento de propinas”.

         Em 30 anos de operação, a Odebrecht foi vítima de onze sequestros de colaboradores e teve que pagar resgate.  O caixa 2 atendia inclusive casos desse tipo.

         Em dezembro de 2016 a empresa enviou ao público uma nota em que admitiu falhas e pediu desculpas e se comprometeu a aprimorar suas ações, sempre na busca da ética nos negócios.   (página 108)

         Capítulo:  Vendemos ativos que deveriam ser vistos como patrimônio da Nação.

         A Petrobras sempre foi tratada no caso como vítima, mas ela teve diretores que participaram de determinados atos que estavam contra a lei e a ética.

         A Lava Jato optou por punir as empreiteiras e não punir a Petrobras e assim colocaram estas como símbolo do mal e a Petrobras como símbolo do bem.

         “Por sugestão nossa, o acordo de leniência trouxe uma cláusula importante:  ...”a partir daquela data e por três anos, a Odebrecht estaria sob a monitoria do DoJ Departamento de Justiça dos USA e do MPF Ministério Público Federal.   Especialistas ficariam encarregados de fiscalizar nosso dia a dia, acompanhar a implantação das melhores práticas de gestão e a adesão de práticas que impedissem a ocorrência de atos contrários à política de conformidade”.

         Decorridos esses três anos, recebemos de ambos organismos, o certificado de conformidade.

         A Odebrecht em 2015 tinha 180.000 empregados e 70.000 terceirizados.  Faturamento anual de 132 bilhões de reais.    “Em 2020, tínhamos demitido 150.000 empregados e não tínhamos mais terceirizados.

 

         Continua no capítulo 13/30

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