capítulo 16/30
Até 2009 Angola era importador de açúcar de cana. A Odebrecht foi contratada para estruturar o
setor desse tipo de agroindústria, desde o plantio da cana até a parte de
produção de açúcar e álcool.
Na atualidade Angola caminha para a autossuficiência no
setor e exporta etanol para a Europa.
Entre 2010 e 2015 o Grupo Odebrecht chegou a ter em Angola
35.000 trabalhadores entre diretos e indiretos.
Era o maior empregador naquele país.
Em 1994 se encerrou a guerra civil angolana após mais de 20
anos de combate. A ONU articulou a
supervisão do acordo de paz e no contexto houve 7.000 soldados com a supervisão
dela em Angola para garantir o acordo de paz. A Odebrecht foi requisitada para construir
edificações de alojamentos e rede de logística para as tropas.
Essas obras em Angola abriram caminho para novos contratos
em países da África. Casos de Namíbia,
Botswana, Congo, Guiné-Bissau, Libéria, Moçambique, Djibuti e Líbia.
(como leitor destaco que pouco se fala na Libéria, mas não
esqueço desse país porque pela lei internacional, navios tem ou tinham que
adotar a bandeira de um país e o local onde era mais atrativo comercialmente –
talvez menos exigências legais e tarifárias – era a Libéria e haveria muitos
navios pelo mundo com bandeira liberiana.
Não sei se isso mudou)
Capítulo -
Consolidados no Hemisfério Sul, fomos produzir petróleo no Mar do Norte.
A Odebrecht entrou na Europa em 1988. Comprou uma tradicional construtora
portuguesa. Em 1998, entre outras obras,
inaugurou a Ponte Vasco da Gama em Lisboa, que virou um dos cartões postais da
cidade e na época era a maior obra em andamento na Europa. Operou em parceria com a norueguesa Maersk
em outras frentes.
Adquiriu uma empresa inglesa que constrói plataformas para
exploração de petróleo. Fez inclusive
plataforma para a Petrobrás lá. Em
seguida, passou também a explorar poços de petróleo no Mar do Norte.
Começou a operar na então URSS no final da década de
80. Atuou inclusive na modernização do
metrô de Moscou.
Passou a operar nos USA em 1990. Várias obras feitas naquele país. Em 2004 recebeu demandas dos USA para obras
no Iraque na reconstrução pós guerra.
No caso, implantação de linhas de transmissão elétrica e reconstrução de
pontes. Lá a empresa perdeu um dos
seus engenheiros, morto por soldados.
Capítulo – Construindo pontes, de mãos dadas com a
diplomacia do Itamaraty.
Quando a China no início dos anos 90 foi construir a
Hidrelétrica de Três Gargantas (a maior do mundo), veio ao Brasil conhecer
Itaipu que era até então a maior do mundo no gênero. Nesse contexto, a Odebrecht foi convidada e
participou do consórcio que construiu na China a Hidrelétrica de Três
Gargantas. Obra no Rio Yang-Tsê.
Na Ásia, fizeram obras também na Malásia, Singapura e Coréia
do Sul.
No ano de 2002 a revista Guia Global norte americana colocou
a Odebrecht como a empresa número 1 no ranking mundial da construção de
hidrelétricas. Em 2003, constou de
novo na mesma posição na revista.
Estava participando simultaneamente das obras de 11
hidrelétricas, “sendo oito no Brasil e as outras em Angola, República
Dominicana e Equador”.
Nas obras no exterior, treinavam e usavam ao máximo, mão de
obra local. Isto inclusive conquistava
empatia e novas obras.
Continua no capítulo 17/30
Foto da ponte Vasco da Gama em Lisboa - Portugal
ResponderExcluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Vasco_da_Gama