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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

 Capítulo final 30/30                                   leitura em julho de 2023

 

         Capítulo:    “Senhor Odebrecht, eu não imaginava que os brasileiros fossem tão antropofágicos”.

         ...”É a Lava Jato, em essência, uma campanha de demolição da premissa de que todo réu merece, nessa ordem:  a presunção de inocência; o benefício da dúvida e o direito de defesa.”

          ...”Não por acaso, foi na imprensa estrangeira que apareceram algumas das reportagens mais fortemente críticas contra Moro e seus seguidores”.

         ...”As ditaduras modernas se impõem através de operações como a Lava Jato.   Consomem por dentro as democracias até desfigura-las por completo”.

         “Na prática, Moro colocou na cadeia quem quis, do jeito que quis e quando quis”.

         “Em 2017, ouvi de uma autoridade estrangeira a seguinte afirmação:

         Sr Odebrecht, eu não imaginava que os brasileiros fossem tão antropofágicos.

         “O que espero é que este livro sirva também para que a barbárie togada que foi a Lava Jato jamais seja esquecida – e não se repita entre nós”.

         Página 303 – Epílogo

         “As primeiras anotações para este livro foram feitas em 2016”.  Em 2018 o autor começou a dar a forma de livro às anotações que tinha feito.  Concluiu o livro em meados de 2022.  Optou por lançar após as eleições presidenciais.

         “Escrever Uma Guerra contra o Brasil permitiu que eu percebesse, um vez mais, os erros que cometi ao longo do tempo.  Não os nego: existiram e foram vários”.

         ...”Foram muitas as pessoas que me ajudaram e a todas devo o mais profundo agradecimento”.

         Destacou gratidão ao jornalista Eduardo Oinegue que o estimulou a escrever o livro.

         A Lava Jato foi extinta em 01-02-2021.  Foi dissolvida a força tarefa pela PGR Procuradoria Geral da República.    Na sequencia do caso, as atribuições passaram para o GAECO.

         “Em abril de 2022, o Comitê de Direitos Humanos da ONU condenou Moro por parcialidade nos processos contra o ex Presidente Lula indicando que o real objetivo de Moro era de impedir Lula de disputar a eleição para a presidência da República.”.

         Emílio destaca que houve vários artigos e livros editados sobre a Lava Jato...   “Além disso, muito foi escrito no Brasil e no exterior sobre meu papel na Lava Jato – por gente que jamais esteve comigo ou sequer ouviu de minha boca algum mero relato”.

         “Comecei a escreve-lo em 2018, logo após deixar a presidência do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. “

         Capítulo -  O que me moveu a colocar no papel minha experiência pessoal na crise brasileira.

         “Confiar é um valor universal, atemporal.   ...  Não carrego mágoas ou rancores”.

         “Consciente de que não tenho o direito de colocar a emoção acima da razão”.

         Capítulo -  “Hoje o Brasil está fora do mercado mundial de engenharia e construção”.

         Entre 2014 e 2021 (tempo da Lava Jato) por conta desta e de outros fatores, o Brasil caiu de sétima economia do mundo para décima segunda.

         Na carta do advogado Antonio Carlos de Almeida Braga sobre a “República de Curitiba”.       ...Que ela está nua.   Artigo no jornal eletrônico Poder 360 de 25-03-2022.

         Sobre Deltan e os aliados dele, cita frase de Nelson Rodrigues:  “Por trás de todo paladino da moral vive um canalha”.

         Ainda o advogado falando sobre Moro, Deltan e colaboradores deles...  “o bando de Curitiba tenta se esquivar da justiça, atormentado pelos inúmeros crimes que praticaram”.

         “Incríveis a ousadia e a desfaçatez com que houve esse moleque ao se dirigir ao Poder Judiciário.”

         Se referindo a Deltan e companhia:   “um grupelho ambicioso e atrevido”.    “Uns pulhas sem nenhum verniz intelectual”.

         “Nesse grupo de lavajatistas, nenhum se apresentava para qualquer debate, pareciam apenas entusiastas de reproduções de outdoors e de fake News.”   “Estão nus”.

         Depois do hacker e a Vaza Jato, Moro chegou por pouco tempo a ser sócio de um escritório de advocacia nos USA, o Alvares & Marsal, que interagiu com a Lava Jato e “tinha entre os sócios até agentes da CIA”.

         Moro deixou essa sociedade para ser candidato no Brasil.

         Cabe colocar tudo isso a limpo...  “ o País merece conhecer e entender o que estava por trás da Operação Lava Jato”.

         “Foram os principais responsáveis pela eleição desse fascista que está na presidência”  (se referindo a Jair Bolsonaro).

         Os da Lava Jato usaram de forma recorrente a frase:  “ninguém está acima da lei”.   Agora continua oportuna a frase também para enquadra-los.

         Frase final do livro de 315 páginas:

         “O importante neste momento é saber que... em Brasilia, estará Lula tomando posse, escolhido por mais de sessenta milhões de eleitores para liderar a missão de dar início à reconstrução do Brasil”.

 

                   Término da leitura do livro dia 30-07-2023

terça-feira, 1 de agosto de 2023

CAP. 29/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 29/30                                     JULHO-2023

 

         Capítulo – “O Objetivo é proteger os interesses dos USA e a capacidade das empresas americanas de competir no futuro”.

         Por volta de 2009 era grande a pressão dos USA para que o Brasil aderisse a um acordo com a regra americana FCPA, Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.   Assinar esse acordo sujeitaria o país a aceitar que os americanos julgassem e condenassem empresas em outros países, em qualquer lugar do mundo”.   “Os americanos já adotam esse acordo em dezenas de países do mundo”.

         “Em setembro de 2014 a Casa Branca publica uma agenda anticorrupção global, na qual afirma que a luta contra a corrupção no exterior pode ser usada para fins de política externa americana”. 

         ...”o procurador adjunto do Departamento de Justiça (o DoJ), declara as intenções:   “A luta contra a corrupção estrangeira não é um serviço que prestamos à comunidade internacional, mas sim uma ação de fiscalização necessária para proteger nossos próprios interesses de segurança nacional e a capacidade de nossas empresas americanas de competir no futuro”.     (aqui está tudo escrito e desenhado, digo eu como leitor...)

         Os USA implementaram essas ações no Brasil através do Projeto Pontes.   Nos tempos da Lava Jato, que se iniciou em 2014....  “Parte do sistema legal brasileiro passa a se portar como um anexo da justiça dos USA.”

         Deltan conseguiu à margem da lei, dados  na Suiça e usou esses dados ilegalmente no caso da Lava Jato.

         “Em fevereiro de 2016, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou  que essa parceria era ilegal”.    Mesmo assim , em 08 de maio de 2016, Sergio Moro usou dados da Suíça declarados como obtidos de forma ilegal, em processo que condenou executivos de empreiteiras, inclusive da Odebrecht.

         Capítulo – A “República de Curitiba” não era um delírio.   Os falsos heróis tinham planos políticos e pessoais:  Sergio Moro foi deixando claro suas ambições de chegar a ser ministro da justiça e mais adiante, ser ministro do STF.

         “Segundo a deputada Carla Zambelli que era próxima de Moro, “ele fora para o governo já almejando esse objetivo”.  Ir para o STF.

         Quando Moro viu que não chegaria a Ministro do STF, partiu para tentar se candidatar a presidente da república.  Perde apoio da classe política, muda de partido e acaba tentando se contentar com o legislativo.

         Moro forja um domicílio em São Paulo e é barrado pela justiça eleitoral.  Acaba ficando como candidato pelo Paraná, seu estado.

         Eleito, Moro logo declara apoio a Bolsonaro que estava em disputa no segundo turno contra Lula.   Na ocasião, Moro declara:  “Temos um inimigo comum” se referindo a Lula e justificando reatar com Bolsonaro depois da treta que o fez deixar de ser ministro da justiça.

         “Diogo Mainardi (jornalista) que no site O Antagonista e na revista eletrônica Crusoé foi um defensor abnegado de Moro e Bolsonaro, capitulou:  “O apoio de Moro a Bolsonaro torna ainda mais deprimente o fim da Lava Jato.   Quanto ao meu empenho pessoal, nos últimos anos, posso dizer apenas que falhei miseravelmente”.

         A Ong Transparência Internacional – Brasil que antes apoiava a Lava Jato, diante do apoio de Moro a Bolsonaro, declara:    ...”Mas apoiar a luta contra a corrupção ao apoio ao candidato Bolsonaro é prestar imenso desserviço à causa e desvirtuar o que ela fundamentalmente representa”.

         Tempos antes, o desabafo de Bolsonaro em 02-12-2021 quando Moro deixou de ser ministro rompido e atirando verbalmente contra o presidente:

         “Moro faz papel de palhaço, sem caráter... Mentiroso deslavado... Saiu do governo pela porta dos fundos.   Traindo a gente”.

         Logo mais adiante, como vimos, voltam a reatar no segundo turno da eleição Lula x Bolsonaro.

         Agora rumo ao Senado, Moro volta a se alinhar a Bolsonaro.   Moro confessou a Bolsonaro sobre as conversas reveladas pelo hacker que delatou as falcatruas dos agentes da Lava Jato:   Fala de Bolsonaro:   “Moro me disse na ocasião:   “Eu apagava todas as mensagens, mas o Dallagnol não fazia o mesmo.  Deu nisso aí”.     A ação do hacker e a Vaza Jato que denunciou as conversas de ações ilegais da turma da Lava Jato.

         Deltan após deixar o Ministério Público Federal, já em campanha para deputado, argumentou:  “Posso fazer mais pelo Brasil”.

                   Capítulo final 30/30

domingo, 30 de julho de 2023

CAP. 28/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 28/30                julho de 2023

 

         Os americanos incomodados com a perda de competitividade para a China e o crescimento desta em termos econômicos.  

         Em 2003 Lula assume seu primeiro mandato defendendo uma posição de independência em relação aos USA.    E o Brasil privilegiou relações Sul-Sul, reforçando a união de  forças na economia da América Latina e África.

         Lula colocou o BNDES como forte agente de desenvolvimento.   Em seus governos de 2003 a 2010, o banco foi o maior banco oficial de fomento do planeta.

         Em 2006 a Petrobras descobriu o petróleo do pré-sal.  Salta a nossa produção de petróleo nas gestões do PT.   Nesse tempo não havia tecnologia para extrair economicamente petróleo de águas profundas.   A Petrobras desenvolveu a tecnologia que viabilizou a exploração.    Tanto que hoje em dia a maior parte da produção de petróleo brasileira vem do pré-sal.

         A Petrobras no seu auge com esse incremento, passou a ser a quarta maior petroleira do mundo.

         O autor cita a empresa francesa Alston que é uma multinacional.   Foco no setor de energia e transporte (inclusive de metrô).  ...”tem a maior experiência nuclear do mundo e é empresa número 1 no fornecimento de centrais elétricas completas, que equipam 25% do parque de geração mundial.

         O executivo da Alston lançou no Brasil em 2021 o livro:   Arapuca estadunidense.  Uma Lava Jato Mundial.

         Os meios usados pela General Elétric dos USA para forçar a compra da Alston...  (usaram todo tipo de manobra, inclusive judicial para conseguir).

         No dia 07-06-2021, vinte congressistas americanos escrevem carta ao Secretário da Justiça dos USA questionando sobre possível interferência do seu país, travestida de “cooperação” com o governo brasileiro no caso da Lava Jato.    Esta operação que causou um desmanche no setor de petróleo e da engenharia pesada do Brasil.

         Um dos deputados americanos que assinou a carta foi Raul Grijalva, do estado do Arizona.

         Em carta de deputados americanos ao DoJ Departamento de Justiça, datada de 2020, a resposta deixa claro que houve interferência deles na Lava Jato.  A resposta do DoJ aos deputados deles:

         “O Departamento de Justiça não pode fornecer informações sigilosas sobre tais assuntos nem revelar detalhes não públicos das ações”.    Fica claro e expresso que houve ações, manobras para interferir no Brasil...

         Capítulo – A receita vem pronta de Washington:  “Para condenar alguém é necessário que o povo odeie a pessoa”.     (página 282)

         No ano de 2007 o governo americano já tinha aqui no Brasil uma rede de contatos informais, via diplomata Clifford Sobel, que ia construindo “peões” para atuações conjuntas no método dos americanos.

         (A Lava Jato em si começou em 2014 mas tem precedentes...)

         Já em 2007, muito antes da Lava Jato, Moro já era uma peça desse sistema, inclusive com treinamento que ele fez lá nos USA num chamado Programa de Relacionamento”.

         Nesse contexto, se copia aqui o sistema de forças tarefas, delações premiadas, colaboração informal entre governos no chamado combate à corrupção.

         Em 2009, Moro já palestrante frequente no tal programa de relacionamento com os USA disfarçado de combate à corrupção...

         Em 2009 Moro dá uma palestra junto com a assessora jurídica dos USA em exercício no Brasil, num evento em Fortaleza-CE, para delegados da Polícia Federal.

         Lá a assessora americana Karine Moreno-Taxman dá a receita:    “fazer o povo odiar alguém para facilitar condená-lo e prende-lo”.

         Seguindo o conselho da americana, nosso justiceiro Moro implanta aqui o método “do ódio”.   E o ódio ajudou a turma da Lava Jato a fazer o que fez ao arrepio da lei.

         O ovo da serpente da metodologia do ódio tem data, ano de 2009 e tem uma protagonista do método:  a assessora Karine, como já foi dito.

 

                   Continua no capítulo 29/30

sexta-feira, 28 de julho de 2023

CAP. 27/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 27/30

 

         Capítulo – A Fundação Lava Jato, uma armadilha política financiada com dinheiro público.

         Sobre a eleição de 2018, no dia 16-02-2021 o ministro do STF Gilmar Mendes declarou à BBC Brasil:  “A Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral.   E atuou, inclusive, para perturbar o Brasil em termos institucionais”.

         A Ong Transparência Internacional apoiou a Lava Jato acreditando que a finalidade dela era apenas o combate à corrupção.

         Lideres do tipo do Moro...  “agem  em benefício próprio, enquanto convencem a todos que estão agindo em benefício coletivo”.

         (No livro O Negócio do Jair, da jornalista Juliana Dal Piva, consta os mais de cem imóveis amealhados pela família Bolsonaro na trajetória política.    Destes, mais de cinquenta foram pagos em dinheiro.  (página 270)

         “Dallagnol almejava erguer com dinheiro público uma entidade de direito privado, a qual estaria sob seu controle e de gente da sua confiança de dentro e de fora da força tarefa que ele coordenava.”

         Foram barrados pelo STF nessa iniciativa sacana e ilegal.

         Capítulo – Indústria pesada e trabalhadores, unânimes:   a Lava Jato quebrou a economia brasileira.

         Nos anos 80 a 90, o setor de transformação representava 35% do PIB nacional.   Na atualidade esse setor da indústria caiu para 12% do PIB.

         “O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história”.

         No pico de 2013, o Brasil era a sétima economia do mundo.   Nosso PIB era maior que o da Itália por exemplo.

         Vários fatores fizeram o Brasil perder posição na economia mundial e um dos fatores foi a Lava Jato.

         Estudo do DIEESE comprovou que a Lava Jato, “sozinha, foi responsável por exterminar 3,6% do PIB Produto Interno Bruto do Brasil.  Causou dano no emprego, na arrecadação de impostos, na economia em si.

         Sobre os dados da queda do PIB a Tendências Consultoria fez um estudo para o SINICON Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura e chegou à perda no PIB até um pouco maior do que a detectada pelo DIEESE.

         A Lava Jato trancou o crédito do BNDES, cancelou contratos de obras, paralisou obras etc.     “A queda real de consumo de materiais em 60% do setor de construção pesada e infraestrutura representou uma perda de arrecadação  de cerca de 105 bilhões de reais.   Isto no período da Lava Jato, de 2014 em diante.

         “Entre 2010 e 2014, o BNDES destinava em média 1,5 bilhão de dólares por ano para financiar a exportação de serviços de engenharia e construção pesada.   Nos cinco anos seguintes essa modalidade de crédito pelo BNDES caiu para perto de zero”.

         Capítulo -  Nos USA ninguém destruiria empresas de vanguarda como a Petrobrás e a Odebrecht.

         Afirmação do Professor, pesquisador, sociólogo Jessé Souza:   “A minha opinião é que a Lava Jato é o maior engodo da história do Brasil”.

         (Assisti uma palestra com o Professor Jessé Souza aqui em Curitiba e li dois dos livros dele:   A Radiografia do Golpe e A Elite do Atraso.)

         Ainda sobre Jessé Souza:   “Uma reportagem publicada no jornal francês Le Monde sobre a Lava Jato, em abril de 2021, ele afirma que a gênese da operação não se deu no Brasil, mas sim nos escritórios do FBI, nos USA”.    “E também nas salas do DoJ Departamento de Justiça dos USA”.

         Dois autores, Gaspard Estrada e Nicolas Bourcier, no documento “O naufrágio da operação anticorrupção Lava Jato no Brasil.”, datada de fevereiro de 2021 constata: 

         “A operação, segundo eles – baseados em provas e documentos testemunhais – foi a forma que tomou algo que vinha sendo urdido por estrategistas norte americanos...  com o objetivo bem definido”:    “Destruir, ou ao menos danificar de forma irreversível, empresas brasileiras dos setores de petróleo e da engenharia e construção pesada”.

         Para disfarçar, de fachada, era vender a ideia de que o objetivo era combater a corrupção.

 

                   Continua no capítulo 28/30     

quarta-feira, 26 de julho de 2023

CAP. 26/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Operação Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 26/30

 

         Entre os objetivos da Lava Jato:  “Destruir.   Destruir o sistema de governança a duras penas constuido no Brasil desde 1985, primeiro ano da redemocratização.”

         O autor destaca o jornalista Janio de Freitas em artigo na Folha de São Paulo de 10-03-2016.     ...”mesmo nos dias que antecederam a detenção de Lula e levarem ele ao aeroporto.    Moro tentava leva-lo preso de forma ilegal.  Houve  reação popular em vários lugares do Brasil contra essa arbitrariedade.

         Continuavam vazando informações aos jornalistas e os da Lava Jato não conseguiam explicar quem concedia esses vazamentos.

         O delegado da PF Igor Romário de Paula  - “figura inabalável, este expoente policial da Lava Jato.   Difundiu insultos a Lula e Dilma pelas redes da internet, durante a campanha eleitoral.   Nada aconteceu contra ele por essa atitude”.

          O mesmo delegado era responsável pela PF de Curitiba quando o doleiro Alberto Youssef descobriu grampo na cela dele na Polícia Federal em Curitiba na qual o Chefe era o mesmo delegado Igor.  Ninguém foi punido.

         Capítulo – Um juiz sem escrúpulos sequer para respeitar a intimidade de uma adolescente.

         Moro mandou gravar e divulgar conversa particular entre a esposa de Marcelo Odebrecht e a filha dele de 14 anos de idade.   Um crime contra a privacidade prevista na Constituição  em seu artigo 5º.    Moro deixou gravar e deixou vazar para a imprensa.

         E saber que esse ex juiz que tanto atropelou a lei logo depois ainda veio a atuar no governo Bolsonaro como Ministro da Justiça.   

         Capítulo – O cenário atual da política brasileira e a herança que a operação nos deixou.

         Moro e Deltan prometeram o combate à corrupção mas “o que entregaram ao país foram duas calamidades gêmeas:  política e econômica.”

         “O remédio que eles adotaram causou mais danos ao país do que a corrupção que eles prometiam combater”.

         “O então juiz esmerou-se, a partir de março de 2014, em prejudicar o Partido dos Trabalhadores e, em especial, a transformar em um inferno a vida de Lula.”

         “Não descansou enquanto não o encarcerou em Curitiba”.

         Ano eleitoral, 2018, Lula preso.   Moro fez de tudo para mante-lo preso e fora da disputa pela presidência.   Chegou a interromper até férias para acudir ao seu modo para que Lula não fosse colocado em liberdade.

         “Ultrapassou todos os limites da decência quando ordenou à PF que não cumprisse uma ordem judicial que concedia a Lula um habeas corpus.”

         Em outra ocasião, Moro “divulgou ilegalmente uma conversa entre a então presidente Dilma e Lula”.     

         Por estas e outras, Moro foi recompensado com o cargo de Ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

         Em agosto de 2019 Moro já ministro tentou transferir Lula ilegalmente do cárcere da PF de Curitiba para o presídio de segurança máxima de Tremembé II   (como ex presidente ele não poderia ir para um presídio de segurança máxima por força de lei)

         Essa transferência de presídio só não ocorreu porque a defesa de Lula recorreu ao STF e no julgamento deu 10 votos contra 1 entre os ministros do Supremo vedando a transferência e mantendo Lula em Curitiba.

        

                   Continua no capítulo 27/30

sábado, 22 de julho de 2023

CAP.24/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 24/30

 

         Por um lado o hacker Delgatti usou meio ilícito para conseguir gravar as falas e de outro lado, revelou o modo ilícito de agir do pessoal da Lava Jato, dos que deveriam agir no estrito caminho da legalidade.

         Foram dois anos de investigações da Polícia Federal para ver se Delgatti agiu só ou teve patrocinadores.   A conclusão é de que ele agiu só.

         Nas falas no Instagram o juiz Moro cobrava novidades dos procuradores para surfar na mídia...   “indiscutível desejo do juiz de brilhar na mídia”.

         Os juristas Lenio Luiz Streck e Marco Aurélio de Camargo   “escrevem na edição de 28-04-2021 na Folha de São Paulo:   “Às favas com o Estado de Direito.  Esquecem o óbvio:  acusação de crime exige apuração por juiz imparcial e juiz natural.    No mundo todo isso é sagrado:  só é considerado culpado por crime se foi obedecido o devido processo legal.  Ou é linchamento”.

         Fala do juiz do STF Ricardo Lewandowski no Jornal Correio Braziliense de 25-08-2020 após tomar conhecimento das acusações contra o juiz Moro e os procuradores.  

         “Coisas muito estranhas aconteceram em Curitiba, naquela Vara Federal”.

         Em julho de 2019 a PF instaurou a Operação Spoofing na qual foram analisadas as conversas no Instagram pelo então juiz e os procuradores.   A operação revelou a veracidade das falcatruas tramadas pelo Moro e os procuradores da Lava Jato.    ...”apenas confirmaram o quão condenáveis eram os métodos adotados em Curitiba”.

         Inclusive o modo espalhafatoso do juiz exigir a condução coercitiva dos acusados – medida desnecessária, pois bastava apenas convoca-los por telefone e os acusados iriam depor.

         Os meios utilizados eram tão absurdos que mesmo antes dos advogados dos acusados saberem das convocações para depor, já havia um batalhão de repórteres à caça de imagens dos depoentes.

         Sobre a delação premiada.   “Ao optar pela delação, desesperado, o indivíduo que já renunciou ao direito de se defender se sujeita também a dizer o que os investigadores ordenem que diga.”

         “As provocações também eram frequentes.  Quanto mais estressado o preso, mais facilmente se arrancaria dele o que se quisesse”.

         Um dia sem motivo algum, o pessoal da carceragem da PF jogou um tubo de gás de pimenta no local onde havia detidos da Lava Jato.    Causa dano físico e dano psicológico aos atingidos.

         “Sempre havia quem vazasse cada ação da PF para as redes sociais...”

         Capítulo -  Um judiciário amedrontado, receoso de ser taxado de aliado de corruptos.

         Uma indagação de Emílio:   ...”como a sociedade brasileira permitiu durante sete longos anos, que Moro e seus comparsas atentassem repetidamente contra o Estado de Direito?”

         “Como explicar a indiferença da Corregedoria Nacional da Justiça, por  exemplo, que tem por função, exatamente, zelar para que não ocorram os abusos inomináveis perpetrados pela Lava Jato?”

         Como pode o STF assistir a tudo isso calado por tanto tempo?

         Lá no início, o então Ministro do STF Teori Zavascki tentou agir, mas logo morreu naquele acidente aéreo...

         Como disse o jurista Lenio Streck:   ...”estava tudo ali, o tempo todo...   precisou tanto tempo até o Jornalista Glenn jogar tudo na cara da sociedade.   “Já estava tudo ali.  Talvez não estivesse dito, mas o não dito já existia”.

 

                   Continua no capítulo 25/30 

domingo, 2 de julho de 2023

CAP. 18/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 18/30

 

         Em 1978 o Grupo criou a holding denominada Odebrecht S.A.    ...”tinha por finalidade se concentrar na administração dos investimentos, no direcionamento estratégico, na preservação da cultura, e na perpetuidade do Grupo, componente com o que temos como rumo que é sobreviver, crescer, perpetuar”.

         Em 1991, Emílio assume a presidência da holding e seu pai Norberto passa a fazer parte do Conselho de Administração.

         Em 2001, o executivo Pedro Novis assume a presidência do grupo e Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, assume a parte de projetos e da engenharia.

         Em 2007, o Grupo passou a atuar em bioenergia, setor canavieiro.  Produção de etanol, açúcar e energia elétrica da queima do bagaço de cana.

         A Braskem desenvolve o plástico verde, à base de componente do açúcar de cana.   O produto é degradável, diferente do plástico comum.

         A Braskem é a maior produtora mundial de plástico verde que ajuda inclusive no combate ao efeito estufa.

         Apesar da crise econômica mundial de 2008, o Grupo tinha se estruturado em setores que tiveram bom desempenho mesmo nos tempos de crise.   Ramos de petroquímica, mineração etc.    O Grupo teve bom desempenho no tempo de crise no Brasil e no exterior.  Em 2008 o grupo faturou 40 bilhões de reais e em 2015, chegou a 132 bilhões de reais.

         Em 2012 a revista Exame “lista a Odebrecht como a maior empregadora do País.”    O Grupo estava com 124.000 empregados.

         O Grupo foi atingido pela Lava Jato quando estava nesse patamar.

         Capítulo – (página 164) – A nova cultura, nosso diferencial.

         Norberto Odebrecht, pai de Emílio, tinha por base sua formação luterana.    ...”configuravam uma filosofia de vida centrada na educação e no trabalho”.     ...”continua sendo a referência comum para todos nós”.

         ...” Um dístico perene:  confiar e servir”.

         “A confiança tem duas vertentes:  a confiança em si mesmo e a confiança no outro”.

         ... “convencimento ao invés de imposição”.

         Capítulo – (página 167) -  Espírito de servir: senso de obrigação, consciência do valor do trabalho.

         “O espírito  de servir é o que distingue a postura de alguém perante si mesmo, perante o outro e perante o sentido da própria existência”.

         ...”disposição permanente para aprender, reaprender e ensinar...”

         ...”abraçar desafios com otimismo e transformar problemas em oportunidades”.

         Capítulo -  Educação pelo Trabalho: As pessoas que formamos são o mais rico legado que podemos deixar.

         Investimento Social: nossas ações são muitas e nós as vemos como obrigação ética.    “Compromisso empresarial com sustentabilidade – que fique bem claro – tem que passar pela justiça social”.

         “Todos devemos nos por de acordo sobre isso:  combate à pobreza é pré-requisito para          a sustentabilidade”.

         ...”Mas uma população por si só não é um mercado consumidor; ela apenas se torna um se todos aqueles que a compõem tem poder aquisitivo”.

         O Grupo Odebrecht faz obras sociais através da Fundação Norberto Odebrecht que foi criada em 1965.   Tem sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e integra também a Agenda ESG.

         Ações sociais tem a ver inclusive com investimentos que visam sanar carências de determinada coletividade.

 

         Continua no capítulo 19/30

terça-feira, 27 de junho de 2023

CAP. 16/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - (operação Lava Jato) - Autor EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo   16/30

 

        

         Até 2009 Angola era importador de açúcar de cana.   A Odebrecht foi contratada para estruturar o setor desse tipo de agroindústria, desde o plantio da cana até a parte de produção de açúcar e álcool.

         Na atualidade Angola caminha para a autossuficiência no setor e exporta etanol para a Europa.

         Entre 2010 e 2015 o Grupo Odebrecht chegou a ter em Angola 35.000 trabalhadores entre diretos e indiretos.  Era o maior empregador naquele país.

         Em 1994 se encerrou a guerra civil angolana após mais de 20 anos de combate.     A ONU articulou a supervisão do acordo de paz e no contexto houve 7.000 soldados com a supervisão dela em Angola para garantir o acordo de paz.     A Odebrecht foi requisitada para construir edificações de alojamentos e rede de logística para as tropas.

         Essas obras em Angola abriram caminho para novos contratos em países da África.  Casos de Namíbia, Botswana, Congo, Guiné-Bissau, Libéria, Moçambique, Djibuti e Líbia.

         (como leitor destaco que pouco se fala na Libéria, mas não esqueço desse país porque pela lei internacional, navios tem ou tinham que adotar a bandeira de um país e o local onde era mais atrativo comercialmente – talvez menos exigências legais e tarifárias – era a Libéria e haveria muitos navios pelo mundo com bandeira liberiana.   Não sei se isso mudou)

         Capítulo -  Consolidados no Hemisfério Sul, fomos produzir petróleo no Mar do Norte.

         A Odebrecht entrou na Europa em 1988.  Comprou uma tradicional construtora portuguesa.  Em 1998, entre outras obras, inaugurou a Ponte Vasco da Gama em Lisboa, que virou um dos cartões postais da cidade e na época era a maior obra em andamento na Europa.    Operou em parceria com a norueguesa Maersk em outras frentes.

         Adquiriu uma empresa inglesa que constrói plataformas para exploração de petróleo.   Fez inclusive plataforma para a Petrobrás lá.   Em seguida, passou também a explorar poços de petróleo no Mar do Norte.

         Começou a operar na então URSS no final da década de 80.   Atuou inclusive na modernização do metrô de Moscou.

         Passou a operar nos USA em 1990.   Várias obras feitas naquele país.  Em 2004 recebeu demandas dos USA para obras no Iraque na reconstrução pós guerra.   No caso, implantação de linhas de transmissão elétrica e reconstrução de pontes.    Lá a empresa perdeu um dos seus engenheiros, morto por soldados.

         Capítulo – Construindo pontes, de mãos dadas com a diplomacia do Itamaraty.

         Quando a China no início dos anos 90 foi construir a Hidrelétrica de Três Gargantas (a maior do mundo), veio ao Brasil conhecer Itaipu que era até então a maior do mundo no gênero.   Nesse contexto, a Odebrecht foi convidada e participou do consórcio que construiu na China a Hidrelétrica de Três Gargantas.    Obra no Rio Yang-Tsê.

         Na Ásia, fizeram obras também na Malásia, Singapura e Coréia do Sul.

         No ano de 2002 a revista Guia Global norte americana colocou a Odebrecht como a empresa número 1 no ranking mundial da construção de hidrelétricas.    Em 2003, constou de novo na mesma posição na revista.

         Estava participando simultaneamente das obras de 11 hidrelétricas, “sendo oito no Brasil e as outras em Angola, República Dominicana e Equador”.

         Nas obras no exterior, treinavam e usavam ao máximo, mão de obra local.   Isto inclusive conquistava empatia e novas obras.

 

                   Continua no capítulo 17/30

sábado, 24 de junho de 2023

cap. 15/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - (sobre a Lava Jato) - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 15/30

 

 

         Em 1973, construiu a ponte Colombo Salles em Florianópolis-SC.

         Capítulo – O  primeiro projeto da Odebrecht para a Petrobras é de 1953 com a estatal récem criada.   As diversas obras da Odebrecht durante o regime militar (64-85) fez surgir a narrativa de que foi o apoio ao regime que fez crescer o Grupo Odebrecht.    Por outro lado, foi entre 1973-1977 que o Brasil viveu um salto em sua economia, o chamado “Milagre Brasileiro”.  Nosso PIB Produto Interno Bruto cresceu nesse período 65%.  

         Grandes obras foram feitas no Brasil nesse período por construtoras nacionais.  Cita:   Transamazônica, Rodovia Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho, Perimetral Norte, Imigrantes (SP-Santos), Castelo Branco, Trabalhadores, Ponte Rio Niteroi, usinas de Jupiá, Ilha Solteira, Água Vermelha, Itaipu, Angra I.   Aeroportos de Guarulhos, Galeão, Eduardo Gomes (Manaus) e Confins (MG).    Metrôs do RJ e SP.

         Nesse período de grandes obras públicas, a Odebrecht teve sua grande fatia em obras privadas, sendo das públicas, só o Aeroporto do Galeão no RJ e da usina nuclear de Angra I.

         Nos anos 80, a Odebrecht comprou a empreiteira CBPO e a Tenenge, que atuaram em muitas obras públicas.  Dessa forma, passam parte dessas obras a figurar no portfolio da Odebrecht.

         A Odebrecht entre 1968 e 1974 fez 211 obras nos estados no Nordeste.  Em 1974, ganhou o título de empreiteira do ano pela principal revista do setor, a revista O Empreendedor.

         Capítulo -  O fim do milagre Brasileiro abre as portas do mundo:  logo estaríamos falando em oito línguas diferentes em dezenas de fusos horários pelo mundo afora.

         Em 1977 o governo federal já estava na fase de vacas magras e poucos investimentos em obras.   Na ocasião o Grupo Odebrecht optou por alguns novos rumos e um deles era a diversificação.   Priorizou a indústria petroquímica.   Internacionalizar suas operações também foi uma das diretrizes tomadas.

         Em 1979, fez seu primeiro investimento em petroquímica no Polo de Camaçari na Bahia.   Este deu origem à Braskem.   “Atualmente a Braskem tem 41 unidades no Brasil, USA, México e Alemanha e produz por ano 20 milhões de toneladas de resinas plásticas e de produtos petroquímicos.”

         É a quinta maior desse setor no mundo.    E a maior fabricante de polipropileno nos USA.

         Para entrar no clube das empreiteiras que tinham certificação para construir barragens e hidrelétricas, a Odebrecht incorporou a CBPO em 1980.   A CBPO tinha 50 anos no ramo e participou do consórcio que construiu a Usina de Itaipu.

         Em 1985 incorporada a Tenenge, forte em montagens industriais.  Esta atuou na Usiminas (siderurgia), na CSN Companhia Siderúrgica Nacional e também na siderúrgica Belgo-Mineira.

         Em 1979 conquistou obras no Peru e Chile para construir hidrelétricas.

         “No início dos anos 2000, eramos uma das cinco maiores construtoras do mundo em contratos fora do país de origem”.

         No começo da década de noventa, estavam operando em quatro continentes.

         Capítulo -  Ao lado de nossas obras deixávamos cidades, escolas, comunidades que antes nem existiam.

         ...”em busca da possibilidade de a Odebrecht operar fora do Brasil.  Porém onde ela estivesse, atuaria como agente de prosperidade econômica e de justiça social”.      ...”de ações que gerem e consolidem relações de confiança”.

         No exterior começaram a atuar em 1979 no Peru e no Chile.    Começaram em 1984 em Angola com o país no auge da guerra civil.    Angola, na reconstrução após a guerra, contratou a Odebrecht para construir uma rede de supermercados em 2006, o “NossoSuper, com 30 lojas e dois centros de distribuição.  Feitas as obras, a Odebrecht também assumiu a gestão dessa rede que foi pioneira naquele país.   Atuaram na gestão por dez anos e em 2016 repassaram o encargo para entidades locais.

         Anos 90 e o Grupo Odebrecht foi convidado a explorar minas de diamantes em Angola.    Em parceria com o governo local e o Grupo De Beers, grupo inglês que domina a comercialização de diamantes no mundo.

 

         Continua no capítulo   16/30 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

CAP.14/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - (sobre a #Lava Jato) - Autor EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 14/30            leitura em junho de 2023

 

         Página 125 – A Segunda Guerra Mundial (1939-45) quebra a economia e da noite para o dia não tínhamos mais matéria-prima.   Na Bahia a situação econômica era um pouco melhor que no Pernambuco.   A Bahia exportava cacau e tabaco principalmente.   Era o segundo exportador mundial em cacau e terceiro em tabaco.

         Em 1929 a Odebrecht constrói em Salvador o prédio da Companhia de Navegação Baiana.   Em 1929, ergue a Catedral de Petrolina no PE.   Constroi destacadas obras em Salvador.

         Em seguida, em 1939 vem a Segunda Guerra e nesse tempo fica em baixa a construção civil.

         Na época da guerra, muitas das matérias primas que a Odebrecht usava vinham da Europa que estava em guerra.   O Brasil tem que substituir o transporte a gasolina e diesel pelo gasogênio  (pela gaseificação do carvão).

         Emílio e sua empresa ficaram quase na estaca zero devido à guerra.

         Passou a empresa para o filho Norberto Odebrecht e voltou para Santa Catarina.

         Capítulo – A Odebrecht nasce pioneira ao compartilhar lucros e resultados com seus empregados.

         Norberto, aos 23 anos, assume a empresa ainda sem concluir seu curso de engenharia civil.   Empresa com dívidas, obras paralisadas e salários atrasados.

         Lealdade entre patrão e empregados.     ...”a cultura de descentralização, parceria e delegação planejada da Odebrecht”.    ...”empregados... “cada um dando o melhor de si em busca do melhor para o cliente”.

         Em 1945 entregaria em nove meses um prédio de dez andares concluído.   Trouxe muito prestígio à empresa.

         Em 1948, Norberto conseguiu concluir as obras deixadas por Emílio e quitou as dívidas.   Era então a Construtora Norberto Odebrecht SA.   
         Em 1952 o Brasil cria a Petrobras.  Veio de um imenso clamor popular.  “O petróleo é nosso”.    A primeira sede da Petrobras foi em Salvador, já que o primeiro petróleo descoberto foi em Lobato-BA.

         A Odebrecht é requisitada para fazer parte das obras  da Petrobras.    Em 1952, Emílio voltou a Salvador.

         “Eu sou baiano, meu pai era pernambucano”.   (Emílio, avô do atual)

         A empresa foi crescendo e chegou à posição de maior construtora do Brasil.   (página 131)

         O Grupo cruza as fronteiras e entra no árduo e exclusivo mercado do Sudeste.

         Cresceu bastante nas décadas de 1960-70.  Muitas obras privadas.

         “Já tínhamos então capacidade para operar em qualquer parte do país e para executar qualquer obra, independente do porte”.

         Em 1969, ocorre a descoberta de petróleo na Bacia de Campos no RJ.  A Petrobras decide construir nova sede agora no RJ e a Odebrecht é escolhida para a obra.

         Obras desafiadoras que fizeram como o Aeroporto Internacional do Galeão (RJ) e a Usina Nuclear de Angra I.

 

         Continua no capítulo 15/30