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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

cap. 11/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 11/20                        setembro de 2023

 

 

         Já vi casos de pessoas que foram desacreditadas  no seu diagnóstico.   Já vi caso de médicos desacreditando pessoas autistas por estarem “velhas demais” para o diagnóstico e que “não seria bom arrumar mais esse problema”.

         “Quando eu finalmente me entendi neurodiverso e obtive o diagnóstico clínico, tinha licença legal para ser quem sou”.

         “O laudo me deu segurança psicológica...

         4 – Existe algum lado ruim de ter o diagnóstico?

         Eu só soube do diagnóstico aos 29 de idade e houve pontos negativos e positivos nisso.   Convivi mais com a sociedade.   “Eu não faria tantos amigos neurotípicos como eu fiz”.

         “Eu fui um autista criado como neurotípico o que me fez sofrer muito.”

         Por outro lado, o extremo de ser criado numa redoma, também não é bom.

...”Resta saber como equilibrar os dois pesos da balança com prudência”.

         5 – Existem divisões ou rixas dentro da comunidade autista?

         Ela fala vários discursos.   Seria positivo.   Se o espectro é amplo, as vozes também devem ser amplas.

         6 – Todo autista é inteligente?     É mais um mito a ser combatido.

Filmes e séries de TV não raro colocam autistas como gênios e a sociedade tende a generalizar isso.

         ...”eu duvido que os roteiristas neurotípicos tenham se importado em mostrar seu trabalho à revisão de pessoas autistas antes de definir a versão final do roteiro”.

         “Ao criar um personagem é preciso que o roteirista revele nesse personagem toda a complexidade de um ser humano real”.

         7 – Autistas sempre fazem as coisas certas?      Ser autista... não é ter um atestado de caráter.   “Não são todas as pessoas no espectro que possuem o mesmo senso de justiça”.

         “O que é questionável é ver pessoas autistas aceitando vender terapias que não funcionam, remédios sem prescrição médica...    e até mesmo a cura para o autismo”.

         8 – E se um autista tiver preconceito, o que eu faço?     ...”É claro que existem pessoas neurotípicas maldosas, assim como podem existir pessoas autistas maldosas.   Vai do caráter...”

         9 – Os neurotípicos são odiados pelos autistas?

         ...”Meu avô foi a primeira pessoa que me acolheu quando saí do armário da sexualidade.”    “Não consigo ficar um dia sequer sem pensar nele.”

         “Meus amigos de hiperfoco são todos autistas: somente eles podem entender o meu mundo.   Os meus amigos-suporte são todos neurotípicos pois somente eles me fazem entender o mundo”.

         10 – Como os autistas podem participar da comunidade maior?

         ...”Entendo o motivo para tanta ansiedade: descargas hormonais, um cérebro irrequieto e uma criatividade desesperada para ser utilizada”.

         “O Manual do Infinito é a celebração da beleza de ser diferente.”

         Capítulo:  Mente de diamante:   o pensamento rígido no autista.

         “A Nelson Rodrigues e Carlos Heitor Cony, meus mestres literários”.

         “Defino o pensamento rígido como a inabilidade de compreender a relatividade das coisas.

         “Uma das características do pensamento rígido é exatamente essa:  não conseguir colocar-se no lugar do outro”.

         ...”minha hiperempatia muitas vezes me faz sofrer pelos motivos das outras pessoas mais do que elas próprias.”

         Por outro lado há pessoas autistas que não conseguem entender as razões, os valores ou os sentimentos alheios”.

         Há que se trabalhar a questão do luto com os autistas.

        

         Continua no capítulo 12/20

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