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terça-feira, 13 de maio de 2025

Cap. 4/10 - fichamento do livro SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SÃO PAULO - Autor: Botânico francês SAINT HILAIRE (Ano 1822)

capítulo 4 de 10                    maio de 2025 

         O autor fala que na região de Barbacena-MG  o Rio Grande tem apenas 22 passos de largo e é curioso saber que no sul este rio e outros afluentes desaguam no enorme Mar Del Plata entre Argentina e Uruguai.

         São João Del Rei, uma comarca populosa, já em 1822.  Pouco comum na sua época.    Decorrência da descoberta do ouro.

         Cita a vegetação de Cerrado na região de Barroso-MG.

         No trecho, a equipe do pesquisador pegou muitos bichos de pé e isto causava transtorno já que a caminhada na ocasião era à pé ou em lombo de burro.

         Comenta passagem pela região do Rio das Mortes.     Na região, ele foi descontar uma carta de crédito com um comerciante e este pediu o desconto de 6% por conta do que seria uma taxa que na sede do governo no RJ iriam cobrar do comerciante.    Não era usual cobrarem essa taxa dos viajantes.   Depois o autor descobriu que o comerciante mesquinho era europeu.

         “Como eu já tive, muitas vezes, a ocasião de observar, os comerciantes europeus estabelecidos no Brasil, são quase todos grosseiros e sem educação”.

         Os brasileiros dissipam mais do que tem... já os europeus  “ajuntam tostão por tostão, privando-se de tudo para se tornarem ricos”.    ...”ao se tornarem ricos conservam a grosseria inata e a ela sobrepõem a mais insuportável arrogância, tratando com desdém os Brasileiros a quem devem a fortuna”.    (página 79 do livro na edição que li)

         Ele fala de Vila Rica  (depois, Ouro Preto MG).  Fala de quão dura é a despedida de pessoas que você tem por elas amizade e você sabe que não as verá mais.

         Ele falando da forma de construir porteiras de fazendas já naquela época, com o mourão meio torto de forma que fica meio pesada ao abrir e ao soltar, ela volta a fechar por conta do peso e do mourão um pouco torto.   Isto eu conhecia no meu tempo de morar na zona rural.

         Cita na região de MG, muro de pedras da altura de uma pessoa, separando a casa do patrão das senzalas dos escravos.  (escravizados)

         A ponte sobre o Rio Grande na região tinha um pedágio cobrado pelo governo central que foi quem fez a obra.

         Nas andanças de coleta de materiais botânicos pela região, de vez em quanto algumas pessoas ficavam admiradas com aquilo.  Vinham perguntar sobre a coleção de plantas e os objetivos.  O autor faz uma bela reflexão sobre aquele que se interessa pela ciência.       

         “Pode-se esperar que aqueles que se envergonham de sua ignorância, dela logo procurem sair”.

         Cita o Rio Juruoca, afluente do Rio Grande.   Serra das Carrancas.  Muito pasto e pouco gado na região.   Produção de queijos que são enviados em lombo de burros até o Rio de Janeiro.   Em Vila de Carrancas, a igreja feita de pedra.

         Era rotina haver caravanas levando sal para MG e de MG, levando toucinho (gordura de porco) e queijos.

         Para transportarem queijos de São João Del Rey até o RJ, usavam balaios feitos de bambu trançados.  Também chamados jacás.  Dois balaios em cada burro de carga.  50 queijos em cada balaio.   Quando é toucinho de porco, são 3 arrobas (15 kg cada arroba) cada balaio para animais mais jovens e quatro arrobas por balaio em burros já treinados.

         Pouso na fazenda de uma viúva.  Ela foi criadora de carneiros, mas a estrada virou rota de tropeiros e os cães destes acabavam devorando os carneiros nos pastos e foi dizimado o rebanho com o tempo.

         Página 95 – foto de tela com o tema Pousada de Tropeiros já em Jundiai de Goiás.   Obra de Hercules Florence, ano de 1826.

         Capítulo IV -  A fazenda dos Pilões

         Num local de pouso a dona da fazenda foi muito gentil com a equipe mas o autor percebeu que ela tratava os escravos dela aos gritos.   Ele diz que era uma atitude usual na época, apesar de absurda.   Diz que os brancos na época não consideravam os escravizados negros como seus semelhantes.

         Caminho novo do Parayba.   (região do Rio Paraiba do Sul)

         Num local de pouso onde foram bem recebidos, o casal tinha filhos na faixa dos vinte anos.  O autor notou que ao despedirem para dormir, beijaram a mão do pai e pediram a benção.   Era pouco usado o costume na época e o autor achou curioso.

         A praxe dos pecuaristas da época era venderem no máximo 10% do rebanho para não desfalcar o capital.   E manter sempre as vacas de cria para novas expansões do rebanho.

        

         Continua no        capítulo 5

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