capítulo 4 de 10 maio de 2025
O autor fala que na região de Barbacena-MG o Rio Grande tem apenas 22 passos de largo e
é curioso saber que no sul este rio e outros afluentes desaguam no enorme Mar
Del Plata entre Argentina e Uruguai.
São João Del Rei, uma comarca populosa, já em 1822. Pouco comum na sua época. Decorrência da descoberta do ouro.
Cita a vegetação de Cerrado na região de Barroso-MG.
No trecho, a equipe do pesquisador pegou muitos bichos de pé
e isto causava transtorno já que a caminhada na ocasião era à pé ou em lombo de
burro.
Comenta passagem pela região do Rio das Mortes. Na região, ele foi descontar uma carta de
crédito com um comerciante e este pediu o desconto de 6% por conta do que seria
uma taxa que na sede do governo no RJ iriam cobrar do comerciante. Não era usual cobrarem essa taxa dos
viajantes. Depois o autor descobriu que
o comerciante mesquinho era europeu.
“Como eu já tive, muitas vezes, a ocasião de observar, os
comerciantes europeus estabelecidos no Brasil, são quase todos grosseiros e sem
educação”.
Os brasileiros dissipam mais do que tem... já os
europeus “ajuntam tostão por tostão,
privando-se de tudo para se tornarem ricos”.
...”ao se tornarem ricos conservam a grosseria inata e a ela sobrepõem a
mais insuportável arrogância, tratando com desdém os Brasileiros a quem devem a
fortuna”. (página 79 do livro na
edição que li)
Ele fala de Vila Rica
(depois, Ouro Preto MG). Fala de
quão dura é a despedida de pessoas que você tem por elas amizade e você sabe
que não as verá mais.
Ele falando da forma de construir porteiras de fazendas já
naquela época, com o mourão meio torto de forma que fica meio pesada ao abrir e
ao soltar, ela volta a fechar por conta do peso e do mourão um pouco torto. Isto eu conhecia no meu tempo de morar na
zona rural.
Cita na região de MG, muro de pedras da altura de uma
pessoa, separando a casa do patrão das senzalas dos escravos. (escravizados)
A ponte sobre o Rio Grande na região tinha um pedágio
cobrado pelo governo central que foi quem fez a obra.
Nas andanças de coleta de materiais botânicos pela região,
de vez em quanto algumas pessoas ficavam admiradas com aquilo. Vinham perguntar sobre a coleção de plantas e
os objetivos. O autor faz uma bela
reflexão sobre aquele que se interessa pela ciência.
“Pode-se esperar que aqueles que se envergonham de sua
ignorância, dela logo procurem sair”.
Cita o Rio Juruoca, afluente do Rio Grande. Serra das Carrancas. Muito pasto e pouco gado na região. Produção de queijos que são enviados em lombo
de burros até o Rio de Janeiro. Em Vila
de Carrancas, a igreja feita de pedra.
Era rotina haver caravanas levando sal para MG e de MG,
levando toucinho (gordura de porco) e queijos.
Para transportarem queijos de São João Del Rey até o RJ,
usavam balaios feitos de bambu trançados.
Também chamados jacás. Dois
balaios em cada burro de carga. 50 queijos
em cada balaio. Quando é toucinho de
porco, são 3 arrobas (15 kg cada arroba) cada balaio para animais mais jovens e
quatro arrobas por balaio em burros já treinados.
Pouso na fazenda de uma viúva. Ela foi criadora de carneiros, mas a estrada
virou rota de tropeiros e os cães destes acabavam devorando os carneiros nos
pastos e foi dizimado o rebanho com o tempo.
Página 95 – foto de tela com o tema Pousada de Tropeiros já
em Jundiai de Goiás. Obra de Hercules Florence,
ano de 1826.
Capítulo IV - A
fazenda dos Pilões
Num local de pouso a dona da fazenda foi muito gentil com a
equipe mas o autor percebeu que ela tratava os escravos dela aos gritos. Ele diz que era uma atitude usual na época,
apesar de absurda. Diz que os brancos
na época não consideravam os escravizados negros como seus semelhantes.
Caminho novo do Parayba.
(região do Rio Paraiba do Sul)
Num local de pouso onde foram bem recebidos, o casal tinha
filhos na faixa dos vinte anos. O autor
notou que ao despedirem para dormir, beijaram a mão do pai e pediram a benção. Era pouco usado o costume na época e o autor
achou curioso.
A praxe dos pecuaristas da época era venderem no máximo 10%
do rebanho para não desfalcar o capital.
E manter sempre as vacas de cria para novas expansões do rebanho.
Continua no
capítulo 5
Nenhum comentário:
Postar um comentário