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terça-feira, 20 de maio de 2025

Cap. 5/10 - fichamento do livro SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SÃO PAULO - autor: Botânico francês SAINT HILAIRE (ano 1822)

 capítulo 5                        maio de 2024

 

         Os que criam carneiros, tosquiam os animais duas vezes por ano.   Para gado bovino, colocam em pasto de 12 km x 12 km ao redor de 600 a 700 bovinos.

         O pesquisador, já experiente de outras expedições pelo interior, carrega feijão como reforço alimentar.    Se alguém dá pouso e comida para eles, se o café da manhã for fraco, ele pede para os da casa cozinharem feijão e ele leva o feijão cozido para reforçar a dieta da equipe.

         Encontra na região do eixo RJ SP pequenas cidades perto dos rios e a igreja sempre em lugar mais alto, livre de enchentes.

         Na época, nas fazendas de gado havia menos escravos porque a pecuária exige pouca mão de obra comparando com lavouras.

         Na época (1822) a média de empregados em fazendas de gado era de um escravo para cada três homens livres.   Diferente das fazendas com lavouras, onde a proporção de escravizados era bem maior.

         Uns plantam café entre os morros mas não é raro as geadas afetarem os cafezais no inverno.

         Plantam mandioca para fazer farinha, mas preferem comer farinha de milho que é mais nutritiva e saborosa.

         O milho também alimenta porcos, burros, cavalos, galinhas.

         Os colonizadores chegaram a plantar trigo na região até que a doença fúngica da ferrugem do trigo dizimou as lavouras.    

         Encontrou na região do vale do rio Paraiba entre outras culturas, frutas como pêssego, maçãs e uva.   Além da goiaba e banana.

         O autor chama a araucária (pinheiro do Paraná) pelo nome então popular de Pinheiro do Brasil.      ...”com sua forma majestosa e pitoresca”.

         O pesquisador cita cena recorrente de curiosos nos lugares onde se hospeda e faz suas análises de plantas coletadas.

         “Enquanto trabalho, as mulheres, segundo o hábito de MG, intrometem a nariz pela porta adentro para verem o que faço.   Se me volto bruscamente, percebo ainda um pedaço de rosto que se adiantara e retira-se apressadamente”.

         ...”chuvas... estava o tempo muito enfarruscado.... “   (a expressão enfarruscado era comum na região de Cerquilho-SP, onde nasci)

         Cita a altura aproximada de uma cachoeira.  50 covados, que equivaleria segundo ele a 33 m aproximadamente.

         Rio Juruoca.      Cita a planta verbena.  Também a planta congonha.

         Ele anda pela serra do Papagaio que é um pedacinho da Serra da Mantiqueira.   Vai coletando (e citando) as ervas do interesse dele.

         Cita a planta nativa que fornece frutos comestíveis:  o imbiri.

         Pousou num casebre bem pobre e sujo acima da média na região.

         Disse que apesar do casebre nessas condições, a dona os atendera bem.

         Ele disse que no interior da França também há casas pobres, mas a diferença é que o bom atendimento traz consigo a expectativa da remuneração.  Que seja quinze minutos de serviço prestado, já tem preço.  Qualquer item que servem aos viajantes também tem seu preço.   Essa busca de remuneração não se via tão evidente no interior do Brasil de então.

         Cidade de Baependy MG.   Lugar de montanhas e matas.  Por lá também tem araucárias.    Hotel na cidadezinha com vários quartos com porta para a rua.   O dono não cobra o pouso e cobra aluguel do pasto para os animais e as refeições dos viajantes.

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         Em Baependy os curiosos na porta vendo o pesquisador manipular seus materiais de vegetais, o herbário.   Ninguém entendia o trabalho do pesquisador.  Uns achavam que ele estava coletando imagens para futuras estampas de roupas de chita, tecido comum para o povo mais simples.

         Rotina do povo local é a criação de animais.  Alguns agricultores plantam fumo que é bastante valorizado de tal forma que propriedade que tem a cultura tem seu preço avaliado pelo tanto de pés de fumo que há nela plantado.   Cita que em 1 alqueire (24.200 m2) cabem 20.000 pés de fumo.

        

         Continua no        capítulo 6

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