capítulo 5 maio de 2024
Os que criam carneiros, tosquiam os animais duas vezes por
ano. Para gado bovino, colocam em pasto
de 12 km x 12 km ao redor de 600 a 700 bovinos.
O pesquisador, já experiente de outras expedições pelo
interior, carrega feijão como reforço alimentar. Se alguém dá pouso e comida para eles, se o
café da manhã for fraco, ele pede para os da casa cozinharem feijão e ele leva
o feijão cozido para reforçar a dieta da equipe.
Encontra na região do eixo RJ SP pequenas cidades perto dos
rios e a igreja sempre em lugar mais alto, livre de enchentes.
Na época, nas fazendas de gado havia menos escravos porque a
pecuária exige pouca mão de obra comparando com lavouras.
Na época (1822) a média de empregados em fazendas de gado
era de um escravo para cada três homens livres. Diferente das fazendas com lavouras, onde a
proporção de escravizados era bem maior.
Uns plantam café entre os morros mas não é raro as geadas
afetarem os cafezais no inverno.
Plantam mandioca para fazer farinha, mas preferem comer
farinha de milho que é mais nutritiva e saborosa.
O milho também alimenta porcos, burros, cavalos, galinhas.
Os colonizadores chegaram a plantar trigo na região até que
a doença fúngica da ferrugem do trigo dizimou as lavouras.
Encontrou na região do vale do rio Paraiba entre outras
culturas, frutas como pêssego, maçãs e uva.
Além da goiaba e banana.
O autor chama a araucária (pinheiro do Paraná) pelo nome
então popular de Pinheiro do Brasil.
...”com sua forma majestosa e pitoresca”.
O pesquisador cita cena recorrente de curiosos nos lugares
onde se hospeda e faz suas análises de plantas coletadas.
“Enquanto trabalho, as mulheres, segundo o hábito de MG,
intrometem a nariz pela porta adentro para verem o que faço. Se me volto bruscamente, percebo ainda um
pedaço de rosto que se adiantara e retira-se apressadamente”.
...”chuvas... estava o tempo muito enfarruscado.... “ (a expressão enfarruscado era comum na
região de Cerquilho-SP, onde nasci)
Cita a altura aproximada de uma cachoeira. 50 covados, que equivaleria segundo ele a 33
m aproximadamente.
Rio Juruoca. Cita
a planta verbena. Também a planta
congonha.
Ele anda pela serra do Papagaio que é um pedacinho da Serra
da Mantiqueira. Vai coletando (e
citando) as ervas do interesse dele.
Cita a planta nativa que fornece frutos comestíveis: o imbiri.
Pousou num casebre bem pobre e sujo acima da média na
região.
Disse que apesar do casebre nessas condições, a dona os
atendera bem.
Ele disse que no interior da França também há casas pobres,
mas a diferença é que o bom atendimento traz consigo a expectativa da
remuneração. Que seja quinze minutos de
serviço prestado, já tem preço. Qualquer
item que servem aos viajantes também tem seu preço. Essa busca de remuneração não se via tão
evidente no interior do Brasil de então.
Cidade de Baependy MG.
Lugar de montanhas e matas. Por
lá também tem araucárias. Hotel na cidadezinha
com vários quartos com porta para a rua.
O dono não cobra o pouso e cobra aluguel do pasto para os animais e as
refeições dos viajantes.
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Em Baependy os curiosos na porta vendo o pesquisador
manipular seus materiais de vegetais, o herbário. Ninguém entendia o trabalho do pesquisador. Uns achavam que ele estava coletando imagens
para futuras estampas de roupas de chita, tecido comum para o povo mais
simples.
Rotina do povo local é a criação de animais. Alguns agricultores plantam fumo que é
bastante valorizado de tal forma que propriedade que tem a cultura tem seu
preço avaliado pelo tanto de pés de fumo que há nela plantado. Cita que em 1 alqueire (24.200 m2) cabem
20.000 pés de fumo.
Continua no capítulo 6
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