capítulo 6 maio de 2025
No cultivo do fumo, semeavam na região em setembro/outubro e
transplantavam as plantinhas novas no local definitivo em dezembro. No
canteiro fica mais fácil de cuidar e até molhar as plantinhas novas. Depois que elas estavam mais crescidas, eram transplantadas
para a lavoura em si.
Após colher as folhas do fumo, arrancavam as plantas e
plantavam milho por um ou dois anos e
depois deixavam a terra descansar.
Na época Pouso Alto MG era sede de comarca em 1822. (hoje em dia não sei se mantem o mesmo nome).
No local chamado Passa Quatro, o rio Paraíba faz quatro
curvas seguidas e daí vem o nome da comunidade local.
Alguns ricos de MG iam ao RJ comprar escravos baratos e
levavam para MG e vendiam para receber de forma parcelada ganhando juros e
ficavam mais ricos. Costumavam
receber dos produtores mineiros fumo como pagamento em certos casos, produto
este que tinha franco mercado no RJ e até para exportação.
No meio do caminho havia uma cruz de madeira indicando a
divisa do RJ com SP. Rumo a SP,
chegaram no vale do Paraíba a terras mais baixas e encontraram inclusive
lavouras de cana e de café. Nesta
fase da caminhada, estão em Lorena-SP. Seguiram
por longo trecho com estrada acompanhando de perto o rio Paraíba.
Para atravessarem o rio na região, usaram três canoas
emparelhadas, amarradas entre si e colocaram até oito burros numa só travessia.
Cita que havia também bananais e plantações de laranja em
pequena escala na região. A goiaba era
cultura bem recorrente por lá também.
Nas vilas, sempre havia as oficinas de pessoas que colocavam
ferraduras nos animais de carga, o que era algo essencial na época.
Destaca a importância da estrada que havia entre o RJ e
Baependy-MG. Uma das cargas comuns para
o RJ era o fumo e do Rio para MG, o sal vindo do litoral.
Quem descia a Serra da Mantiqueira vindo de Minas Gerais,
num ponto a estrada se bifurcava, sendo à esquerda para o RJ e à direita, para
SP.
Guaratinguetá, região de terra arenosa. Culturas de cana, café e mandioca.
O autor compara. Em
MG mesmo os mais simples moravam em casas e não tinham o hábito de dormir em
redes como fazem os índios. Já no
interior de SP era comum o povo simples da roça dormirem em redes.
Ele destaca: “Já
tive muitas vezes a ocasião de notar que por toda parte onde existiram índios,
os europeus, destruindo-os, adotaram vários de seus costumes e lhes tomaram
muitas palavras da língua”.
Diz que os mineiros tem algo de superior porque “pouco se
misturaram com os índios”.
Cita da passagem por Guaratinguetá. Cidade de igreja grande. Maioria do comércio fechado durante a semana
e as moradias também. Os moradores ficam
nas roças e criações durante a semana e vem para a Vila nos fins de semana para
ir à igreja e para fazer as compras.
Fala da cidade de Aparecida, banhada pelo rio Paraíba. Em Aparecida... “não se vê uma casa que denuncie
bem estar”...
Gente aos domingos indo à missa. Inclui mulheres acompanhadas e sem companhia. Ao passar, não olham para os lados e nem
respondem ao cumprimento. Só olham “de
rabo de olho” ao passar.
Falou de Aparecida e da imagem que lá tem de Nossa Senhora. “A imagem que ali se adora, passa por
milagres e goza de grande reputação, não só na região, como nas partes mais longínquas
do Brasil”.
Região de estrada plana e perto do rio. Dava para se viajar numa berlinda. (algo como uma carruagem de quatro rodas).
Taubaté, Pindamonhangaba, também na rota rumo a SP.
Capítulo V - página
145
“A vila de Taubaté é a mais importante das quais atravessei
desde que entrei na capitania de SP.”
Cinco ruas cortadas por muitas travessas.
Casinhas com quintal e neste, plantação de bananas, de café
etc.
Igreja grande mas sem janelas laterais. Muito escura por isso.
Na vila de Taubaté já havia um convento dos Franciscanos em
1822.
Terra de cana e de café
na época.
Continua no
capítulo 7
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