Lapa ou Vila do Príncipe.
Página 61
Cita uma região de sertão entre a Lapa e Lajes. O autor explica que particulares tinham
concessão para cobrar com suas milícias os impostos das tropas que transitavam
pela região. Geralmente vindas do sul
para Sorocaba-SP onde eram revendidas.
Concessão para cobrar imposto e para ter armazém para suprir os
viajantes.
Cap V – A Parte do Território de Curitiba situada entre a
cidade e os Campos Gerais
Sítio de Itaque, pertencente ao Capitão da milicia chamado
Veríssimo.
O autor cita que constatou que no geral os imigrantes
portugueses eram menos laboriosos que os franceses e alemães. Por outro lado os portugueses eram mais
laboriosos que os brasileiros.
Cita Campo Largo no roteiro dele. Descreve as terras do Coronel da milícia
Inácio de Sá e Sotomaior.
As tentativas de fazer vinho em terras de lugar muito
chuvoso e frio. A falta de calor dava
baixo teor de açúcar na uva e também retardava a fermentação para obter o
vinho.
O hospedeiro dele recebeu visitas em casa, compostas de
homem, esposa e filhos. Ele disse que
esse tipo de visita não ocorria no interior de Minhas Gerais. Geralmente só o homem visitava outras
famílias vizinhas.
As crendices absurdas do povo local: “almas-de-outro-mundo,
duendes, lobisomens...”. Todos
acreditavam.
Capítulo VI - A
cidade de Curitiba e seu distrito
Curitiba em guarani – curii – pinheiro e tiba – reunião. Diz que a cidade começou no passado a ser
povoada mais perto da Serra do Mar com o nome de Vila Velha. Depois, segundo uma lenda, a Nossa Senhora
da Luz da capela local olhava sempre para outro lugar e assim o povo mudou o
povoado para onde hoje em dia fica a cidade de Curitiba. (página 70)
São Paulo quando dividiu em duas comarcas, teve a do Norte,
cujo ouvidor ficava em São Paulo e a comarca do Sul, cujo ouvidor ficava em
Paranaguá. (caminhos por terra eram
raros e o Rei no Rio de Janeiro teria mais facilidade de administrar a região
por via marítima, daí Paranaguá).
Curitiba como sede de comarca: “Dois juízes ordinários faziam os julgamentos
de primeira instância e presidiam, de acordo com o costume, a câmara municipal. (nesse tempo não havia prefeitura).
Europeus chegaram a Paranaguá e não encontravam um clima salubre
e propício para saúde e para seus cultivos usuais na Europa. Mesmo tendo o difícil caminho da Serra do
Mar, acabavam optando por morar em Curitiba onde o clima de altitude é mais
ameno e o terreno é mais plano e propício para as culturas como peras, pêssegos,
maçãs, uvas etc.
“A cidade tem uma forma quase circular e se compõe de 220
casas no ano de 1820. Casas pequenas e
cobertas com telhas, quase todas de um só pavimento, porém um grande número
delas, feitas de pedra”. (página 71)
Nos quintais, frutas como macieiras, pessegueiros e outras
árvores europeias.
A igreja paroquial é dedicada a Nossa Senhora da Luz. Cidade geralmente com moradias de
agricultores. A cidade fica deserta
durante a semana e os moradores vem nos domingos e dias santos para assistirem
a missa.
Poucos ricos na cidade e redondeza. Geralmente na sala, apenas uma mesa e alguns
bancos.
Curitiba enviava para a cidade de Paranaguá produtos como
toucinho, milho, feijão, trigo, fumo, carne seca e mate.
Em 1820 os povoados longe do litoral do Brasil, pela
precariedade das estradas, raramente chegavam aos portos marítimos. Curitiba, apesar da dificuldade de
caminhar pela Serra do Mar, conseguia negociar com o litoral e neste, com
Paranaguá.
Da Lapa em diante, rumo ao sul, 60 léguas (6 km cada) pelo
sertão de Viamão. Trecho precário e
infestado de índios selvagens.
Outro caminho de Curitiba rumo ao sul passava por São José
dos Pinhais que já era paróquia em 1820.
Rota rumo a São Francisco do Sul no litoral de Santa Catarina.
Apesar de menor, a povoação de São José dos Pinhais era mais
antiga que Curitiba.
Continua no capítulo 6