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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Cap.3/12 - fichamento do livro - VIAGEM A CURITIBA E PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA - autor: Botânico AUGUSTE DE SAINT-HILAIRE - (anos 1816-1822)

 capítulo 3                            agosto de 2025

 

         Pag. 31 das 210 -   Em Jaguariaiba (grafia da época) o autor diz que ficou na fazenda muito recomendada, pertencente ao Coronel Luciano Carneiro.   A casa que abrigou o pesquisador na fazenda era a menos precária de toda a rota dele desde Sorocaba-SP.   Por outro lado, era muito mais precária do que a maioria das casas do interior de Minas Gerais.

         Índios Coroados na região.  Numa ano de seca, matavam algumas vacas da fazenda de forma furtiva e eram caçados por soldados mandados pelo coronel fazendeiro.

         Os índios na região faziam casas coletivas.  Plantavam feijão e milho.

         Cita que nos campos gerais do PR a ocorrência do pequi de haste anã.  Eu, leitor, desconhecia o pequi por aqui.   Sabemos que o pequi de porte maior é bem utilizado no Centro Oeste brasileiro.

         ...  “em pleno sertão, de  repente me deparei com pastos cercados por valas”.     (eu, leitor, vi isso no atual Assentamento do Contestado no município da Lapa PR).     Pela citação do autor, era comum naquela época.

         O autor citando a casa onde ficou hospedado.   Era uma fazenda muito bem cuidada e a sede era de bom padrão.     Casa com amplo jardim, pomar e parreiras de uvas.  Nos pastos, capim-da-colônia, atual “colonião”.

         Isso na Fazenda Caxambu.   O dono tinha estábulo para os cavalos passarem a noite.   Os outros fazendeiros deixavam os cavalos nos pastos e cada vez que iriam usá-los tinha que usar laço para o acesso aos mesmos.

         Cana do Taiti, aqui chamada de cana caiana.  (Saccharum taitiense)

         Na Caxambu, pomar bem cuidado, laranjas até para fazer vinho.  Horta com couve, o que era raro na região, ter horta.

         Cada fazenda onde se hospedava o dono recomendava ele para a próxima acolhida.  Um guia do grupo dele ia na frente para ajustar o alojamento.

         Agora, na fazenda do Xavier da Silva.  Ele era português e cuidava bem da fazenda e dos seus escravos.  Um deles administrava a fazenda.  Os fazendeiros vizinhos não plantavam pomar mas quando recebiam visitas, iam buscar frutas na fazenda do Xavier da Silva.

         Capítulo II  -  Continuação da viagem pelos Campos Gerais – a Fazenda Fortaleza -  Ainda os índios Coroados.

         Sentiu ao deixar a Fazenda Caxambu.   A melhor hospedagem do trecho desde Sorocaba, como já foi dito.

         Página 38 -  “O Rio Caxambu contem muitos diamantes”.

         ...   Agora na fazenda do Tenente Fogaça.    Bem recebido pelos escravos mesmo o patrão não estando presente.

         O autor faz uma observação sobre os escravizados ao longo da viagem:

         “Se muitas vezes os negros tem um ar melancólico, sofredor e estúpido, e se chegam mesmo a se mostrar desonestos e imprudentes, é porque são maltratados”.

         Nove horas de caminhada por trilhas num só dia.   Se não tivessem a companhia de um guia local, teriam errado o caminho várias vezes.  Os caminhos são apenas trilhos e sempre cortados por muitos trilhos de gado nas pastagens, confundindo os viajantes.

         Nos campos gerais...    “ a gramínea vulgarmente chamada de capim frecha é a que mais ocorre na região de Jaguariaiba.

         Fazenda Caxambu, de José Felix da Silva, que é Tenente Coronel da milícia.   Famoso em São Paulo pela riqueza e pela avareza.    O pesquisador foi bem recebido e bem tratado na fazenda nos quatro dias que lá ficou.

         Na região, há as paróquias de Castro e de Tibagi.

         O autor cita a “língua geral” falada na época.   Nela tyba seria ponto de comércio.   (na minha terra natal da rota do tropeirismo próxima de Sorocaba, a expressão tiba significava algo cheio, abastecido).   Em tempo, sou natural de Cerquilho-SP.

         Local de nome Guartela.   “Não encontrei por aqui nos campos gerais nem mosquitos, nem carrapatos que proliferam nas regiões quentes, mas as baratas, infelizmente, são comuns aqui...”      ...”e as pulgas em quantidade sem igual...”

         Região de Guartela tinha a chamada Igreja Velha.   Os Jesuitas tinham estado por lá e se foram ao serem expulsos do Brasil.

         Cita o caminho difícil pela Serra das Furnas.  (há furnas ao lado de Vila Velha onde há os monumentos naturais de arenito perto de Ponta Grossa PR)

         Chegou em Castro e o povo local estava em polvorosa por conta do recrutamento compulsório para a construção da estrada até Guarapuava. 

 

         Continua no capítulo 4/12