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sábado, 3 de maio de 2025

Cap. 2 - fichamento do livro - SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SP - (ANO 1822) - Autor: Botânico francês - SAINT HILAIRE

  SEGUNDA VIAGEM DO RJ A MG E A SP

Original de 1822 - Autor : Botânico francês SAINT HILAIRE
O poder público incentivou abrir pequenas vilas, mas sem estrutura.
“Seria mais proveitoso encorajar-se os casamentos, auxiliar estrangeiros e repartir as terras com maior equidade”. (página 37)
A moeda era em reis e tinha moeda de certo valor que chamavam de pataca.
Ainda sobre o uso da terra: (página 38) “Nada se equipara à injustiça e a inépcia graças às quais foi até agora feita a distribuição de terras”. (isto em 1822)
...”os pobres que não podem ter títulos, estabelecem-se nos terrenos que sabem não ter dono. Plantam, constroem pequenas casas, criam galinhas e quando menos esperam, aparece-lhes um homem rico, com o título que recebeu de véspera, expulsa-os e aproveita o fruto do seu trabalho.” O pobre só consegue sob pedido ao dono, um pedacinho de terra para plantar lavouras de ciclo curto como feijão, arroz ou milho. Não pode plantar café, por exemplo, que é cultura perene.
Postos de registro, examinam as malas dos viajantes para ver se levam cartas de terceiros. É ilegal porque concorre com o monopólio do Correio.
Já no território de MG rumo a Barbacena. Ele cita nas regiões do interior do RJ e MG o sistema de cobrir casas com troncos (estipes) de coqueiros cortados na longitudinal ao meio e tirado a parte do miolo que é mole. Ficam como telhas curvas e encaixam uma com vão para cima e outra com vão para baixo sucessivamente. Dessa forma é comum cobrirem casas também em Valença- RJ.
Fala dos solos. Antes em lugares de solo argiloso e agora lugar de terra branca e arenosa. “Varia a vegetação ao mesmo tempo que o solo”.
Tempo de inverno e bate a melancolia. Vontade de rever a mãe idosa lá na França.
Peões atravessando rebanhos de gado a nado no rio. Sem gritaria nem desordem. Ele disse que na França é bem diferente. Os peões da lida gritam, fazem muito barulho ao lidar com gado.
Ao chegarem no alojamento, cada pessoa cumprimenta os demais e logo se trava conversa nesta região de MG. Todos vem ver o trabalho do pesquisador botânico e querem dar uma olhada na lente que ele usa.
“São estes homens as vezes inoportunos, mas sempre polidos”.
O pesquisador há três anos já tinha andado pela mesma região e estava no mesmo percurso agora. (Página 47)
Tem trechos do caminho pela montanha que são muito estreitos, menos de dois pés de largura. Num lado, o barranco ou paredão de pedra e do outro, o precipício.
O botânico caminha quase sempre à pé com uma bolsa no ombro. “Não existe casa nenhuma na montanha e o caminho é estreito e perigoso.”
Difícil desviar das boiadas. Por não haver concorrência, as fazendas vendem alimentos aos viajantes por preço elevado, até por não haver alternativa a estes.
Ele constatou que os brasileiros eram muito adeptos de amuletos e “simpatias” para tentar curar doenças. Muitos benzimentos também.
Na ortografia de 1938 (edição em português), a palavra ontem era grafada hontem.
O autor pergunta numa fazenda o que o fazendeiro acha do governo. O fazendeiro reclama e o autor comenta o caso. “A maioria dos homens tem a necessidade de se apegar aos que os governam”.
Lugar com vestígios de garimpo nos rios. Montes de pedregulhos etc.
“Na mata virgem quase nunca se tem perspectivas mas a vegetação é tão majestosa e variada e seus efeitos tão pitorescos que nelas nunca me aborreci”.
Fala de andar por matas fechadas que tem sua beleza, mas não se avista longe. Já quando se abre um campo, vegetação baixa, a vista alcança longe e se vê muitas plantas floridas que são uma beleza.
continua no capítulo 3

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Cap. 1 - fichamento do livro SEGUNDA VIAGEM AO RIO, MINAS GERAIS E SÃO PAULO - Autor: SAINT HILARIE - Ano de 1822

 leitura em abril a maio de 2025

Autor: Pesquisador Botânico Saint Hilaire - 1822
Leitura em abril/maio de 2025 (Editora Biblioteca pedagógica Brasileira - 1938) 2a. edição
O livro foi editado primeiro na França e depois Affonso de E. Taunay traduziu para o português. Estou lendo uma tradução rara de 1938
Neste livro consta uma relação de livros editados com viagens do mesmo autor francês. Há edição que cita viagem a SC, ES, RS, GO, Bacia do Rio São Francisco.
Na viagem ao Rio Grande do Sul ele foi por terra e voltou em navio até o RJ que era a capital federal.
Na viagem do RJ a SP ele caminha com dois criados, dois índios montados em burros e um tropeiro para cuidar dos animais.
Caminhavam entre duas e quatro léguas por dia, cada légua em torno de 6 km.
O objetivo dele era coleta de materiais principalmente da nossa flora para estudos e também coletou material de animais.
Diário de viagem onde ele vai destacando detalhes das pessoas e das paisagens com olhar de cientista. Narrando viagem do RJ a Vila Rica (MG) e de Vila Rica a São Paulo.
O botânico trouxe para o RJ uma coleção de amostras de plantas coletadas por ele e equipe no interior. (herbário por ele coletado e catalogado)
Conta com grande desgosto que perdeu muito material coletado em jornadas longas. Perda por deterioração por temperatura e umidade elevadas, também por ataque de traças.
Coletou e preparou para conservação amostras de muitas plantas, animais incluindo entre estes, muitos pássaros e insetos. Cita uso de éter para conservação de alguns animais.
Página 18 - Ele desabafa sobre a extrema lerdeza dos operários do RJ que compunham sua equipe.
Página 20 - Sobre o clima tropical que tem mais exposição ao sol quase o ano todo e as florestas são mais exuberantes. Na Europa o clima tem temporada mais fria e é comum as florestas perderem folhas. Ele cita:
“Aqui a vegetação nunca repousa e em todos os meses do ano bosques e campos estão armados de flores”.
Destaca o grande movimento nas principais estradas de acesso à cidade do Rio de Janeiro.
...”varas de porcos, rebanhos de gado, sendo tangidos pelas estradas para serem abatidos no mercado da capital RJ seguem levantando poeira nas estradas.”
(inclusive porcos são tocados por terra, caminhando até de MG para o RJ)
Cita um lugarejo com nome de Inhuma, que é uma ave de porte grande e que na época da passagem dele pela região já eram raras. Ele ouviu do povo local que o esporão acima do bico da ave teria algum efeito na medicina popular, o que acarretou uma caça desenfreada da espécie.
No caminho o pesquisador consegue um lugar para pousar numa construção rústica com teto e sem três paredes laterais, anexa à moradia do que deu hospedagem. Eram comum isso e chamavam de “telheiro”. Ao menos tinha teto para se proteger de chuvas.
Página 26 - “A posse de um engenho de açúcar confere, entre os lavradores do RJ, como que uma espécie de nobreza”. Ser recebido por um desses donos de engenho “é algo de ambição geral”.
Ele faz breve citação sobre o modo de cultivar cana de açúcar na região. “Dá aqui três cortes, depois das quais é necessário deixar a terra descansar quatro anos seguidos...”
Alguns que tem áreas pequenas, estercam o canavial para a cana produzir por mais de três anos seguidos.
Ele e seu grupo na margem do Rio Paraiba. Constata que as tropas atravessam a nado o rio.
Falou do tipo magro dos tropeiros vindos de MG. Magros e de pés no chão.
Ele cita os almocreves (profissão que ouvi falar por um jornalista num livro chamado Lampião e Maria Bonita de Wagner Gutierrez Barreira). Estes tinham tropa e se especializavam em levar o dinheiro e encomendas dos comerciantes até a cidade onde se abasteciam e voltavam com as compras para os comerciantes colocarem no comércio local. Era risco por conter valores.
... “já no RS os homens só apreciam os exercícios físicos. Não buscam muito o conhecimento do viajante”.
Num trecho o autor fala do povoado de Valença no RJ. Cita o povo local construindo a igreja com uso de pedras. Diz que achou o lugar triste.
Segue no capítulo 2 de aproximadamente 6.
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