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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Cap. 9/12 - fichamento do livro - VIAGEM A CURITIBA E PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA - autor Botânico francês SAINT-HIRAIRE (1816 a 1822)

 capítulo 9/12

 

Relembrando que na ocasião que os portugueses colonizaram SC os índios locais já tinham migrado para o interior em decorrência da vinda dos colonos.    Assim não houve ali quase nada de miscigenação dos europeus com os indígenas.

Os do RS, pela vizinhança com os hispano-americanos, tomaram destes muitas palavras do vocabulário.

Em  certo trecho do livro o autor cita a tal língua geral que foi bastante usada no Brasil dos primeiros séculos da colonização e esta era uma mistura de língua indígena com o português.

         Capítulo XI  A Cidade, a Ilha e o Distrito de São Francisco

Jaguara significa cachorro na língua indígena guarani.   Essa é uma das expressões bem usadas no RS atual inclusive.

No passado anterior a 1820 a ilha de São Francisco era povoada pelos indígenas Carijós.

Página 146 -  Cita Nossa Senhora da Graça e sua devoção vindo de 1656.  Eu como leitor visitei um santuário na França que se referia a Nossa Senhora das Graças cuja origem se não me engano seria do início do século 20.   Pode não ser a mesma aparição.

Cita o fortim em São Francisco do Sul.    E no povoado, oitenta casas em 1820.   Destaca a igreja daquele povoado e diz que desde que passou por Itu-SP, não tinha visto uma igreja tão bonita como aquela.

A cidade de São Francisco tinha um chafariz de água boa e muita gente usava essa fonte de água para beber.

...”Vê-se em S. Francisco um elevado número de tavernas e várias lojas sortidas”.

A cidade contém grande quantidade de mosquitos.  Região de águas, pântanos e matas, propício para criação de mosquitos.

Dois morros na cidade.   O Pão de Açucar e o Morro da Laranjeira.

Cubatão – nome dado às grotas entre os morros.

O cipó-imbé, que na verdade é a longa raiz de certa planta epífita (que se fixa na copa das árvores).   Usavam a fibra dessa planta, muito resistente, para muitos utensílios, incluindo cordas muito requisitadas em embarcações.

Distante duas léguas (12 km) do litoral, não há povoação e é tomada por montanhas com mata que não tem dono.

... muitos agricultores locais moram no sítio e alguns mais abastados tem também casa na cidade onde passam os domingos.

Todo povo local sabe manejar com destreza uma canoa e sabe a arte da pesca.  Nisso se incluem as mulheres.

A base alimentar é peixe cozido e farinha de mandioca.

Criam poucas vacas, porcos e aves.

O autor fala que os imigrantes europeus que virão, certamente trarão novos cultivos, novas formas de viver e que devem influenciar a população local inclusive na alimentação.    Plantam um pouco de cana principalmente para fazer aguardente.   Algodão para fazer tecido rústico de uso local.  Plantam um pouco de milho para galinhas e cavalos, além de alimentar os escravos.

As bananas são abundantes e de boa qualidade.

Usavam serrar um pouco de madeira para exportar mas não dominavam o uso da água como força motriz que poderia mecanizar as serras e dar mais rendimento ao trabalho.

O autor cita que o povo em sua maioria é bastante pobre e suas casas quase não tem mobílias.   Usam uma esteira cobrindo o chão onde preparam refeições acocorados e servem as refeições sobre a esteira.  

Capítulo XII  As Armações de pesca de Itapocoroia

Caça às baleias principalmente com interesse no óleo que era usado inclusive na iluminação pública.   No começo a caça era livre e depois passou a ser controlada pelo governo que vendia concessão a armadores.

Era em certo tempo uma atividade altamente rentável.    “Nessa época a pesca era de tal forma abundante que apenas uma das armações capturou 523 baleias.   As concessões começaram em 1765 mas a partir de 1800 a atividade já  era pouco atrativa pela redução drástica de baleias disponíveis.

“A caça da baleia na época começava nos meses de junho e durava até meados de agosto.”   Coincidia com a época das baleias migrarem das águas frias do sul do continente para regiões mais quentes para acasalamento.

A baleia cria um filhote a cada fase reprodutiva e a caça descontrolada reduziu em muito a população de baleias na região em pouco tempo.

 

Cap 10/12