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Relembrando
que na ocasião que os portugueses colonizaram SC os índios locais já tinham
migrado para o interior em decorrência da vinda dos colonos. Assim não houve ali quase nada de miscigenação
dos europeus com os indígenas.
Os
do RS, pela vizinhança com os hispano-americanos, tomaram destes muitas
palavras do vocabulário.
Em certo trecho do livro o autor cita a tal língua
geral que foi bastante usada no Brasil dos primeiros séculos da colonização e
esta era uma mistura de língua indígena com o português.
Capítulo XI A Cidade, a Ilha e o Distrito de São
Francisco
Jaguara
significa cachorro na língua indígena guarani.
Essa é uma das expressões bem usadas no RS atual inclusive.
No
passado anterior a 1820 a ilha de São Francisco era povoada pelos indígenas
Carijós.
Página
146 - Cita Nossa Senhora da Graça e sua
devoção vindo de 1656. Eu como leitor visitei
um santuário na França que se referia a Nossa Senhora das Graças cuja origem se
não me engano seria do início do século 20.
Pode não ser a mesma aparição.
Cita
o fortim em São Francisco do Sul. E no
povoado, oitenta casas em 1820. Destaca
a igreja daquele povoado e diz que desde que passou por Itu-SP, não tinha visto
uma igreja tão bonita como aquela.
A
cidade de São Francisco tinha um chafariz de água boa e muita gente usava essa
fonte de água para beber.
...”Vê-se
em S. Francisco um elevado número de tavernas e várias lojas sortidas”.
A
cidade contém grande quantidade de mosquitos.
Região de águas, pântanos e matas, propício para criação de mosquitos.
Dois
morros na cidade. O Pão de Açucar e o
Morro da Laranjeira.
Cubatão
– nome dado às grotas entre os morros.
O
cipó-imbé, que na verdade é a longa raiz de certa planta epífita (que se fixa
na copa das árvores). Usavam a fibra
dessa planta, muito resistente, para muitos utensílios, incluindo cordas muito
requisitadas em embarcações.
Distante
duas léguas (12 km) do litoral, não há povoação e é tomada por montanhas com
mata que não tem dono.
...
muitos agricultores locais moram no sítio e alguns mais abastados tem também
casa na cidade onde passam os domingos.
Todo
povo local sabe manejar com destreza uma canoa e sabe a arte da pesca. Nisso se incluem as mulheres.
A
base alimentar é peixe cozido e farinha de mandioca.
Criam
poucas vacas, porcos e aves.
O
autor fala que os imigrantes europeus que virão, certamente trarão novos
cultivos, novas formas de viver e que devem influenciar a população local
inclusive na alimentação. Plantam um pouco
de cana principalmente para fazer aguardente.
Algodão para fazer tecido rústico de uso local. Plantam um pouco de milho para galinhas e
cavalos, além de alimentar os escravos.
As
bananas são abundantes e de boa qualidade.
Usavam
serrar um pouco de madeira para exportar mas não dominavam o uso da água como
força motriz que poderia mecanizar as serras e dar mais rendimento ao trabalho.
O
autor cita que o povo em sua maioria é bastante pobre e suas casas quase não
tem mobílias. Usam uma esteira cobrindo
o chão onde preparam refeições acocorados e servem as refeições sobre a esteira.
Capítulo
XII As Armações de pesca de Itapocoroia
Caça
às baleias principalmente com interesse no óleo que era usado inclusive na
iluminação pública. No começo a caça
era livre e depois passou a ser controlada pelo governo que vendia concessão a
armadores.
Era
em certo tempo uma atividade altamente rentável. “Nessa época a pesca era de tal forma
abundante que apenas uma das armações capturou 523 baleias. As concessões começaram em 1765 mas a partir
de 1800 a atividade já era pouco
atrativa pela redução drástica de baleias disponíveis.
“A
caça da baleia na época começava nos meses de junho e durava até meados de agosto.” Coincidia com a época das baleias migrarem
das águas frias do sul do continente para regiões mais quentes para
acasalamento.
A
baleia cria um filhote a cada fase reprodutiva e a caça descontrolada reduziu
em muito a população de baleias na região em pouco tempo.
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