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quinta-feira, 25 de abril de 2024

fichamento do livro - cap. 8 - (RE) APROPRIANDO-SE DE SEUS CORPOS - TEMA DO ABORTO - Autora Advogada e Professora - EMMANUELLA DENORA

 Capítulo 8/12

“Com Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo, lançado em 1949, a construção misógina na história da representação da humanidade modificou-se a ponto de poder-se afirmar com seguridade o marco teórico que a autora representa para o feminismo...”
Segue Simone de Beauvoir... “A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativa a ele; ela não é considerada um ser autônomo... Ela não é senão o que o homem decide que seja...”
... igualdade ...”se igualar à condição do homem branco, heteronormativo é inevitavelmente inverter a ordem da opressão”....
2.1.2 – Propriedade Sexual e Autodeterminação do próprio corpo: Poder e maternidade compulsória
As mulheres... “Desde muito jovens seus processos de aprendizado são dedicados ao cuidar”.
“A mulher carrega por séculos a condição de herdeira de Eva, responsável pela expulsão do homem do paraíso e por sua queda.”
...”Logo, diz-se que maternidade no Brasil é compulsória não somente porque ela é romantizada como um estado de graça e esplendor, mas porque a partir do momento em que a mulher se vê grávida a ela não cabe mais decidir se aquele é ou não um bom momento para ela suportar uma nova vida em sua vida”.
...”O trabalho invisível exercido pela mulher tende a ser desconsiderado como fator econômico...”
...”Como menos nobre do que os trabalhos vinculados à ordem do masculino...”
...”não é igualitária a distribuição do trabalho doméstico ficando na prática, geralmente todo ou quase todo, para a mulher”.
Quando se fala no mundo do trabalho se fala em década de sessenta e coisa e tal, deixando de levar em conta o trabalho doméstico.
“As mulheres sempre trabalharam”.
2.2 – Direito como expressão do patriarcado
O Direito no geral coloca no homem uma condição de superioridade. A lei Maria da Penha, que é de 2006, traz algum avanço para o direito da mulher. “A lei Maria da Penha, de natureza híbrida... foi fruto de condenação internacional do Brasil pela ausência de cuidado e desrespeito à Convenção de Belém do Pará, da qual o Brasil é signatário, e que estipulou tutelas procedimentais para direitos protetivos de emergência... (contra violência doméstica...)
... “As leis sobre a igualdade de tratamento não produzem, por si só, resultados iguais e justos, nem no plano individual, nem no plano coletivo”.
...”na parte legal, no Brasil, o reconhecimento da união estável trouxe algum avanço nas relações familiares.
...”também a lei trabalhista passou a vedar a discriminação da mulher no mundo do trabalho”. Cabe a luta para que isto não fique só no papel.
...protagonismo estatal... ser um coordenador de fluxo de interesse e articulador de uma ideia pluralista... sendo capaz de fomentar a inclusão e a transformação da realidade social”.
Continua no capítulo 9/12

segunda-feira, 22 de abril de 2024

fichamento do livro - cap. 7 - (RE) APROPRIANDO-SE DE SEUS CORPOS - TEMA DO ABORTO - Autora Advogada e Professora - EMMANUELLA DENORA

capítulo: 7

        

         ...”o comprometimento democrático é pela inclusão de todos, o que inclui diversidade religiosa e a própria ausência da fé”.

         Manter o aborto como crime  “é medida excludente e por demais drástica, fatalmente ocasionando novos problemas sociais... criando mercado negro do aborto com drogas, mutilações etc.    ...”mortes de mulheres, tornando-se uma questão de saúde pública”.

         “O intuito é evidenciar que, no que tange a questões individuais, não compete ao Estado impor orientação oficial ou única a partir de premissas privadas e moral particular de grupos dominantes, sobretudo se tutelada pelo direito penal, o braço mais violento, arbitrário e restritivo do Estado, porque não inclusivo, portanto, não democrático”.

          ...”ao invés, no caso do aborto, de tratar como crime, ter políticas sociais de proteção das pessoas”.

         Capítulo 2 – Questões de gênero e sexo:  Construção da Mulher como sujeito secundário.

         2.1 – A história da mulher como história do esquecimento...

         “Entretanto, o que na história revelou-se é que se encontra a mulher onde não se diz”.

         “Os homens produziram os discursos, apagaram os testos das mulheres – as calaram ao atravessar a memória oficial da humanidade...”

         ... “tudo o que se sabe sobre elas foi primeiramente contado por eles: da filosofia, à literatura, à ciência...”    Por estas e outras  ...”afirma-se que a  história da mulher é uma história de esquecimento...  (Pinto, 2012)

         ...”Pelo perfil social que impulsionou o feminismo na segunda metade do século XX  (ao menos nos primeiros momentos):  mulheres de classe média educadas, sobretudo nas áreas de humanidades, psicanálise e crítica literária.

         2.1.1 – Expectativas sociais da mulher:  Uma construção cultural

         “A Idade Média, por sua vez, é muito rica em criar a imagem da mulher em sua perversidade”.

         Na antiguidade a mulher era considerada erro da natureza.  A sem razão.  Quando mais adiante as mulheres da nobreza começaram a participar mais da vida pública e mais adiante  “as casas burguesas que educavam suas filhas e então passaram a ser um erro da cultura, haja vista que falam demais”.

         “A mulher é um ser tão assustador para os homens que ela passa a ser um inimigo útil (que possui funções domésticas e reprodutivas, afinal) mas inconfiável – como Eva.”

         Inquisição europeia (1478 a 18334) – livro de religiosos Dominicanos Heinrich Kraemer e James Sprenger – livro Martelo das Bruxas.  Teve 20 edições, coisa rara na época.

         “Como saber, pelo livro, quem era bruxa.   Morrer queimada.  Tirar a vida “para salvar a alma”.

         Página 96 (das 200 do livro) -  “Os protestantes concordavam com os católicos que as feiticeiras eram nocivas”.   “O que explica a posição da Alemanha (protestantes Luteranos) na geografia das fogueiras”  (Perrot, 2016)

         Frase da  filósofa Marcia Tiburi (de quem eu, leitor, li um livro  e assisti a uma palestra presencial dela aqui em Curitiba na UFPR):   “Tal inconfiabilidade mítica foi criada e referendada com status científico pelo  patriarcado e abala as relações das mulheres entre si:   se elas confiam umas nas outras o sistema sustentado pela diferença hierárquica entre homens e mulheres e na desconfiança na potência das mulheres pode ruir”.

 

         Continua no capítulo 8 de 12 estimados