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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

CAP. 13/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 CAP 13/13

 

         O Protocolo de Kyoto que visa combater o aquecimento global foi assinado por mais de cem países, inclusive o Brasil.   Por outro lado, entre os países que se recusaram a assinar o Protocolo estão USA e Austrália.

         O autor fez uma provocação e um desafio.   “Será que os USA ficarão para trás, enquanto o restante do mundo segue em frente?”

         A Politização do Aquecimento Global

         ...”precisamos mudar nossa maneira de viver.”

         O governo Bush tinha o apoio dos setores que agravam o aquecimento global e determinam aos cientistas ligados ao poder público excesso de rigor na divulgação de pesquisas no setor para não alarmar o povo.  Em resumo, o governo usava o negacionismo diante do problema.

         A diplomacia americana tinha ordem para defender os interesses da indústria do petróleo e do carvão internamente e no âmbito internacional.

         Nos USA a TV está cada vez nas mãos de grupos menores e mais concentrados e o foco é no lazer e não há interesse em notícias de interesse público.   O autor supõe que a internet possa ajudar nesse esclarecimento por ter duas mãos de direção, já que o usuário interage com o portal que lhe traz notícias.

         “Não se trata de um debate ideológico com dois lados, a favor e contra.  Existe apenas um planeta Terra e todos nós que vivemos nele compartilhamos um futuro comum”.

         O livro relata o nome de em torno de 250 municípios dos USA que, dentro de suas jurisdições, assinaram o Protocolo de Kyoto (que não foi assinado pelos USA) e vem buscando adotar ações para reduzir o aquecimento global.   Entre estes, o município de Nova Iorque.

         O autor cita um caso de sucesso frente ao problema que o CFC, um tipo de gás que era muito usado para refrigeração no mundo todo.  Foi descoberto que esses gases escapavam para a atmosfera e em reação química formavam o “buraco na camada de ozônio”, camada esta que protege o ser humano do excesso de radiação ultra violeta.

         Neste caso de combater o efeito nocivo do CFC, o mesmo deixou de ser usado e substituído por outro material não nocivo à camada de ozônio.  Entre o ano de 1986 e 1996, praticamente contornaram o problema na soma de esforços dos países.    É tido como um dos raros esforços globais para sanar um problema global.

         Foto da terra (página 300 do livro) vista do espaço e a mensagem de Al Gore.

         “Chegou a nossa vez de entrar em ação e garantir o nosso futuro”.

         Eis o que você pode fazer...     Nos informarmos mais sobre o assunto;  informarmos outras pessoas também; consumir com responsabilidade, sem desperdícios...    Em média cada americano emite por ano 7.500 kg de CO2 na atmosfera.  É a maior emissão média por pessoa do mundo.

         Há na internet vários sites que tem tabela simples que dá para cada um simular a sua “pegada de carbono” anual.   (eu fiz a minha).    Um site que ele cita:    www.climatecrisis.net   (eu usei https://calculator.moss.earth/

         Economize energia em casa.  Se possível, inclusive seque roupas no varal.   Ao comprar eletrodomésticos ver a tabela de eficiência energética do mesmo.  No Brasil há uma escala de A a D mais ou menos (estou citando de cor) sendo o A de cor verde, os que gastam menos energia.

         As velhas lâmpadas incandescentes gastam 90% da energia em calor perdido e só 10% em luz.

         Nos USA há a opção da pessoa escolher a energia que usa entre eólica, solar etc.

         Lembrar que o aquecimento global pelos GEE gases do efeito estufa é algo diferente dos gases que causam o buraco na camada de ozônio.

         Recomenda reciclar o que puder, inclusive plásticos, papelão, vidros etc.    Se puder fazer compostagem em casa com a parte orgânica do lixo doméstico ajuda a natureza.       Quando o lixo é enviado todo para o aterro sanitário ele fica bem compactado e sem oxigênio e as reações que ocorrem são “anaeróbicas” e resultam em mais gas metano CH4 que é 23 vezes mais danoso que o CO2 na questão do aquecimento global.

         Seja um agente de mudança.   Eleja políticos que tenham atuação inclusive na defesa do meio ambiente.   Dar preferência a produtos e serviços de fornecedores que tem preocupação com o meio ambiente.

         Incentive sua escola ou sua empresa a reduzir emissões.

         Considere o impacto ao meio ambiente dos seus investimentos.

         Participe da política.   Uma das formas é acompanhar as decisões dos políticos e cobrar atitudes que estejam inclusive em sintonia com a proteção do meio ambiente.

         Apoie um grupo ambientalista.   A internet ajuda nas buscas desse tipo de atividade.                     FIM.      20-08-2022

 

Nessa linha, há no meu blog o fichamento do livro da Jornalista Sonia Bridi, livro chamado Diário do Clima.   É bem interessante e está bem compacto no blog

CAP. 12/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 CAP. 12/13

         Uma trajetória do lobista Phillip Cooney

         20-01-2001  - Contratado como Chefe de Gabinete do Conselho da Casa Branca para Qualidade Ambiental.

         14-06-2005 -  Sai da Casa Branca e vai trabalhar na Exxon Mobil

         Al Gore cita que no final do século XIX os USA passaram por um período de forte corrupção no governo.   Os jornalistas investigativos de então levantaram vários problemas e combateram a corrupção.   Um destaque foi o jornalista Upton Sinclair.   É dele a frase:

         “É difícil conseguir que uma pessoa compreenda alguma coisa quando o salário dela depende de não compreender isso”.

Assim foi nos USA naquela fase de corrupção do século XIX e depois com a indústria do tabaco e a indústria petrolífera afetando o meio ambiente.

         “O que torna esse tipo de desonestidade intolerável é a gravidade do que está em jogo”.     (as mudanças climáticas afetando o mundo todo)

         Em 21-06-2004, 48 cientistas vencedores do Prêmio Nobel acusaram o presidente Bush e seu governo de distorcer a ciência:  (Em carta aberta assinada por todos eles)

         “Ao ignorar o consenso científico em questões de importância crítica, como as mudanças climáticas globais, o presidente Bush e seu governo estão ameaçando o futuro da Terra”.      Al Gore cita o nome de cada cientista, a área de cada um e o ano que receberam o Nobel.

         Al Gore coloca como um terceiro problema é essa de colocar como excludentes.   Tipo – Economia saudável ou ambiente saudável.   Isto não é verdade.  Dá para conciliar ambos.

         A ECO 92 foi no Rio de Janeiro no ano de 2006.   Evento internacional sobre as Mudanças Climáticas.

         No Japão, por lei, se cobra eficiência energética nos veículos.  Os carros tem que fazer ao menos 19,1 km/litro de combustível.   Canadá e Austrália exigem 12,7 km/litro.   (base 2006)

         Um comparativo de desempenho dos carros por galão de gasolina em milhas por galão, medidas americanas de distância e de volume.

         Japão          46 milhas por galão

         União Europeia    37 “

         China          28 “

         Austrália     28 “

         Canadá        25 “

         USA           24 “

         Al Gore destaca a ironia.   Os USA não podem exportar seus carros para a China cujas normas são mais exigentes para evitar poluição ambiental.

         Nisso os USA estão perdendo mercado lá fora com seus carros grandes e bebedores de gasolina (e mais poluentes).

         A gigante GE General Eletric entrou em sintonia com a busca de conciliar os negócios com a proteção do meio ambiente.

         Frase do presidente da GE (2006).   “Para nós, o verde da ecologia traz o verde do dinheiro.  Estamos em um período em que a melhoria ambiental levará à lucratividade”.

         Outro problema enfrentado.   Há os que entendem o problema das mudanças climáticas mas acham que de tão grande o desafio, o melhor seria deixar a coisa rolar.   Isto é horrível.

         Entre os extremos de negar que há o problema e o lado de ver como tão grande que nada se pode fazer, há um espaço intermediário onde se pode dizer:  “Mas podemos fazer alguma coisa!”

         Há alternativas.    Energia eólica, energia solar, energia geotérmica e outras.      A maior fabricante de turbinas (ano 2006) para geração de energia eólica do mundo é a Vestas da Dinamarca.   Na Dinamarca, estima-se que em 2008, um quarto de toda a energia consumida será eólica.

         Em 2006, dois pesquisadores da Universidade de Princeton, Robert Socolow e Sephen Pacala destacam que a ciência já tem conhecimento e tecnologia para contornar o aquecimento global nos próximos 50 anos.

 

 

 

Continua no capítulo 13/13

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

CAP. 11/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 CAP.11/13

 

         A irmã de Al Gore que começou a fumar cedo, aos treze anos, quando foi lá adiante, já casada, teve câncer nos pulmões e morreu depois de muito sofrimento dela e da família.

         Em certo tempo a própria família de Al Gore, como muitas famílias que tinham fazendas na região, plantava tabaco para a indústria fumageira.  Ele lamenta tudo isso.   A família só entendeu e dimensão do problema quando Nancy já estava doente.  Algo semelhante acontece com a questão do efeito estufa.   As pessoas seguem ignorando o problema e este vai se tornando cada vez mais grave.

         “De um lado a incerteza faz desabrochar a Ciência e paralisa a política.  Por isso é difícil para os cientistas soar o alarme para os políticos”.

         Sobre o aquecimento global por ação humana é um consenso mundial.   Por sinal, algo até raro na Ciência.

         “Uma cientista da Universidade da Califórnia, em San Diego, a Doutora Naomi Oreskes, publicou na Revista Science um volumoso estudo.  Ela levantou todos os artigos sobre aquecimento global nos dez anos anteriores à sua pesquisa em revistas científicas, sempre com revisão de pares.    A revisão de pares é fundamental para garantir o rigor da pesquisa e seus resultados.   Pares são outros cientistas do mesmo ramo que analisam a pesquisa feita para ver se não há falhas técnicas.

         A autora e sua equipe escolheram uma grande amostra de 928 artigos científico, que eram quase dez por cento de todos os artigos de dez anos.

Amostra estudada:   928 artigos científicos.  Destes, a “porcentagem de artigos em dúvida quando à causa do aquecimento global:  Zero”.

         Na mesma pesquisa, analisando trabalhos publicados na imprensa popular  no decorrer de quatorze anos (Jornais:  New York Times, Washington Post, Los Angeles Times e Wall Street Journal – os mais gabaritados).     Pesquisou nessas fontes, 636  trabalhos publicados sobre aquecimento global.   Constatou que destes, 53% expressavam dúvidas sobre a causa do aquecimento global.    ( e não usaram o rigor da revisão de pares)

         Artigos ...   “sem qualquer validade científica”, semeando dúvidas na população sobre a ação humana afetando o aquecimento global.   A imprensa no caso semeia confusão na sociedade e prejudica a ciência e expõe a humanidade aos riscos.     (página 263 do livro – tabulados dados)

         No caso do aquecimento global, há investimento pesado da indústria do petróleo para desacreditar as pesquisas.   Cita empresas como a gigante Exxon Mobil.    Relata o caso divulgado pelo repórter Ross Gelpspan, ganhador do Prêmio Pulitzer de Jornalismo, que descobriu e divulgou uma orientação interna de indústria do setor petroleiro para seus colaboradores:

         “Reposicionar o aquecimento global como uma teoria, e não um fato”.

         (puro negacionismo por interesse econômico e contra a sociedade)

         Em 1964 a indústria do cigarro nos USA, diante de sólida posição da pesquisa mostrando os males do cigarro, investiu pesado para desmoralizar a pesquisa científica.

         Milhões de americanos prejudicados pelo cigarro entraram na justiça.   Relato do livro mostra trecho de um “Memorando da Brown and Willamson Tabacco Company” que diz:   “Nosso produto é a dúvida , já que esta é a melhor maneira de competir com o conjunto de fatos que existe na mente do grande público. Também é uma maneira de introduzir a controvérsia”.

         Este memorando é da década de 1960 nos USA.

         Mais adiante Al Gore cita o governo Bush que foi negacionista em relação ao aquecimento global e nomeou céticos ao tema para cargos no governo que deveriam tratar do tema.   Pessoas indicadas pela indústria que agrava o aquecimento global como a do petróleo.

         Em 2001 Bush nomeou Phillip Cooney, advogado e lobista para cuidar da política ambiental da Casa Branca, ou seja, do Governo Bush.     O mesmo Phillip Cooney que entre 1995 até 20-01-2001 era lobista da American Petrolium Institute, encarregado de disseminar informações falsas sobre o aquecimento global.        (o livro é de 2006 – mais adiante, como leitor, relembro que o governo Trump fez algo semelhante, inclusive com um lobista da indústria do carvão, fortemente danosa na questão do aquecimento global).

                   Continua no capítulo 12/13

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

CAP. 10/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 Cap 10/13

 

         Foto do mapa mundi à noite e os pontos iluminados.   Fotos de satélite, com ajuste para todas mostrarem panorama noturno.

         Cor branca – luzes de cidades; cor azul – concentração de navios pesqueiros na costa da Ásia (Japão e proximidades), na Patagonia e no litoral do Peru.   Cor vermelha – incêndios florestais.   Focos no Brasil, África, parte da Ásia e da Austrália.

         Luz amarela – queima de gás não aproveitado na indústria petrolífera no Sibéria (Rússia).   No Golfo Pérsico eles já usam esse gas para evitar desperdício.

         Como civilização temos vários hábitos que antes da tecnologia moderna tinham consequências mais previsíveis.   Os velhos hábitos hoje aliados a tecnologias que demandam mais energia, por exemplo, já afetam mais nosso meio ambiente e comumente não nos damos conta disso.

         Ex.   Guerras no modo antigo.  Corpo a corpo, feridos e mortes.  Um marco diferente:   A bomba atômica.   Mortos, feridos e um enorme dano ambiental duradouro.   Outro exemplo:   garimpos mecanizados formando imensas crateras e poluindo o ambiente.

         O Rio Colorado nos USA.   Há tantos desvios no curso dele para atender cidades e irrigação agrícola que hoje em dia ele não tem mais conteúdo para desaguar no mar.  

         No Cazaquistão (parte da Ex URSS), desviaram dois rios que abasteciam o Mar de Aral e este acabou secando por completo.  No livro, fotos de barcos encalhados onde antes era o mar.

         “A parábola do Mar de Aral traz uma mensagem simples: os erros da nossa maneira de lidar com a mãe natureza podem, hoje em dia, ter consequências muito maiores, pois muitas novas tecnologias nos dão mais poder, sem necessariamente, nos dar mais sabedoria”.

         A Europa é uma região que ainda usa bastante carvão para gerar energia.  Tecnologia bem poluente e que emite muito gás do efeito estufa.

         “E os que dispõem de mais tecnologias tem maior obrigação moral de utilizá-las com sabedoria”.

         “Essa questão também é política.   As decisões políticas tem grande importância”.

         Contribuição para o aquecimento global.

         USA (com Alasca e Havai)...... 30,3% das emissões de GEE

         Europa (menos Russia).............. 27,7%

         Russia......................................... 13,7%

         Sudeste da Ásia.......................... 12,2%

         América Central e do Sul............   3,8%

         África..........................................    2,5%

         Oriente Médio.............................    2,6%

         Canadá........................................     2,3%

         Japão......................................... 3,7%

         Um gráfico que leva em consideração as emissões per capita por ano.

         (Emissão de CO2 por pessoa por ano – em toneladas de CO2)

         África                   0,2 toneladas

         Índia                    0,3 “

         China                   0,5 “

         Japão                   2,4 “

         Média mundial     1,0 “

         União Europ.        2,4 “

         Rússia                  2,8 “

         USA                     5,5 “

         Para todos esses dados, o livro cita as fontes.

         “De nada adianta negar a realidade”.

         Minha irmã Nancy Gore

         Ela quando jovem foi ser voluntária no Corpo de Paz.   À busca de trabalhos que melhorassem a vida das pessoas.

         Ela era dez anos mais velha que o irmão Al Gore.   Ela foi dedicada cabo eleitoral quando ele concorreu ao Congresso.

         Nancy começou a fumar bem jovem e nesse tempo já havia alertas sobre os riscos à saúde mas as pessoas não se importavam tanto.   A própria indústria do cigarro procurava desacreditar a Ciência nesse risco.

         O autor diz que hoje em dia a indústria do petróleo faz algo semelhante.  Fica colocando holofote sobre uma pesquisa isolada que favorece o setor para com isso tentar desacreditar todo o conjunto da Ciência que aponta os fatores negativos do petróleo no meio ambiente.

         “Elas exageram pequenas incertezas, para fingir que as grandes conclusões da Ciência ainda não são unânimes”.      (isto tem ocorrido muito na pandemia de Covid 19 aqui no BR e pelo mundo afora),

        

         Continua no capítulo 11/13

terça-feira, 23 de agosto de 2022

CAP. 09/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

Cap.9

 

         Há sobre a Antártida tratado de não reivindicação de território por nenhum país.  Só pode ser objeto de pesquisas.  Doze países tem estação de pesquisa lá.  (base 2006)

         Na Antártida os animais que lá vivem, são localizados nas margens com o Oceano, de onde retiram alimentos.  No interior não há seres vivos.

         A espécie mais destacada da Antártida é o pinguim imperador.  Nos últimos 50 anos (até 2005) a população deles caiu 70%.

         Na Antártida, geleiras estão derretendo e tende a elevar o nível do mar.  Isto também tem ocorrido no Ártico e influi inclusive em Londres, onde o mar vem subindo lentamente e em parte represa o Rio Tâmisa que corta a cidade e tem causado inundações.    Já há uma série de aparatos para reter essas águas e contornar o problema que vem se repetindo.

         Na hipótese de todo o gelo da Groenlândia se derreter, fluirá todo para os Oceanos e estes aumentariam o nível em 5,5 a 6 metros.     O mesmo ocorreria caso derretesse a metade do gelo do Ártico e metade da Antártida.

         Na Ásia, cidades como Pequim e Xangai, densamente populosas, seriam das que o aumento do nível dos oceanos causaria grande impacto na vida das pessoas.    O mesmo ocorreria com a populosa Calcutá na Índia.  Parte de Nova Iorque também seria uma das afetadas.

         A Serviço do bem público.

         A democracia americana...   O pai de Al Gore atuou por trinta anos entre a Câmara federal e o Senado dos USA.   Al Gore decidiu seguir os passos do pai e servir à pátria como congressista.

         O pai de Al Gore foi derrotado numa eleição após tantos mandatos porque entre outras coisas, se opunha à Guerra do Vietnã e contra a segregação racial.

         Al Gore serviu no Vietnã como jornalista do exército.   Ficou desiludido com o serviço público que foi abraçado pelo seu pai no passado e que era seu sonho de carreira.

         Cinco anos como jornalista tornaram a despertar nele o interesse por trilhar ainda no serviço público.    Eleito e antes da posse, ficou um tempinho num instituto de pesquisa focado em energia e meio ambiente, temas que sempre foram do seu agrado.   E fazia reuniões de discussão com as comunidades.

         “Eu tinha amor por esse trabalho, eu nele me sentia bem”.

         “Aprendi quando deixei a Vice Presidência em 2001 (foi vice em dois mandatos) que há muitas formas de servir ao público além da política”.

         “Falar abertamente sobre os problemas do nosso país, e descrever os desafios que enfrentamos e as soluções de que dispomos são formas de servir ao público... essenciais para a sobrevivência da nossa democracia”.

         Foto de um lixão na cidade do México e a frase:   “O que vemos é uma colisão colossal, sem precedentes, entre a nossa civilização e o planeta Terra.

         O mundo moderno nos trouxe a diminuição na mortalidade e também da natalidade, mas de outro lado, a população mundial está em média vivendo bem mais e assim tem aumentado de forma incomum.

         Há dois mil anos, eramos 250 milhões de seres humanos no mundo.  Em 1776 chegamos a 1 bilhão de pessoas.   Em 1945, fomos para 2,3 bilhões e em 2006 estamos em 6,5 bilhões e estima-se para 2050, 9,1 bilhões.

         As florestas em geral são destruídas pelas queimadas.   Quase 30% do CO2 lançado na atmosfera a cada ano resulta da queima das matas para dar lugar à agricultura de subsistência, e da queima de lenha para cozinhar”.

         Ar mais aquecido, mais folhas secas e mais raios.   Raios e mais incêndios florestais.

         Os grandes incêndios no continente americano num gráfico no livro, aqui resumido:

         Entre 1950 e 1980, eram menos de 5 grandes incêndios por década.

         De 1980 a 1990, saltaram para 10 por década.

         De 1990 a 2000, novo salto para 47 por década.

         Na Europa também vem crescendo o número de grandes incêndios florestais.    Inclusive tem causado mortes de pessoas.

 

         Continua no capítulo 10/13 

CAP. 08/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 CAP. 8

 

         Algumas consequências do aquecimento global em exemplos:

         No sul da Suiça entre 1900 e 2000 foi reduzindo o número de dias de geadas e com isso foi criando condição para proliferação de ervas invasoras exóticas, ou seja, que não eram daquele ambiente.  Estas invasoras passaram a competir com a flora natural do local e afetar o ecossistema.

         No estado de Montana, USA, no passado rotineiramente os invernos eram mais frios e os besouros que atacam os pinheiros estavam em equilíbrio na natureza.   O aquecimento global aumentou as gerações dos besouros e estes em maior população atacam os pinheiros causando severos danos e isso por conta do efeito estufa.

         No Alasca uma área de 56.000 km2 de bosques nativos de abetos (aquele tipo de conífera típica das regiões geladas do Norte) tem sido atacado de forma crescente por besouros da casca do abeto.  Também consequência do aquecimento global.  

         Em Plena Natureza

         Perder algo é uma coisa; esquecer aquilo que você perdeu é outra muito diferente.    Na juventude Al Gore e esposa cruzaram o país, ida e volta, com um carro, barraca e mochilas.

         No tempo de ter as crianças pequenas, chegaram a descer por treze dias o Rio Colorado de barco, num percurso de 360 km.  Isto em 1994

         “Não se trata de nós e a natureza.   A natureza está dentro de nós e nós fazemos parte dela.”

         Sobre a vida agitada atual

         “Essa vida é projetada para monopolizar nossa atenção, para nos vender coisas,  para nos empurrar de um lado para outro, para nos concentrar em assuntos que parecem ser vitais, quando não são”.

         “A natureza, em contraste, move-se devagar, não exige nada...”

         ................

         “No entanto, tudo que fazemos para a natureza, fazemos para nós mesmos.   A magnitude da destruição ambiental está hoje em uma escala que poucos previram.   As feridas não cicatrizam mais sozinhas.   Precisamos agir de maneira afirmativa para deter a destruição”.

         Em 2005 ocorreu o ano mais quente já registrado.   Em 1998 foi o mais quente até então, depois superado pelo ano 2005.

         Estimam os cientistas que os recifes de corais que são a “floresta” do mar, só em 1998 teria perdido 16% de sua totalidade por conta do aquecimento global.   O branqueamento e morte em larga escala dos corais tem como causa principal o aquecimento global.

         A emissão de GEE gases do efeito estufa (CO2 e outros) na atmosfera afeta fortemente os oceanos por dois caminhos.   Por um lado, aquece os oceanos e por outro lado, 1/3 dos GEE são capturados pelos oceanos, tornando-os mais ácidos, afetando o ecossistema.

         Três mapas comparativos mostrando ao longo do Oceano Atlântico a perda de qualidade das águas por aquecimento e acidificação, tornando-as menos favoráveis aos corais.   No ritmo atual  (base 2006), até 2050 não haverá mais no Atlântico, área favorável aos corais.   Toda fauna também será afetada.

         Mares com proliferação de algas por desequilíbrio ecológico decorrente de poluição.   Desencadeia invasão de algas, ao ponto de praias serem interditadas por perderem a condição de balneabilidade.

         Quando o planeta está em equilíbrio, os vetores de pragas e doenças transmissíveis aos seres humanos ficam numa situação estável.   Desequilibramos o planeta e aumentam os riscos de pragas e doenças.

         (Base 2005)  “Surgiram cerca de trinta novas doenças nos últimos vinte e cinco a trinta anos.  Além disso, outras doenças antigas que estavam sob controle, hoje voltam a atacar”.

         O livro de 2005 cita com nome e foto de agentes de doenças, dentre estas, um tipo de Coronavirus.    Que agora nos coloca numa pandemia.

         Antártida, a maior massa de gelo sobre a terra é tecnicamente um deserto, pois quase não chove lá.   Chove por ano a média de 25 mm.   Para ter uma base, em Curitiba chove por ano a média de 1.200 mm.

                           

         Continua no capítulo 9

domingo, 21 de agosto de 2022

CAP 07/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 07

 

         O Sibéria que é parte da Rússia tem 1 milhão de km2 de solo permafrost (congelado) que está se degenerando pelo efeito estufa.   O descongelamento da região pode emitir CO2 na atmosfera equivalente a dez vezes todas as emissões do planeta.   Aumentaria de forma catastrófica o aquecimento global.  (Emitiria 70 bilhões de toneladas de CO2)

         O maior especialista no tema é o cientista russo Sergei Kirpotin da Universidade Estadual de Tomsk.

         Gráfico mostrando a condição das estradas em região do Alasca.  Antes, o solo estava congelado mais tempo durante o ano e os caminhões não encalhavam.    Esse tempo foi encurtando pelo aquecimento global.   Gelo derrete, vira lama e caminhões atolam.

         Em 1970, era boa a trafegabilidade por 200 dias por ano, em média.

         Em 1985, caiu esse parâmetro para 160 dias por ano.   Em 2000 caiu para apenas 110 dias.      O oleoduto do Alasca está em risco por perda de sustentação no solo que vem descongelando com o aquecimento.

         Algumas alternativas energéticas.     No Canadá desenvolveram etanol a partir de celulose de resíduos vegetais que são abundantes e baratos.  Tem bom potencial de uso e baixo custo.

         Do Polo Norte ao Polo Sul.

         “Podemos ler estudos de campo, conversar com cientistas, mas nada como ver as coisas com nossos olhos”.    Al Gore rodou o mundo para conhecer os detalhes dos problemas causados pelas mudanças climáticas.  Esteve inclusive na Amazônia.

         Cita inclusive o deserto mais baixo do mundo, o Vale da Morte no estado americano da California.

         Ele visitou as duas regiões polares.   O Polo Sul, a Antártida tem altitudes de até 3.000 metros acima do nível do mar.   A altitude média da Antártida é maior que a média das altitudes de todos os continentes.

         Al Gore enfrentou com roupas especiais, frio de até 50 graus Celsius negativos.  Para chegar ao marco zero do polo Norte, viajou a parte final em sete horas de submarino nuclear da Marinha dos USA.   O polo norte é em grande maioria gelo sobre oceano, diferente da Antártida que tem muito gelo sobre solo e rochas.

         Conseguiu chegar de submarino ao marco zero do Polo Norte.    Na chegada, o submarino emerge quebrando uma camada de gelo de menos de um metro.    O limite técnico para emergir quebrando a camada de gelo por esse tipo de submarino é 90 cm.

         O autor fez duas viagens à Amazônia.   Na viagem de 2006, constatou que esta sofreu a seca mais grave de toda a sua história registrada.

         (Nós vimos as reportagens nas nossas TVs na época)

         Ele diz que o efeito estufa está afetando em diferentes graus todo o planeta e    .... “viajei tão longe para compreender que a solução da crise deve começar por aqui, no meu país”.  (página 141).

         Gráfico da extensão da camada de gelo no Ártico de 1900 ao ano 2005.

         De 1900 a 1975 se mantinha estável a camada de gelo abrangendo ao redor de 13,5 milhões de km2   (quase o dobro da área do Brasil como território).

         A partir de 1975, essa área se reduziu continuamente chegando a 11,5 a 12 milhões de km2 em 2005.   O Ártico derrete mais com o efeito estufa porque a camada de gelo não é espessa e fica sobre o Oceano.   O gelo reflete mais luz e calor.    Já o solo que vai ficando descoberto passa a aquecer ainda mais.

         Ursos polares tem morrido por ficarem flutuando em blocos grandes de gelo que se desprendem e se afastam da margem.   Não conseguem nadar distancias tão grandes.

         Nos oceanos há correntes quentes mais superficiais e correntes frias mais profundas.   Essas correntes no Atlântico Norte aquecem mais a Europa Ocidental.   Por isso Paris e Londres que ficam mais ao norte do que NY, por conta dessas correntes quentes, são mais quentes que NY que é influenciada pelas correntes marítimas frias.   Notar que NY fica bem mais abaixo daquela região da Europa e teoricamente, não fossem as diferentes correntes, tenderia a ser mais quente.

         Um estudo com certo tipo de aves migratórias que historicamente chega à Holanda num mesmo período do ano tinha e tem até um dia X no qual ocorre o pico da chegada delas.    Havia uma sincronização de grande eclosão de determinadas lagartas que nasciam na época do nascimento dos filhotes dessas aves na Holanda.    A mudança climática defasou esse sincronismo e os filhotes passam a ter carência de alimentos nos tempos recentes.     Alteramos o clima e afetamos o equilíbrio dos ecossistemas.

        

 

         Continua no capítulo 8 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

cap. 06/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 06

         

         “Nos acirrados debates acerca da ajuda humanitária para a fome, por vezes se insinua que os próprios africanos provocam tudo isso por conta da corrupção ou da má administração.   No entanto, quanto mais compreendemos a mudança climática, mais fica  aparente que nós, os americanos, talvez sejamos os verdadeiros culpados”.    (os USA com 5% da população do mundo polui a atmosfera em 25% do total da poluição desta)

         Mais adiante, Al Gore cita:   ¼ do total de gases do efeito estufa emitido na atmosfera mundial é feito pelos americanos.   A África gera 5% dos gases do efeito estufa.     Sendo que os USA emitem 25%, todo o continente africano emite cinco vezes menos que os USA.

         Al Gore cita literalmente:   “Nós contribuímos para fabricar o sofrimento na África; temos a obrigação moral de tentar remediá-lo”.

         O efeito estufa suga ainda mais a umidade do solo.  Isto traz prejuízos às florestas, à fauna e à agropecuária.  Aumenta a desertificação de áreas férteis.   Mais fome.

         Crescimento da desertificação por décadas em milhas quadradas por ano.

         Anos 70               624 milhas quadradas por ano

         Anos 80               840   

         Anos 90                1.374 “

         Os dados todos sempre respaldados em Pesquisas mostram um quadro sombrio.   O autor se pergunta.   Como levar isso às pessoas de forma que os políticos sejam cobrados para levarem isso a sério e adotarem medidas?

         A Cidade e o Campo.              Página 122

         Quando Al Gore era bem jovem, o pai dele era senador pelo Tennessee e eles passavam oito meses do ano em Washington e as férias na fazenda da família.   Dois ambientes bem diferentes.   Os pais de Al Gore era um casal com dois filhos e moravam quando ele era senador, num hotel, em aposentos pequenos com um só WC.   Viviam felizes, mas no apartamento ficaram privados do ambiente natural da fazenda.

         Quando criança já aprendeu com o pai o risco que é a erosão do solo por escorrimento de enxurradas.   Adulto, já dono da fazenda, ensina os filhos e netos a importância de cuidar do solo.   Cuidar da natureza.

         Foi a mãe de Al Gore, quando ele tinha 14 anos, que leu para ele o livro Primavera Silenciosa de autoria da ambientalista Rachel Carson.    Isso foi um marco na vida dele.

         Quando ele era criança a mãe lia para os filhos pequenos.  Depois eles foram crescendo e eles liam por si.   Ela só voltou a ler o livro acima citado para ele devido à particular importância da obra para a natureza e a humanidade.

         Ele disse que no seu caso foi fundamental na sua formação ter compartilhado a vida perto da natureza na fazenda e longe dela na cidade.  E os exemplos dos ensinamentos dos pais.

         Em 1976 Al Gore se elegeu deputado e decidiu que a família iria mesclar o rural e o urbano durante o mandato dele e assim fizeram.

         Al Gore cita duas regiões do Planeta que servem como “canários de mina” (dão o alarme quando falta oxigênio) – alertam do perigo.   Regiões que mostram efeitos do aquecimento global de forma marcante.  São o Ártico e a Antártida, os dois polos.

         A grande diferença das camadas de gelo dos dois polos.    Na Antártida (polo sul) a camada de gelo chega a 3.000 metros de altura e muito dela está sobre o solo.    Já no Ártico, a média da espessura da camada de gelo é de 3 metros apenas e muito dela é sobre o oceano.

         No Ártico, o aquecimento global está afetando a camada de gelo e alterando o meio ambiente em grau muito acelerado. 

         “Ali as temperaturas estão subindo mais rápido que em qualquer outro lugar no planeta”.

         Um fenômeno no Alasca.   Grandes árvores coníferas típicas de lá, os chamados abetos, eram de raiz profunda e seguras no solo de tundra congelada, o que dava firmeza.   Nestes tempos de aquecimento global, descongelaram as tundras (como antes não ocorria) e as árvores passaram a pender para os lados por falta de sustentação.   Ficam “bêbadas”...

         Fenômeno semelhante de descongelamento das tundras está afetando fundações de construções, muitas delas desabando parcial ou totalmente.

        

                   Continua no capítulo 7