capítulo 11/30 leitura em maio/junho de 2023
Até os nomes das fases da Lava Jato eram batizadas com
títulos chamativos para atrair a mídia e a opinião pública.
O país pagaria um preço alto por ter se deixado
enganar. A Operação envenenou a
política. Aumentou a violência verbal e
até física.
“Os extremos do espectro ideológico, que até então viviam à
margem, conseguiram cavar posições no centro do debate político e de lá não mais saíram”.
Nas ações o adequado seria “investigação da denúncia,
acusação, julgamento e, se fosse o caso, punição aos envolvidos. “Não a tática de terra arrasada”.
Em 2018, ano de eleições, já se notava o dilema do ódio na
população e o descrédito em relação à classe política em geral.
Justiça e força tarefa da Lava Jato eram uma coisa só: investigadores e juiz trabalhando
juntos. As agendas do pessoal da Lava
Jato. “Agendas, repito, políticas, econômicas
e ideológicas.”
...”guiadas por propósitos espúrios e não pela busca da
verdade”. ...”vivíamos em um país com
o Estado de Direito comprometido”.
“Bota o Marcelo Odebrecht mais trinta anos de cadeia e ele
faz acordo... quebraremos a espinha do Emílio Odebrecht”. (página 98)
Acordo de leniência para pessoas jurídicas e delação
premiada para pessoas físicas.
Destaca que os presos da Lava Jato foram deslocados para
Curitiba, ficando longe das famílias e dos seus advogados.
...”Uns mais, alguns um pouco menos – eram grosseiros,
intimidadores, arbitrários e
autoritários ao extremo”.
Ao todo, doze executivos da Odebrecht presos pela Lava Jato.
Nas delações, verbas repassadas a políticos como verbas de
campanha passaram a ser transformadas em corrupção pela Lava Jato.
...”porque eles, naquele momento, eram os donos da verdade”.
Na Lava Jato fizeram buscas e levaram inclusive as agendas
dos executivos entre os objetos para averiguação. Nas agendas havia inclusive nomes de
políticos e só figurar na agenda já era motivo de ligar à corrupção no
entendimento dos procuradores.
Até contatos com jornalistas, repórteres, ficaram sob
suspeita no caso.
Sendo que a empresa era procurada na rotina para opinar sobre
o andamento da economia, sobre conjuntura e coisas do gênero.
... Sofrimento para nós...
“Nossas vidas, as de nossas famílias e a sobrevivência do Grupo Odebrecht
estavam em jogo.” Foram 17 meses até as
assinaturas dos acordos de leniência, contados de 2015 em diante.
Sofrimento das famílias atingidas. Um diretor, bastava ser citado numa delação
e já bloqueavam os bens dele, deixando as famílias em condição delicada.
O pessoal da Lava Jato só ficou um tanto apreensivo quando
notou que a dureza das ações contra a empresa punha ela em risco de quebrar e
assim nem as multas seriam pagas. E a
população poderia deixar de ter simpatia pelo método adotado pela Lava Jato.
“Eles tinham prazer em nos ver sangrar, mas temor de nos ver
quebrar”.
Acordo de leniência assinado em Curitiba dia 29-11-2016 e em
Brasília. No acordo fizeram parte como
signatários, também pessoas dos USA e Suíça que de maneira “informal” ajudaram
a Lava Jato.
Continua no capítulo 12/30