CAP. 07
O Sibéria que é parte da Rússia tem 1 milhão de km2 de solo
permafrost (congelado) que está se degenerando pelo efeito estufa. O descongelamento da região pode emitir CO2
na atmosfera equivalente a dez vezes todas as emissões do planeta. Aumentaria de forma catastrófica o
aquecimento global. (Emitiria 70 bilhões
de toneladas de CO2)
O maior especialista no tema é o cientista russo Sergei
Kirpotin da Universidade Estadual de Tomsk.
Gráfico mostrando a condição das estradas em região do
Alasca. Antes, o solo estava congelado
mais tempo durante o ano e os caminhões não encalhavam. Esse tempo foi encurtando pelo aquecimento
global. Gelo derrete, vira lama e
caminhões atolam.
Em 1970, era boa a trafegabilidade por 200 dias por ano, em
média.
Em 1985, caiu esse parâmetro para 160 dias por ano. Em 2000 caiu para apenas 110 dias. O oleoduto do Alasca está em risco por
perda de sustentação no solo que vem descongelando com o aquecimento.
Algumas alternativas energéticas. No Canadá desenvolveram etanol a partir de
celulose de resíduos vegetais que são abundantes e baratos. Tem bom potencial de uso e baixo custo.
Do Polo Norte ao Polo Sul.
“Podemos ler estudos de campo, conversar com cientistas, mas
nada como ver as coisas com nossos olhos”.
Al Gore rodou o mundo para conhecer os detalhes dos problemas causados
pelas mudanças climáticas. Esteve
inclusive na Amazônia.
Cita inclusive o deserto mais baixo do mundo, o Vale da
Morte no estado americano da California.
Ele visitou as duas regiões polares. O Polo Sul, a Antártida tem altitudes de até
3.000 metros acima do nível do mar. A
altitude média da Antártida é maior que a média das altitudes de todos os
continentes.
Al Gore enfrentou com roupas especiais, frio de até 50 graus
Celsius negativos. Para chegar ao marco
zero do polo Norte, viajou a parte final em sete horas de submarino nuclear da
Marinha dos USA. O polo norte é em grande
maioria gelo sobre oceano, diferente da Antártida que tem muito gelo sobre solo
e rochas.
Conseguiu chegar de submarino ao marco zero do Polo Norte. Na chegada, o submarino emerge quebrando
uma camada de gelo de menos de um metro.
O limite técnico para emergir quebrando a camada de gelo por esse tipo
de submarino é 90 cm.
O autor fez duas viagens à Amazônia. Na viagem de 2006, constatou que esta sofreu
a seca mais grave de toda a sua história registrada.
(Nós vimos as reportagens nas nossas TVs na época)
Ele diz que o efeito estufa está afetando em diferentes
graus todo o planeta e .... “viajei
tão longe para compreender que a solução da crise deve começar por aqui, no meu
país”. (página 141).
Gráfico da extensão da camada de gelo no Ártico de 1900 ao
ano 2005.
De 1900 a 1975 se mantinha estável a camada de gelo
abrangendo ao redor de 13,5 milhões de km2
(quase o dobro da área do Brasil como território).
A partir de 1975, essa área se reduziu continuamente
chegando a 11,5 a 12 milhões de km2 em 2005.
O Ártico derrete mais com o efeito estufa porque a camada de gelo não é
espessa e fica sobre o Oceano. O gelo
reflete mais luz e calor. Já o solo
que vai ficando descoberto passa a aquecer ainda mais.
Ursos polares tem morrido por ficarem flutuando em blocos
grandes de gelo que se desprendem e se afastam da margem. Não conseguem nadar distancias tão grandes.
Nos oceanos há correntes quentes mais superficiais e
correntes frias mais profundas. Essas
correntes no Atlântico Norte aquecem mais a Europa Ocidental. Por isso Paris e Londres que ficam mais ao
norte do que NY, por conta dessas correntes quentes, são mais quentes que NY
que é influenciada pelas correntes marítimas frias. Notar que NY fica bem mais abaixo daquela
região da Europa e teoricamente, não fossem as diferentes correntes, tenderia a
ser mais quente.
Um estudo com certo tipo de aves migratórias que
historicamente chega à Holanda num mesmo período do ano tinha e tem até um dia
X no qual ocorre o pico da chegada delas.
Havia uma sincronização de grande eclosão de determinadas lagartas que
nasciam na época do nascimento dos filhotes dessas aves na Holanda. A mudança climática defasou esse
sincronismo e os filhotes passam a ter carência de alimentos nos tempos recentes. Alteramos o clima e afetamos o equilíbrio
dos ecossistemas.
Continua no capítulo 8