RESENHA LIVRO – MANUAL DO INFINITO AGOSTO 2023
Sub título: Relatos de um
Autista Adulto
Autor: Henrique Vitorino
(meu amigo Mauaense)
Editora – Nova Alexandria – São Paulo (em fase de pré lançamento)
Prefácio da Professora Cláudia Costin
No final do prefácio a Professora Cláudia Costin (que é
inclusive articulista de Jornal de circulação nacional), remata sua fala com a
frase:
“Recomendo a leitura não só a quem está inserido
pessoalmente neste mundo, tem familiares no espectro ou uma atuação
profissional na área, como também para aqueles que desejam construir uma
sociedade mais diversa e justa”.
O recado inicial do autor:
“Os conceitos aqui aplicados se baseiam na experiência de Henrique
Vitorino como pessoa autista”. “Alguns
destes conceitos podem criticar ou divergir dos conceitos veiculados nos
manuais da ciência, ou ainda das teorias relacionadas ao espectro autista”. O autor.
“Aqui está a confissão de minha vida: eu sou autista”.
“Meus pensamentos são completamente autistas. Todas as minhas emoções também”.
Nota do leitor:
Henrique segue o Judaismo.
“Minha conta bancária e minha profissão também são
influenciadas pelo autismo”.
Cita o livro: O Cérebro
Autista: Pensando Através do Espectro, da doutora em biologia, Temple
Grandin. “Comparando a ela, tenho grandíssimas
disparidades: ela é doutora em
biologia, e eu sou filósofo...”
...”e eu estou no meu caminho para começar a entender a
minha condição de neurodiverso...”
“eu descobri o meu diagnóstico depois de adulto”.
“Aos três anos de idade o diagnóstico formal do médico foi
de irritabilidade frustra difusa...”
“A única abordagem deste livro (Manual do Infinito) é
vivencial: como aquilo que sei através da minha experiência”.
“Este livro, no entanto, deseja falar do autismo apenas sob
a ótica de uma pessoa autista”.
Há na sociedade “explicações” estereotipadas para atitudes
dos autistas. Tipo: “ficou autista de tanto usar o computador”...
É preciso romper o silêncio de forma intolerante – sim,
intolerante. Não se destrói um
preconceito com um buquê de flores.
...”revoltar-se diante da segregação que nos considera
malucos, doentes, endemoniados ou uma pandemia.”
“Somos pessoas unidas por nossa diversidade”.
“Existem autistas em todas as classes sociais”. “Podemos ter namorados ou namoradas, noivas
ou noivos. Somos transsexuais,
heterossexuais, homossexuais, assexuais e bissexuais.”
“Estamos todos orgulhosamente fora do padrão neurotípico”.
“Um neurotípico nunca saberá o que é a alegria de encontrar
uma pessoa tão parecida com ele mesmo – é como se encontrássemos um amigo de
infância no outro lado do mundo”.
“Somos pessoas diferentes, mesmo que estejamos no mesmo
espectro. Criou-se na sociedade uma
ideia de haver “autista padrão, homem,
branco, de classe média. Citam como anjo
azul. Ideia errada. “Metamorfose de pessoas autistas em seres
fofos que servem de enfeite na estante da casa”.
...”existem autistas que não compreendem figuras de
linguagem...”
(O autor Henrique Vitorino é jovem, filósofo, professor, ator,
músico, poeta...)
“Desejo inclusive que a comunidade autista vá muito além do
que eu fiz”. “Que os profissionais de
saúde possam explicar a nós, pessoas do espectro, o que não sabemos sobre nós
mesmos”.
“Que este livro seja o verdadeiro Manual do Infinito”.
Continua no capítulo 2/15