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quinta-feira, 14 de abril de 2022

CAP. 08/20 - fichamento do livro: LULA - BIOGRAFIA - volume 1 - Autor: Jornalista FERNANDO MORAIS - EDIÇÃO 2021

CAP. 08/20 

         Consta aqui no livro que o 03 (Eduardo Bolsonaro) foi escrivão de polícia.   Há foto, no auge da campanha daqui, do Eduardo em Nova Iorque em foto  ao lado do controverso Bannon.   Este que dirigia o Breitbart News, site de extrema direita financiado e difundido por neonazistas, supremacistas brancos, antissemitas e nacionalistas radicais.  

         Bannon se envolveu com a empresa Cambridge Analytica “de perfis pessoais do Facebook para traçar eleitores e influenciá-los virtualmente a votar em Trump”.    Bannon foi destacado por Trump como estrategista da campanha dele.

         Eduardo Bolsonaro foi lá aprender os truques do Bannon para turbinar a campanha daqui com base em artifícios de disparo em massa de campanha de forma torta pela lei eleitoral.

         Walter Delgatti, estudante de direito de Araraquara SP invade os celulares dos cabeças da Lava Jato  “e entrega a farsa de Moro e procuradores ao site de notícias The Intercept Brasil.    “Como resultado do seu trabalho, o STF desmonta a ‘república de curitiba’, degola Sergio Moro, anula os processos da força tarefa e põe Lula em liberdade”.    (página 133)

         Na página 134 da edição que estou lendo, há um discurso de Bannon colocando com todas as letras o conservadorismo e posturas supremacistas dos americanos, além da xenofobia, o racismo e tudo o mais.

         Disse que na campanha do Trump tinha que ser defendido esse conjunto de “valores” da direita para ele ganhar a eleição.   Tiveram sucesso.

         Trump subia nas pesquisas e sempre insinuando que iriam fraudar as eleições na qual ele finalmente foi eleito.    E foi um mar de fake News a campanha dele.

         Para Bolsonaro naquela campanha, ele colocava adversários como “comunistas pedófilos...” uma corja que merecia ser fuzilada.    Entre o primeiro e o segundo turno da eleição, a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia de Campos Mello  “publicou uma reportagem especial denunciando o que estava por trás da vertiginosa campanha de Bolsonaro na internet.   A manchete principal do jornal:   “Empresários bancam campanha contra o PT no WhatsApp”.

         O 02 (Carlos Bolsonaro) era um dos pivôs dessa manobra ilegal no WhatsApp.    A Patrícia já tinha investigado esse tipo de campanha ilegal pela internet pela direita no exterior.  Acompanhou a eleição na Índia que elegeu o populista Narendra Modi e a dos USA que elegeu o direitista Trump.    Ambos usaram de forma irregular a internet.

         Patrícia provou inclusive com documentos (orçamento de oferta de serviços) de uma empresa aqui no Brasil, no valor de R$.8,7 milhões de reais, oferecido a Alkmin para “desmoralizar os adversários”.   O serviço ofertado prometia alcançar 120 milhões de eleitores.

         O PT de Haddad na campanha do segundo turno deu uma guinada na propaganda e esta não agradou Lula.    Este que quis saber quem deu a ordem para essa guinada.   Não apareceu um patrono da ideia.  No livro o autor diz:  “Filho feio não tem pai, diz o ditado popular”.

         Após a derrota do PT na eleição, Lula perde pessoas queridas.  Um deles, de câncer, Sygmaringa Seixas.   Depois, o irmão mais velho, Vavá, aos 79 de idade, diabético e sofria câncer.    Lula tinha o direito por lei de ir ao sepultamento do irmão Vavá mas não conseguiu.   Não foi liberado.

         No STF, Dias Tófoli, nomeado por Lula, deu uma autorização em Habeas Corpus inusitado:   para Lula ir até uma Base Militar em SP e para levarem o defunto até a base para Lula velar o morto.    Seria o caso insólito do morto ter que ir até a pessoa que iria velar o falecido.

         Lula não aceitou essa condição absurda e ficou sem poder se despedir do irmão.

         Depois dessa, veio a morte do neto Arthur de sete anos.   Lula ficou inconsolável.  Diz:  “O normal é que fosse eu, que tenho setenta anos, mas uma criança como o Arthur, que nem começou direito a viver?”

         Desta vez a justiça foi mais ágil e arranjou meios de Lula ir ao velório do netinho em São Bernardo do Campo-SP.    Esse direito do preso a ir a velório de parentes próximos está expresso no artigo 120 da Lei de execuções penais.   Direito de todo preso.

         Cemitério cercado de policiais e três helicópteros sobrevoando o túmulo do garoto na presença de Lula.

         Notícia de Moro sendo escalado para Ministro de Bolsonaro.  Moro com 22 anos de magistratura.

         Paulo Guedes foi no passado integrante da equipe econômica na ditadura do General Pinochet no Chile.

 

         Continua no capítulo 09/20 

quarta-feira, 13 de abril de 2022

cap. 07/20 - fichamento do livro - LULA - BIOGRAFIA - Volume 1 - Autor: Jornalista FERNANDO MORAIS - Edição 2021

 capítulo 07/20

 

         A namorada de Lula, socióloga Rosângela da Silva, cujo apelido é Janja, estava com cinquenta anos quando começaram a namorar em 2017.

         Ela trabalhou em Curitiba na Itaipu binacional por longo tempo junto aos assentamentos de agricultores que no passado foram desalojados para a formação do lago da hidrelétrica.

         Após a prisão, o casal passou a viver junto e ele estando em campanha, deixou a formalização da união para momento que acharem oportuno.

         No decorrer da prisão, em agosto de 2018, Lula teve cassada sua candidatura muito próxima das eleições e teve que indicar um substituto.   Ele tinha preferência por três nomes:  Jaques Wagner (BA), Fernando Haddad (SP) e Gleisi Hoffmann (PR).

         Na campanha, o concorrente Bolsonaro, após a facada, saltou na pesquisa de 19% para 31%.     Primeiro Lula convidou Jaques Wagner para substitui-lo.  (o ex presidente chama o Jaques Wagner de Galego).

         Wagner é carioca criado na Bahia.    Na ocasião ele estava com 67 de idade.   Se achou despreparado para o embate.    Lula discordou:

         “Você foi petroleiro, sindicalista, deputado federal, secretário de Estado, se elegeu governador da BA por duas vezes seguidas, no primeiro turno, derrotou o império do ACM Antonio Carlos Magalhães, elegeu seu sucessor no primeiro turno, foi ministro chefe da Casa Civil, Ministro das Relações Institucionais, Ministro da Defesa.   Quem no Brasil tem um currículo igual ao seu?”.    “Só falta se presidente”.

         Wagner pretendia ser candidato a Senador pela BA, como de fato foi e se elegeu.

         Gleisi conduziu com garra exemplar o PT nacional na fase mais dura da Lava Jato e do golpe contra Dilma.   Time que está ganhando, não se mexe.   Lula recebe Haddad na prisão e é direto:

         -“O candidato será você.   Haddad responde:  - Bom, se for para cumprir uma missão, eu aceito.  – Ótimo, então eu vou fazer uma carta anunciando o seu nome e aí a gente torna a decisão pública.

         Para Lula, a renúncia da candidatura, poderia soar como confissão de culpa.  Por isso, esperou para fazer a substituição quando estava inelegível.

         O PT é o maior partido de esquerda do mundo em número de filiados, só perde para o PC da China.

         Foi lido o texto de Lula anunciando que ele destacou Haddad para a missão de substitui-lo como candidato.   Data:  11-09-2018 na Vigília Lula Livre.    Menos de um mês da eleição em si.     O texto no qual indicava o substituto, foi escrito por Lula e compunha sete páginas.

         Cartas recebidas por Lula em 581 dias de prisão:  35.000 cartas, sendo uma média aproximada de sessenta por dia.

         Lula escreveu mais de mil cartas, das quais, 500 para a namorada Janja e recebeu igual quantidade dela.     Ele escreveu também uma carta aberta ao Povo Brasileiro.   Quando cita os procuradores da Lava Jato:

         “Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade.   Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram.  São eles e não eu que estão presos às mentiras que contaram ao Brasil e ao mundo.”

         “Vermelho, o hacker, escancara as portas do inferno e o STF sepulta Moro e a Lava Jato.   Lula sai da cadeia candidato a presidente do Brasil”

         Práticas de fakes na eleição americana com Hillary e Trump.   Espalharam a mentira de que no passado ela promovia orgias sexuais com crianças quando era primeira dama.   Espalharam camisetas com a foto dela e escrito: Puta.   Outras camisetas com foto dela e escrito:  Procurada pela polícia.

         Aqui no Brasil na campanha do Haddad, a direita espalhou a absurda fake News de que ele iria distribuir nas creches as “mamadeiras de piroca”.  Um crime sem tamanho essa calúnia.

         Fake na campanha colocando foto da candidata a vice do Haddad, a jornalista gaúcha Manuela D’Ávila com uma montagem na foto aparecendo a legenda:  “Jesus é travesti”.     Em resumo, usaram atitudes rasteiras no estilo Trump da campanha de lá.

         Consta aqui no livro que o 03 (Eduardo Bolsonaro) foi escrivão de polícia.   Há foto, no auge da campanha daqui, do Eduardo em Nova Iorque em foto  ao lado do controverso Bannon.   Este que dirigia o Breitbart News, site de extrema direita financiado e difundido por neonazistas, supremacistas brancos, antissemitas e nacionalistas radicais.  

 

         Continua no capítulo 08/20

quarta-feira, 6 de abril de 2022

CAP. 01/20 - fichamento - livro - BIOGRAFIA - LULA - Volume 1 - Autor: Jornalista, Escritor/Biógrafo FERNANDO MORAIS - 2022

 Capítulo 01/20   (estimados em 20)       abril de 2022

 

         Ganhei no fim do ano passado o livro Lula Biografia, volume 1, de autoria do tarimbado Jornalista, escritor e biógrafo Fernando Morais, mineiro de Mariana.    Por sinal, do Fernando Morais já lí A Ilha (sobre Cuba), Olga (sobre a companheira de Luiz Carlos Prestes) e Chatô, Rei do Brasil, sobre o Assis Chateuabriand que era o poderoso da imprensa brasileira por décadas, antes da hegemonia dos Marinho da Globo.

         Esta biografia do Lula foi editada em 2021 e tem 450 páginas.

         Vamos ao fichamento -  O primeiro operário a chegar à presidência da república.    No embate eleitoral teve três derrotas seguido de duas vitórias.  E na sequência ajudou a eleger Dilma.

         Logo no início do livro, sempre em preto e branco, fotos do Lula discursando nas assembleias de metalúrgicos no Estádio de Vila Euclides em Santo André no ABC paulista.   (Santo André, S. Bernardo e S. Caetano).

         Nos anos 70/80 eu, leitor, residia na cidade vizinha a Santo André e tinha parentes metalúrgicos e acompanhei parte dessa fase sindicalista do Lula em plena Ditadura Militar.   Lia inclusive notícias das greves pelo Diário do Grande ABC, jornal de Santo André.

         Uma das fotos estampadas diz que é de 1979 de uma forte greve.

         Capítulo 1 -   “Com a prisão decretada por Moro, Lula decide não se entregar à PF.  – Eles que venham me prender”.

         Lula foi preso dia 05-04-2018.      Na véspera de ser preso, ele estava no Instituto Lula com muitos correligionários e advogados Cristiano Zanin e a esposa de Zanin, também advogada, Valeska Teixeira.

         No dia que Lula foi preso, havia decisão do TRF garantindo que ele só poderia ser preso após se esgotarem os recursos e isto não foi respeitado.

         No julgamento do caso dele no STF, foram 6x5 contra ele, com voto de desempate pela Ministra Rosa Weber que presidia o STF.     Com base nessa decisão, Moro imediatamente passa a expedir o mandado de prisão.

         Moises Selerge era o Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.   Ele foi empregado da Mercedes por 35 anos.   Tinha então 52 de idade.

         A votação no STF foi perto do fim de semana e supunham (seus advogados) que Lula seria preso lá pela semana seguinte.

         Saiu em primeira mão no Portal UOL da internet que a prisão de Lula já estava decretada pelo Moro.   “Moro decreta a prisão de Lula”.   Jurisdição da PF do Delegado Maurício Valeixo, superintendente da PF do Paraná.

         Foram quatro anos de Operação Lava Jato até a data da prisão em abril de 2018.    Moro, 45 anos, “voz esganiçada” segundo o autor, vira herói com essa atitude.

         Moro se jacta de ser o chefe de uma “guerra contra a corrupção”.

         “Com base em legislação criada originalmente para facilitar a elucidação de crimes hediondos, como sequestro e estupro, a chamada “colaboração premiada” permitiu que a Operação Lava Jato construísse uma monstruosidade adicional:   a banalização da delação.”

         João Vaccari Neto, tesoureiro do PT ficou dois anos preso e não delatou ninguém.     O biógrafo perguntou a um dos altos dirigentes da Odebrecht  :  “Por que o senhor passou tanto tempo preso?   De que crime era acusado?.   Resposta:   Crime nenhum.  Fiquei preso porque não tinha nada a declarar contra o Lula.      

         Passado tempo, abriram a porta da cela e sem mais explicação lhe disseram:  - Pode ir pra casa.  (Isto para o dirigente da Odebrecht)

         Tudo foi tão rápido na tramitação da prisão que deixou a impressão que estava tudo combinado entre as três instâncias da justiça.   

         ...”Moro produziu um recorde digno do livro Guiness ao consumir escassos dezessete minutos e cinquenta segundos entre receber a autorização e mandar prender Lula”.

         Totalmente destoante da conhecida morosidade da nossa justiça.

         No dia da ordem de prisão de Lula, ele estava com vários correligionários no Instituto Lula e dentre eles, Cid Gomes que veio convidar Dilma para ser candidata ao Senado pelo Ceará, onde ela tinha 70% das intenções de voto.   Ela não aceitou por estar decidida a disputar o senado por seu estado natal, Minas Gerais.

         Foto de Moro no estilo justiceiro.   Terno preto, camisa preta, gravata preta.    Com a notícia do mandado de prisão, encheu de gente e da imprensa em frente ao Instituto Lula.  Tinha câmera man em cima de moto, de van e até em helicóptero sobrevoando o local para transmitir ao vivo para TVs.

         Continua no capítulo 02/20   (estimo que serão 20 capítulos)