cap. 2
... mais adiante....
....”Mas o que sucedera? Alguém se equivocara”
Palavras soltas como se
ao acaso pelo senhor Ramsay em casa.
O casal se desentende por palpite sobre a condição do clima
no dia seguinte e se poderiam ou não ir ao farol. Ele foi indelicado com ela.
“Não havia ninguém a quem ela respeitasse tanto quanto a ele”.
...”Sentia que não era
boa o bastante para amarrar o cordão de seus sapatos.”
Sobre ser destacado e genial. Ser esquecido após tempos... “Até a pedra que se chuta com a bota
perdurará além de Shakespeare”. (nas
memórias das sucessivas gerações)
“Mas seu filho o odiava”.
O Sr Ramsay se achando derrubado.
A esposa lembra ele de que o amigo dele, Charles Tansley “o achava o
maior metafísico do seu tempo...”
...”mas ele precisava de mais do que isso. Precisava de compreensão”.
Ela, uma fortaleza.
Ele, inseguro total. “Se ele
depositasse uma fé implícita nela, nada o atingiria, não importa o quão fundo
ele naufragasse ou quão alto ele subisse...”
...ela “não gostava nem por um instante, de sentir-se
melhor do que o marido”.
Ele era requisitado no mundo acadêmico... Mas no convívio social... “Pois as pessoas diziam que ele dependia
dela”.
Sobre a beleza da Sra. Ramsay. “Ela trazia consigo, sem que pudesse se
impedir de sabe-lo, a tocha da beleza”.
... “Sensibilidade
que era o seu filho James (pois nenhum dos seus filhos era tão sensível quanto
ele)”.
Pitaco do leitor: Há
foco na beleza da protagonista, mas de descrição física mesmo, a autora só cita
diretamente os olhos de cor cinza. No
mais, é reflexão e captação do que os contatos dela estariam sentindo em
pensamento sobre a beleza dela.
O Sr Ramsay era respeitado como pesquisador pela comunidade
acadêmica mas para ele próprio, isso tudo não bastava. Sentia-se inseguro.
Os amigos se questionavam
...”por que Ramsay precisava sempre de elogios, por que um homem tão
valente no terreno do pensamento era tão tímido na vida...”
Sr. Bankes, mais de sessenta anos de idade. ... numa reflexão
...”uma mulher solteira perdia o melhor da vida”. A pintora chinesa...
“Lutaria por sua causa:
gostava de ficar sozinha; gostava de ser ela mesma... insistia em escapar da regra geral”.
Lily (a pintora) em reflexão, em pensamento junto à Sra
Ramsay.
“Seria o amor, na forma em que as pessoas entendiam, capaz
de tornar a senhora Ramsay e ela uma única pessoa?” Lily tinha 33 anos de idade.
A tela pintada pela Lily tinha elementos que na abstração da
artista tinha uma “declaração de amor”.
Pergunta do leitor aqui: Seria
amor dela pela Sra. Ramsay?
O lado de Voluntária da Sra Ramsay. “Não era autoritária... talvez se pudesse dizer que era quando reagia
apaixonadamente em relação a hospitais, saúde pública e leiterias”. ...”o leite entregue à porta em Londres
era literalmente negro de sujeira”. (ano
1927)
Sobre o leite nessa condição ela dizia: “deveria ser proibido”.
Sobre os dois filhos menores entre os oito totais. “gostaria
de conservar os dois assim como eram demônios perversos, nunca vê-los crescer e
se transformar em monstros de pernas compridas. Nada poderia compensar essa perda.”
Sra Ramsay e seus pensamentos sobre a vida. “Havia os eternos problemas: o sofrimento, a morte, os pobres”.
O livro infantil que ela lia para o filho tinha cenas
narradas muito trágicas. Tempestades,
mar revolto, escuridão...
Pensamentos e reflexões dela: “Como poderia um Senhor qualquer ter feito
este mundo?. Sua mente sempre se
agarrara ao fato de que não há lógica, ordem ou justiça; apenas sofrimento,
morte e pobreza.”
Sobre o marido: “sem
dúvida, a horrível verdade é que ele lhe tornava a vida mais difícil. Era suscetível, era irritável. Descontrolava-se por causa do farol.
Continua no próximo capítulo