capítulo 6 (de oito)
O marido falando para a esposa grávida: ...”para evitar que você engorde, quero que
passe a fumar”.
Yo-han Kim, amigo da que vai se casar, telefonando tarde da
noite para ela a fim de se divertir em tentar fazer ela mudar de ideia. Sempre ele lembrando que ela é de origem
pobre. E diz: “Mas que droga. Não entendo porque as pessoas querem tanto se
casar. Além do mais, estão poluindo este
mundo puro com gens inferiores”.
Outro capítulo – Gang-Shi
Sobre a separação dos pais da menina Mali. A menina não compreendia, mas sofria. Para ela não era uma ansiedade existente na
descrição, mas que existe como um fantasma numa noite escura. A mãe chorando trancada no quarto escuro”.
A menina Mali, filha de pais separados, na periferia, estava
na escola e nenhum coleguinha falava com ela.
Só uma menina um pouco mais velha fez amizade com ela.
Essa amiguinha todos os alunos sabiam que o pai a
maltratava. Ela fingia não saber que os
outros sabiam disso.
Essa amiguinha contou a Mali sobre menstruação e a deixou
impressionada, mas a que contou disse que era só de ouvir falar, porque ainda
não tinha chegado à primeira menstruação.
Disse que ouviu dizer que é dolorida, que quando começa se
repete mês a mês, até o fim da vida.
O nome dessa amiga de Mali se chama Gang-shi. A mãe dela abandonou o lar há cinco anos e
ela vive só com o pai “sadista”.
Capítulo – Um dia negro
O passar do tempo de dois amantes, ambos dando escapadas na
vida de casados. Cada vez que saiam
juntos, sempre em hotel diferente para não serem flagrados.
Passa o tempo e a relação entre os amantes vai se
desgastando.
No hotel.... “E uma irreconhecível estranheza e uma
depressão parecidas com um prato vazio”.
... ela .... “estar
viva era um motivo de aborrecimento”.
... tipos de pobreza.
Uma delas é a pobreza faminta.
“A fome é o princípio básico da definição de pobreza –
apesar dela ter sido ignorada com frequência nos últimos tempos”.
A fome... “Ela se manifesta por estômago vazio, tontura,
dor de cabeça, ânsia de vômito, falta de energia e olhar vago”.
Outro capítulo - Mas
vem cá. Você tem alguma coisa para comer
aí?
É meio recorrente a presença do peixe defumado no livro e
certamente faz parte do cotidiano do povo coreano.
O protagonista deste conto, No-Yong, passa fome e não
trabalha. (ele é irmão da noiva de um
conto anterior...)
Na cabeça dele: “Necessitar
de dinheiro para sobreviver era uma barbaridade. Isso implicava em trabalho”: O que uns e outros achavam dele.
“E também na maioria das vezes, odiavam No-Yong, que queria
comer de graça, sem trabalhar”.
O faminto que se recusava a trabalhar... “Entretanto, não era pessimista na hora de se
autoavaliar. Considerava-se um homem
emotivo e que tinha noção de moral.”
Recebeu carta notificando a morte do irmão dele e não foi ao
velório. Ele se justifica: “Estou com preguiça”. (o irmão morreu de inanição, mesmo tendo família
para ele cuidar).
A irmã dele falando com o preguiçoso. Ela recordando que tiveram um início de
infância abastado, depois veio a miséria e foram separados dos pais ou por eles
foram abandonados. Ficaram espalhados, os
três irmãos, um com cada parente. (o
que morreu e tinha família, o preguiçoso e a noiva).
Na infância deles, um dia o parente os levou a um
restaurante muito chique. A irmã lembra
que o irmão No-Yong fez fiasco no restaurante.
Engoliu tudo que era comida sem nem mastigar. Chegou a passar mal.
A irmã recorda o fato: “Você estava com aparência tão
lamentável que o parente ficou muito triste”.
Continua no capítulo 7 de 8.