CAP. 08/08
No Haiti se uma adolescente está estudando e fica grávida,
tem que deixar a escola e perde o ano letivo.
Aqui no Brasil há forma prevista em lei para a adolescente continuar o
ano letivo antes do parto e por certo tempo após o parto. A busca é de preservar o ano letivo sem
perda para a aluna.
Os haitianos disseram que no caso de matrícula em escolas,
geralmente há burocracia na documentação e prazos curtos para cumprir e
apresentar documentos. Eles que
geralmente tem longas jornadas de trabalho, tem dificuldade de cumprir com a
documentação exigida nos prazos determinados.
É uma barreira para acesso ao estudo deles.
Não raro empresas que empregam migrantes cobram muito
desempenho deles e negligenciam direitos do trabalhador migrante. Ainda por cima, certas empresas fazem
marketing por estarem empregando migrantes.
Jornadas de trabalho e de estudo deixam pouco tempo para
lazer e cultura. Os migrantes pouco
saem de casa para estas atividades que ajudam na socialização. Ficam menos visíveis na comunidade. Nos poucos tempos que tem para si,
usualmente se encontram com seus conterrâneos para interação e lazer.
O autor defende que a Educação Social iria ajudar a mudar
essa lógica e integrar mais os migrantes à comunidade. Os migrantes notam que quando são procurados
é sempre no sentido assistencialista, para tentar ajuda-los em algo, mas eles
poderiam ser vistos também como seres que tem talentos e habilidades que podem
contribuir para apoiar também outras pessoas da comunidade. Mesmo na possibilidade de transmitirem um
pouco de sua cultura ao povo local.
Mais uma vez o pesquisador destaca que o Educador Social
teria um papel relevante nessa integração na qual o migrante pudesse ter acesso
à cidadania.
Conclusões
“O fim das coisas é não ter fim” (Giovani Giroto)
“A compreensão desta obra exigiu que, primeiro se fizesse
claro o contexto histórico do Haiti, a condição de vida das pessoas que lá
vivem, os motivos para migrar e as políticas de acolhida que fazem do Brasil um
país procurado pelos haitianos”.
O Brasil deu respaldo legal aos migrantes do Haiti mas não
implementou políticas públicas que de fato acolhessem esses migrantes, o que
ficou mais por conta de Ongs e o sistema de ensino público.
Entre as Ongs, destaque para Igrejas e o voluntariado a elas
associados.
“O Brasil é avaliado por ser receptivo, porém não dá suporte
para todos que estão migrando para o país”.
Fim. 27-maio-2022