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domingo, 29 de maio de 2022

CAP. 08/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 08/08

         No Haiti se uma adolescente está estudando e fica grávida, tem que deixar a escola e perde o ano letivo.   Aqui no Brasil há forma prevista em lei para a adolescente continuar o ano letivo antes do parto e por certo tempo após o parto.    A busca é de preservar o ano letivo sem perda para a aluna.

         Os haitianos disseram que no caso de matrícula em escolas, geralmente há burocracia na documentação e prazos curtos para cumprir e apresentar documentos.   Eles que geralmente tem longas jornadas de trabalho, tem dificuldade de cumprir com a documentação exigida nos prazos determinados.   É uma barreira para acesso ao estudo deles.

         Não raro empresas que empregam migrantes cobram muito desempenho deles e negligenciam direitos do trabalhador migrante.   Ainda por cima, certas empresas fazem marketing por estarem empregando migrantes.

         Jornadas de trabalho e de estudo deixam pouco tempo para lazer e cultura.   Os migrantes pouco saem de casa para estas atividades que ajudam na socialização.   Ficam menos visíveis na comunidade.   Nos poucos tempos que tem para si, usualmente se encontram com seus conterrâneos para interação e lazer.

         O autor defende que a Educação Social iria ajudar a mudar essa lógica e integrar mais os migrantes à comunidade.   Os migrantes notam que quando são procurados é sempre no sentido assistencialista, para tentar ajuda-los em algo, mas eles poderiam ser vistos também como seres que tem talentos e habilidades que podem contribuir para apoiar também outras pessoas da comunidade.   Mesmo na possibilidade de transmitirem um pouco de sua cultura ao povo local.

         Mais uma vez o pesquisador destaca que o Educador Social teria um papel relevante nessa integração na qual o migrante pudesse ter acesso à cidadania.

                   Conclusões

         “O fim das coisas é não ter fim”  (Giovani Giroto)

         “A compreensão desta obra exigiu que, primeiro se fizesse claro o contexto histórico do Haiti, a condição de vida das pessoas que lá vivem, os motivos para migrar e as políticas de acolhida que fazem do Brasil um país procurado pelos haitianos”.

         O Brasil deu respaldo legal aos migrantes do Haiti mas não implementou políticas públicas que de fato acolhessem esses migrantes, o que ficou mais por conta de Ongs e o sistema de ensino público.

         Entre as Ongs, destaque para Igrejas e o voluntariado a elas associados.

         “O Brasil é avaliado por ser receptivo, porém não dá suporte para todos que estão migrando para o país”.

                   Fim.                                        27-maio-2022

                   orlando_lisboa@terra.com.br

sábado, 28 de maio de 2022

CAP. 07/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 07/08

 

         Migrantes haitianos pesquisados e suas trajetórias.    Citados com nomes fictícios para preservar a privacidade deles.   Foram colocados nome africanos.

         Uma delas:   Niara – nasceu na capital do Haiti, Porto Príncipe.    Ela fazia faculdade lá e trabalhava.    Um tio que migrou para Maringá-PR e que tem um pequeno comércio na cidade  convidou ela para migrar e ela veio.   Chegando ao Brasil, descobriu que veio grávida.   Agora com uma criança e tendo que trabalhar, dificulta para tentar retomar os estudos.

         Outra:   Ashia (Esperança) -  Ela morava no interior do país e ainda não trabalhava mas estudava.   Veio porque o namorado tinha migrado para esta região em estudo.    Terminou o ensino médio no Brasil e está cursando a UEM, curso de Letras.   Reside em Maringá com o marido e a filha.

         Outra:  Makini  (Calma) – Iniciou no seu país o curso de enfermagem e pretende dar sequência no curso no Brasil.

         Outro: Bomani (guerreiro) – Atualmente cursa engenharia de produção com ênfase na Construção Civil na UEM.

         Outro: Ayo (felicidade) – Trabalhando na construção civil ou fazendo bico no mercado informal.

         Capítulo 6 – Análises

         Quatro dos cinco casos em estudo se referem a pessoas que não estavam em vulnerabilidade social no Haiti e migraram esperando encontrar no Brasil mais chances de realizarem seus planos.

         Encontraram aqui uma realidade desfavorável ao seus planos, de certa forma.

         6.1 – Da expectativa à nova realidade.       ...estudo aponta:    “que a maior parte dos haitianos que migram para o Brasil buscam trabalho.   Em segundo lugar, esperam melhorar de vida e, em terceiro lugar, ajudar a família por meio da migração.”

         Os desafios enfrentados no processo migratório:    A maioria dos haitianos que migraram para o Brasil nunca tinham ouvido um diálogo em português.   Não conhecer o idioma impede o entendimento dos direitos do migrante.   Para acesso aos direitos, tem que entender o idioma.

         6.3 – Acolhida e inclusão de haitianos e haitianas em Maringá-PR

         Os haitianos pesquisados de Maringá, ao chegarem à cidade já tinham um “elo” na cidade ou região, representado por algum parente ou namorado da mesma origem.

         6.4 – Perspectivas sobre educação no Haiti e no Brasil

         Na fala do pesquisador Arroyo (2009)    -  “falar com os alunos não de cima para baixo, impositivamente, como se fosse dono da verdade a ser transmitida...”

         ...”A relação professor-aluno precisa ser colaborativa, respeitosa...”

        

         Continua no capítulo final 08/08