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quarta-feira, 6 de março de 2024

Fichamento 6/25 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)

 capítulo 6/25

 

   “Livro: Guerras Híbridas  - das Revoluções Coloridas aos Golpes – 2018)

         As redes sociais servem...  “permitem a disseminação de bombas cognitivas através de um padrão de enxame ou manada”.  (No livro citado acima).

         Voltando ao autor deste livro em estudo:  Guerra híbrida...  “ foi o casamento das ciências sociais e psicologia com a máquina militar, desde a II G. Mundial, que gerou formas de inteligência, informação e guerra psicológica que se tornaram os protoplasmas da Guerra Híbrida.”

         “Se estou correto em minha hipótese, tanto mais eficaz é a G. Híbrida quanto menos perceptível ela for”.

         A partir de 2018 que a imprensa começou a desconfiar de algo novo e procurar respostas na Ciência.  Tempos de fake News associadas a Bolsonaro e algo similar tinha acontecido no governo de Trump nos USA em 2016.

         “Caracterizava o modelo russo contemporâneo de propaganda como mangueira de fogo da falsidade... alto número de canais e mensagens e uma disseminação desavergonhada de verdades parciais ou ficções totais”.

         “A nova propaganda russa diverte, confunde e domina a audiência”.   O autor da frase é citado na bibliografia deste livro.  (página 50)

         ...” um deslocamento de confrontos diretos... para uma teoria mais baseada em Sun Tzu (autor de A Arte da Guerra -  544 aC a 496 aC), cuja ideia é maximizar os ganhos com o mínimo de enfrentamentos”.

         Na página 52 cita o articulador nessa área, o americano de direita Steve Bannon que assessorou campanha de Trump.

         O autor cita o caso de colocações nas redes sociais.    Inclui o caso do militar da reserva Carlos Alberto Pinto Silva.

         “Para ele, no fim, seria o PT que estaria causando todo o canário de anarquia no Brasil”.

         Os militares... “leem apenas fichamentos, onde excertos são tirados do contexto para servir de propósito doutrinário.    Nessa toada os militares de alta patente vão formando seus subalternos.   Reproduzem recortes como certezas entre os militares.   Não há unanimidade entre os militares nestas ações golpistas de 2014 para cá.   (base do livro é 2019).

         “... os que se colocaram contrários a isto foram rechaçados, e talvez uma maioria opere em silêncio consentindo com os primeiros”.

         O lugar do Antropólogo

a)     O início

Em publicação deste autor, de 2009, já havia uma rota de estudos dele nessa seara da guerra híbrida.  Em 2019 o autor já destaca que seu foco no tema segue há vinte e cinco anos.

         Nossa literatura na ciência política até o passado recente estudava a mesma como rotina e a inserção de militares no cenário político como algo somente afeito a golpe militar.

         O autor destaca um trabalho sobre o golpe militar de 1964 por René Daeifuss em 1986.

         Cita Oliveiros Ferreira e seu detalhado estudo sobre os militares no Brasil.

         “A instituição militar é permanente e agiu ativamente na formatação do Estado em 1891, 1934, 1946 e 1964 em diante” enquanto continuava permanente.”

         “Cabe se perguntar, inclusive, por que, pelo menos no terceiro quarto do século XX mais da metade das nações tiveram algum tipo de golpe de estado envolvendo militares  (às vezes mais de uma vez) totalizando aproximadamente 400 eventos catalogados”.  (Luttwak, 1991)

         Na página 62 do livro o autor comenta sobre alguns detalhes da afirmação de João Goulart, que depois sofreu o golpe de 1964.

         Diz que nos diversos fatos comprovados e depoimentos de autoridades do entorno de João Goulart (Jango), aí incluído Tancredo Neves, Jango não ouvia os alertas dos riscos de golpe.  Deu no que sabemos...”

 

         Continua no capítulo 7/25

segunda-feira, 4 de março de 2024

Fichamento 5/25 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)

 capítulo 5/25

 

         Em abril de 2013, quando o STF publicou o acordão da Ação Penal 470 do Mensalão (documento de 8.405 páginas).   Envolveu 37 réus baseado numa excrescência jurídica – a “Teoria do Domínio do Fato”.    ...”supondo-se que haveria um conhecimento público que autorizava a sentença”.   

 

         Nessa época estava o STF com o Juiz Joaquim Barbosa no comando dessa Ação Penal.    Ele que foi alçado ao STF pelo governo do PT foi o algoz no Mensalão.  

      Curiosamente, fizeram um ponto de corte para o que chamaram de mensalão a época de início dos governos do PT e era de conhecimento público e notório que isso de repassar verba pública de forma escusa para os deputados e senadores gastarem nas campanhas era uma rotina que vinha de longe.

       Para ficar num exemplo, o presidente Fernando Henrique Cardoso que fez dois mandatos como presidente e era do PSDB, comprou o legislativo, por assim dizer, para votarem no sistema de Reeleição para cargos do executivo, o que deu a ele o direito de concorrer a um segundo mandato.   Isso tudo ficou no esquecimento porque não era a esquerda no poder e então optaram por não investigar o mensalão desse passado.

         Voltando ao então juiz Joaquim Barbosa, o autor diz:

         “Nesse sentido, Barbosa replicou uma célebre versão da história nacional, puniu os que saíram da linha, mas só aqueles que efetivamente ‘deveriam estar na linha´, e não todos”.

         O autor vê neste tudo:   ...”foi clara a ligação entre essa movimentação política e a adoção popular de um duplo ufanismo – militar e nacional – com a ideia de que somente as Forças Armadas FFAA passaram imunes à degradação do país”.

         Civis com a camiseta da CBF e militares...   “que começaram a se enxergar de fato como paladinos da salvação nacional”.

         Nesse contexto aparece o PPT power point do procurador do MPF Ministério Público Federal Deltan Dallagnol com acusações sem provas.

         Nesse tempo do mensalão, autoridades militares falavam de defesa da democracia, mas permitiam que Bolsonaro atuasse em campanha dentro dos quarteis e os militares distribuíam condecorações a juízes e promotores ligados  às investigações que denunciaram o PT.

         “Parece exagero pensar que algo tão difundido hoje em dia – a ideia que o PT é uma organização criminosa – tenha ganhado forma e substância primeiramente dentro dos quarteis”.

         ... apear Dilma etc.    ... militar..  “uma ação por procuração, seguindo a estratégia da abordagem indireta”.   (do meio militar)

         ...”colocar-se atrás do plano simplesmente foi a maneira pela qual os militares puderam operar sem serem notados”.

         Atores do golpe depois foram “destruídos” como os casos de Joaquim Barbosa (juiz que deixou o STF antes do prazo de aposentadoria compulsória), Cunha (que presidiu a Câmara Federal), Moro “murchou”.

         “Sobraram os militares intactos”.

         “A dinâmica de uma Guerra Híbrida consiste justamente em disparar algumas operações psicológicas e deixar diversos atores operarem a seu favor...”

         ...”a estratégia da ação indireta”.    (a data base deste livro é 2019)

         “Quem ganhou com o golpe que apeou Dilma foi o setor militar, não só por aparelhar o Estado, mas pelo aumento da influência no poder.”.

         A novidade é que desta vez os militares conseguiram bastante poder sem colocar tanques nas ruas.  (página 43)

         Cita Romulos Maya, articulista do Jornal GGN.   

         “De maneira muito sumária, minha suposição foi de que haveria uma aliança entre os setores da construção civil, Energia (nuclear, elétrica e óleo e gas) e o Estado.  (Numa estrutura armada pelos governos petistas) e uma oposição a ela, que envolvia lobbies internacionais e ...o setor financeiro doméstico”.

         Os que se opunham a essa aliança entre Estado com setores da Energia e da Construção Civil viam o risco do PT se perpetuar no poder como fez o México e seu partido PRI.

         Discussões sobre o tema por Romulus Maya e outros no blog dele ...  romulusbr.com

         “... muito na dinâmica política do que vivemos hoje foi processado no interior das redes sociais”.     “Tanto no ataque, quanto na defesa, as redes sociais viraram um campo de batalha”.

         e) – Etnografia, Guerra Híbrida e Redes Sociais

         Cita um cientista norte americano radicado na Rússia, Andrew Korybko, que escreveu o livro (um dos melhores no tema) sobre a G. Híbrida na atualidade.   “Livro: Guerras Híbridas  - das Revoluções Coloridas aos Golpes – 2018)

         As redes sociais servem...  “permitem a disseminação de bombas cognitivas através de um padrão de enxame ou manada”.  (No livro citado acima).

 

         Continua no capítulo 6/25