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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Cap. 4/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - Autor: FLÁVIO AUGUSTO - 2024

 capítulo final 4/4                                     leitura Dezembro de 2024

        

         O autor coloca num dos capítulos do livro uma epígrafe dedicando ao que foi professor de história dele (e meu também) Professor Reginaldo Benedito Dias.    Professor da UEM Universidade Estadual de Maringá-PR onde por volta de 2007/2008 fiz uma Pós em História e Sociedade.

         ...  O velho pai do autor pertence ao rol dos pioneiros de Maringá-PR.  Há muitas ruas na cidade com homenagem aos pioneiros.   O autor lembra que também há nomes de vias públicas não só, mas também em Maringá que homenageiam batalhas e “heróis” do passado que nem sempre defendiam a Nação, mas sim os interesses das elites dominantes das respectivas épocas. 

         ...”Por quê menos de dez por cento das ruas de todas as cidades do Brasil rural e profundo são batizados com nome de mulheres?   Será que esse fato contribui para o apagamento do feminismo na sociedade machista e patriarcal?”

         Capítulo...    Burrinus brasiliensis

         O velho pai também escrevia poemas e publicava no jornal local.  Usava o pseudônimo de Burrinus brasiliensis.   Fazia versos com sátiras até

aos militares que estavam no governo do regime militar de 1964.

         O velho pai era filatelista e numismata.   Colecionador de selos e moedas e cédulas de dinheiro.

         O autor militou quando jovem na política estudantil e era tempo da Ditadura Militar.   Período perigoso para militantes.     Escrevia poesias inclusive de cunho político e nunca mostrava seus escritos para o pai que era poeta.

         O velho pai usava o rigor da forma nas poesias e o filho preferia usar em suas poesias o sistema de versos livres.

         Cita que em Maringá-PR onde o velho pai foi um dos pioneiros da cidade, há rua com o nome dele como forma de homenagem.

         Capítulo - Descaminhos Ibéricos

         Quando o velho pai estava com oitenta anos, o autor levou-o para rever a cidade de Divisa Nova em MG, berço do pai e de muitos antepassados.

         ...”Quando eu era ainda adolescente e sonhava cursar a faculdade de jornalismo em São Paulo...”

         ...    Uma mágoa do autor:  Ele sabia que o velho pai sonhava em conhecer o Marrocos, Portugal e a cidade espanhola de Toledo que na história conviveu com os mouros, cristãos e judeus.

         O velho pai aprendeu cedo com os mais velhos, lá nas Minas Gerais, a tomar uma cachacinha no cotidiano.

         O velho pai, já idoso, foi atropelado na rua e foram semanas de UTI e veio a falecer em seguida.

 

         FIM.        (em tempo – paulista que sou, atuei profissionalmente como Engenheiro Agrônomo sediado em Maringá – PR entre os anos de 2001 a 2011 onde fui colega de trabalho do autor).                       Dezembro de 2024

domingo, 29 de dezembro de 2024

Cap. 3/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - Autor - FLÁVIO AUGUSTO - 2024

 capítulo 3/4            leitura em dezembro de 2024

 

         ... Festas de fim de ano.... empresários.... “cidadãos de bem”...   beber na festa com seus colaboradores e contar piadas preconceituosas de bêbado, português, preto, gay, loira burra...

         ...  O velho pai e tarefas domésticas.  Dentro do patriarcado mineiro...

         “Não era dado a dividir tarefas domésticas com minha mãe ... nem ela consentiria que ele o fizesse..”

         Meu velho pai... “nem nunca se deu ao trabalho de aprender.   Sua maneira de ajudar era não atrapalhando.”    Quem administrava o dinheiro da casa era a mãe.

         A mãe...  “na organização da casa ninguém podia dar palpite”.

         Nada é tão ruim que não possa ser piorado.    Hoje a mulher está no mercado do trabalho e acaba ficando com tríplice tarefa entre o emprego, atender o marido e cuidar da casa.

         Capítulo – Os diversos tons de cinza do arco-íris

         O velho pai pedia respeito a todos.  Lembrava inclusive de passagem no primeiro livro de Samuel onde consta o amor dedicado por Jonatas a Davi.

         Capítulo – A descontinuidade da matéria

         O velho pai deixou um romance manuscrito abordando inclusive experiências sensoriais de seres espaciais do futuro.

         No centenário do nascimento dele, já falecido, os filhos pensaram em publicar o livro dele mas os tempos mudam e o chamado politicamente correto iria causar atrito aqui e ali com a obra.  Optou-se por não publica-la.

         ...  O velho pai sobre religiões    ... “ a melhor dentre as religiões é aquela que nossos pais nos deram ao nascermos, seja ela qual for”.

         Na política, o velho pai “defendia suas posições progressistas...”

         Se o velho pai chegasse a viver esta fase das redes sociais, ele seria taxado de comunista vagabundo só por buscar justiça social.

         Capítulo – Matando um leão por dia

         Os filhos mais velhos receberam do velho pai, nomes de parentes.  Prática comum naqueles tempos.    O autor, mais novo escapou dos nomes de parentes.   Se chama Flávio Augusto, autor deste livro e que tem uma filha com o nome de Flávia, nome escolhido por consenso do casal.

         Continua no capítulo final 4/4

sábado, 28 de dezembro de 2024

Cap. 2/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - autor - FLÁVIO AUGUSTO DE CARVALHO - Edição 2024

capítulo 2/4                    leitura em dezembro de 2024

        

         O velho pai tinha os dois pés atrás com religiões e mesmo assim conhecia bem a bíblia.    Ele comenta de Jacó que passou pra trás o irmão e ganhou a posição de primogênito e adquiriu direitos especiais por isso.  E mais adiante virou destaque do povo judeu.

         O velho pai, agnóstico, levava os filhos à missa todos os domingos...

         Ele era vascaíno.   Em 1950 quando o Brasil perdeu a final para o Uruguai em pleno Maracanã, no que ficou sendo o Maracanazo, o povo jogou toda a culpa no nosso goleiro que era negro.   O velho pai não se conformava com tamanha injustiça.

         Em 1970 em tempos de Ditadura Militar, nossa seleção ganhou mais uma copa do mundo.   O governo de então se “apossou” da nossa seleção, buscando surfar no sucesso do nosso futebol.   O velho pai ficou indignado.

         Os tempos recentes e a direita com o seu deus/pátria/família e o sequestro do verde/amarelo pela turma partidária da direita.   Se estivesse neste plano, o velho pai teria mais uma vez ficado indignado com isso.

         “Meu velho pai não tinha aptidão para o êxito nos negócios”.   Talvez por isso que não gostava de falar sobre dinheiro na hora das refeições nem em hora nenhuma na maior parte da vida dele.

         O tio formado médico e a segunda guerra terminada, este ouviu o comentário sobre as terras férteis do norte e noroeste do Paraná.   Conseguiu um pedaço de terra e trouxe os familiares de Minas Gerais para Maringá-PR.

         Cita o caso dos trilhos de trem que chegaram à região norte do Paraná.  Ferrovias com bitola estreita, fora do padrão, que não se ajustava a se articular com outros trechos e parece que foram feitas para amarrar o desenvolvimento do país e não para deslanchar nossa economia.      Algo semelhante ocorreu em muitas partes do Brasil, infelizmente.

         O velho pai, pai de quatro filhos, na Ditadura Militar de 1964 se colocou contra o regime, mas só manifestava isso em família para esclarecer os familiares.

         Sabia ele que a pior democracia seria melhor do que uma ditadura.

...       No livro de Josué, na bíblia... sequência natural do pentateuco de Moises...    “às vezes me pergunto:  Que deus justo e igualitário escolheria um povo em detrimento dos demais seres viventes?    Que deus misericordioso poderia consentir em guerras de conquistas que deixariam como saldo milhares de mortos e refugiados?...”

 

         Continua no capítulo 3/4

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Cap.1/4 - fichamento do livro O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - autor FLÁVIO AUGUSTO DE CARVALHO

leitura em dezembro de 2024    (exemplar autografado)

Autor:  Flavio Augusto de Carvalho – Editora Urutau – 2024

 

         O autor é paranaense, graduado em Letras e Direito.   Meu amigo pessoal, foi Gerente do Banco do Brasil no Paraná e está aposentado.

         Vamos ao fichamento do livro dele no meu jeito de leitor.

         O avô dele perdeu a esposa cedo.    Ele gostava da literatura.    Viuvo, se casou de novo e os filhos do primeiro casamento foram para colégio interno no interior de Minas.   Eram mineiros da Divisa Nova.

         Pelas normas do colégio, a menina foi para um colégio de meninas e os meninos, a outro só para meninos.

         A irmã se formou professora e um dos irmãos se formou em medicina na UFPr Universidade Federal do Paraná.

         O pai do autor narrador estudou num colégio interno em Alfenas MG.

         A avó morreu cedo de tuberculose que era de ocorrência elevada pelo interior do Brasil naquela época.    Período duro, entre Guerras Mundiais com turbulência na Europa e mundo afora.

         Tempos do nazismo, fascismo e por aqui o getulismo.   Autocratas.

         Tempo de ditaduras de Franco, Salazar, Getúlio e segue uma lista.

         O pai do autor serviu o Exército mas não se animou com a instituição.

         Estudou contabilidade não por gostar, mas na esperança de se sustentar com um ofício.   E ele herdou da mãe o gosto pela leitura.

         A madrasta do pai dele, católica raiz, por assim dizer, participante do Apostolado da Oração, todo dia acompanhava a missa pelo rádio de Aparecida do Norte.   Morreu nonagenária e quase cega, mas mesmo enxergando muito pouco, continuava fazendo seus trabalhos em crochê.

         O avô morreu cedo e o pai do narrador voltou para casa afim de ser o arrimo da família e ajudar  a educar os irmãos.

         A avó morreu com Alzheimer, mas ainda não se conhecia essa doença e o povo dizia que a pessoa estava caduca.

         Capítulo II – Poesia Alienígena

         O velho pai, descendente de portugueses, ficava indignado quando os filhos eram crianças e separavam o cravo da índia dos doces caseiros da família.    Dizia  que seus ancestrais portugueses, os das grandes navegações e descobertas, se sacrificaram muito para achar o caminho marítimo para as Índias, inclusive atras das famosas especiarias.    Assim sendo, que os netos apreciassem as tais especiarias que valiam ouro no tempo das descobertas.

Chega a citar que naquele tempo, por volta de 1500, para comprar 1 kg de cravo da Índia na Europa, se pagaria sete gramas de ouro.

         Os heróis do velho pai eram os poetas.

         ...      Cita parte do soneto que o velho pai gostava     ....”sete anos de pastor, Jacó servia, Labão, pai de Raquel, serrana bela...”    Consta que estes versos são de autoria de Camões, o grande poeta português.

        

         Continua no capítulo 2/4