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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Cap. 9/10 - fichamento do livro VIAGEM ÀS NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO - autor Botânico francês - SAINT-HILAIRE (1819)

             Goiás recebia sal da região de Pilão Arcado no Pernambuco.   O povo de lá trazia o sal para Paracatu e trocava por produtos locais como milho, feijão, açúcar, aguardente e outros.   O caminho era a navegação pelo Rio São Francisco e seus afluentes.

         Capítulo XV   Viagem de Paracatu à fronteira de Goiás

         Passando por Sobradinho, Rio dos Arrependidos, na divisa (na época) entre MG e GO.   Depois houve mudanças de divisas entre MG e GO.

         Capítulo XVI -  Quadro Geral da Província de GO

         “Os antigos paulistas se embrenharam no interior do Brasil à caça de índios, os quais, reduzidos à escravidão, iam aumentar o patrimônio dos ricos habitantes de São Paulo”.

         Um paulista que fez expedição com seu grupo por Goiás, arrebanhou (por volta do ano 1680), retornou para sua terra com ouro e muitos índios que seguiram acorrentados.

         Havia entre outras tribos, no passado, índios da nação Goiás.

         Ano de 1680, pelos relatos, o paulista Bartolomeu Bueno da Silva se embrenhou por Goiás em busca de ouro e índios para vender como escravos.

  Teria colocado fogo na aguardente para fingir algo sobrenatural e intimidar os índios, dizendo que se não lhe entregassem o ouro e não fossem cativos, ele colocaria fogo nos rios e matas onde os índios viviam.   Assim teria conseguido seu intento.  Arrebanhou muitos cativos.

         Era para os índios o Anhanguera, o Diabo Velho.

         Muitos paulistas andaram em missão de procurar ouro no interior de Goiás e encontraram.   Havia na região índios.  Estes foram expulsos da região ou escravizados.  Muito ouro foi extraído de rios e córregos de Goiás e para isso muitos aventureiros foram para lá.

         No meio dos aventureiros em busca do ouro, vieram também criminosos fugindo a justiça.

         Todos os homens dessa fase andavam armados.  Só deixavam a arma para entrar em igrejas.

         “Goiás fazia parte da Província de São Paulo nessa época... (antes de 1749).”   Em 1749 GO se tornou Capitania de Goiás.

         Em 1819 quando o autor passou por GO, o ciclo do ouro praticamente já tinha acabado.    Pouca gente restava na região.

         Em GO, entre tantos rios, dois relevantes correm para o Norte, sendo o Tocantins e o Araguaia e para o sul corre o Paranaiba.

         Vegetação da região. 

         Entre outras espécies, a palmeira buriti, muito comum na região.

         Clima   - A região tem a estação das águas de setembro a abril e a da seca de maio a agosto.

         População – Em 1819 a população de GO era estimada em 80.000 habitantes.

         Em 1819 GO era um dos estados que mais havia índios.  Havia decreto que definia que eles eram homens livres.    Por outro lado, o Conde de Linhares criou norma para Go na qual índio que fosse pego “armado” poderia ser preso.    O posso estendeu por conta própria o alcance da norma absurda e passou a escravizar os índios.   Escravizar e vende-los como escravos.

         Teria havido muita venda de índios de GO para o estado do Pará.

         Administração Geral de GO  -   Até 1809 GO só tinha uma comarca.   Era uma província quase sem lei.   Em 1809 passou a ter duas comarcas.  Vila Boa era a capital da província.   “Uma das maiores infelicidades que tiveram os brasileiros após a vinda do rei, consistiu em que passaram a ser governados por homens que desconheciam totalmente a América...”

         Finanças.    Entre os impostos em 1819    ...”dízimos dos produtos do solo, os quais, conforme acordo feito outrora entre o clero e o governo, tinham passado às mãos deste último”.        ...”era o quinto (20%) sobre o ouro”.    (daí que surgiu a expressão de mandar pros quintos dos infernos)

         Em relação a mercadorias quase não dava para sonegar porque contrabando em lombo de burro era caro demais.    Exceto o ouro, que em pequena quantidade agregava elevado valor e era contrabandeado largamente.

         Em 1750 se criaram duas fundições de ouro estatais em GO.   Ao sul deste, em Vila Boa e ao Norte em São Felix.

         Dízimos -   O dízimo era cobrado em dinheiro sobre os produtos da terra.   Só que não havia quase nada de comércio de produtos agrícolas e pecuários na região.   O pessoal criava e plantava mais para o consumo próprio.    O dízimo dos produtores rurais era cobrado de três em três anos e um agente vinha, fazia a estimativa do que foi plantado no período e colhido e cobrava dez por cento.

         No caso dos produtores rurais de MG onde o comércio era mais desenvolvido, muitas vezes abandonavam as terras quando eram cobrados e iam mais adiante abrir novas terras.    Pela falta de estradas e comércio no interior de GO, esse não era uma opção para fugir do fisco.

 

         Continua no capítulo      10/10