capítulo 10/10
A jovem que ficou com Quirino à noite era feiticeira. Descobriram o caso e ela teve que ser
mandada embora do local.
Jotinha... “ela queria
me levar para outros aléns. Quem mandara
eu lhe tocar em jeito de a tornar mãe?”
Décimo primeiro capítulo – Ondas Escrevendo estórias
“A paisagem chegara ao mar.
A estrada, agora, só se tapeteia de areia branca.” O velho Tuahir e o jovem chegaram ao mar na
jangada, imaginária ou não. O velho
muito mal pela febre do pântano.
Antevendo seu fim.
O jovem leva ele até as dunas e coloca-o numa sombra. O mar à vista.
O jovem explorando o local vê um pequeno barco
abandonado. No lado do barco, o nome de
Taímo, pai de Kindzu, o dos cadernos.
Taímo no passado partiu para o mar à deriva, sem destino
para se sepultar nas águas.
Tuahir pediu para Muidinho coloca-lo no barco e solta-lo à
deriva no mar. Se findar no mar.
Taímo, pai de Kindzu também é o nome da canoa com foi dito.
Falta ler o último caderno de Kindzu e o menino que ler para
Tuahir e este diz que é para o garoto ler sozinho o caderno final.
O velho esperando a maré subir para ele se colocar na canoa
e partir de vez. “O mar está
sossegado, nem parece que ali está a acontecer uma despedida.”
O velho pergunta ao garoto se era verdade o que este linha
lido, se não escondeu ou aumentou alguma coisa. O garoto ficou surpreso e afirmou que nada
alterou.
Aí o velho mudou de ideia e resolveu ouvir a leitura do
último caderno de Kindzu. “Agora me
comece a ler”.
A maré sobe e carrega o barquinho com Tuahir. “Começa então a viagem de Tuahir para um mar
cheio de infinitas fantasias”.
O último caderno de Kindzu - As páginas da terra
“Depois de Elzinha, nenhuma esperança me restava” (de encontrar Gaspar, o jovem filho de
Farida). “Estava perdido o amor. Farida não aceitaria a minha falta de
promessa.”
Antoninho, empregado de Assane, foi visitar Farida no navio
naufragado. Ela disse que iria com o
barquinho dele, acender o farol que há tempos estava apagado. Ela achava que se o farol voltasse a
funcionar, outros navios viriam e ela conseguiria partir.
Ela no farol e tudo lá explode – pela narrativa de
Antoninho.
Nesse episódio, Farida teria morrido. Kindzu ficou em dúvida com esse relato do
farol. Farida era uma das duas gêmeas,
das quais uma tinha que morrer para desfazer o feitiço. A outra era a esposa do administrador.
Kindzu desabafa: “É
isso que desejo: me apagar, perder a
voz, desexistir”. Ainda bem que
escrevi, passo por passo, esta viagem.
Assim escritas estas lembranças ficam presas no papel, bem longe de mim”.
O feiticeiro e seu discurso a uma legião de seguidores
desvalidos... falando das guerras e suas
consequências. “Vós vos convertesteis
em bichos, sem famílias, sem nação.
Porque esta guerra não foi para nos tirar do país, mas para tirar o país
de dentro de nós”.
“Agora a arma é a nossa única alma”. ...
“E até os miseráveis serão donos do nosso medo, pois
vivereis no reino da brutalidade.
....”aceitemos morrer como gente que já não somos. Deixai que morra o animal que esta guerra
nos converteu”.
Na mágica do feiticeiro, terminada a fala, colocou um líquido
sobre cada um da multidão que o seguia e estes se transformaram em bichos. Estes que partiram para o mato.
Nesse ambiente surreal aparece Junhito (em sonho), que
ficava no galinheiro para não ser requisitado para a guerra. Ele foi cercado pelo povo e as autoridades. Nisso Kindzu se viu com uma zagaia (um tipo
de lança afiada) na mão e roupa de naparama.
(os que lutam por seu povo sofrido).
“Me identifiquei: eu era um naparama!” Nesse universo lúdico apareceu também a
mãe de Kindzu e de Junhito com um filho pequeno no braço. Logo que se viram, em seguida foram se
esconder na mata e Kindzu ficou só. Tudo poderia ser parte de uma magia, de um
sonho.
... “a estrada me desencaminhou”.
“O destino o que é senão um embriagado conduzido por um
cego?”
Fim maio de
2023