Capítulo 01/06 fevereiro de 2023
Autora: Doutora em
História Social da Arte Elisabeth Seraphim Prosser
Editora: Kairós Edições – Edição de 2010 – 210 páginas
com ilustrações
Este livro nasceu de uma tese de doutorado defendida em 2009
na UFPR Universidade Federal do Paraná.
Tem apoio cultural da Caixa Econômica Federal e outras entidades
públicas e privadas.
O recorte do estudo foi Curitiba de 2004 a 2009.
A arte do Graffiti não tem intermediário. O autor cria e coloca a obra em contato
direto com o público. “É livre, transgressor
e visceral”. E assim o graffiti se
configura como nova mídia...”
Os artistas do gênero geralmente são politizados e comumente
críticos do capitalismo, do consumismo.
“A rua, Um lugar Privilegiado”.
Diferentes manifestações relacionadas ao Graffiti e
assemelhados são agrupadas como Arte de Rua.
...”esta arte ocorre de modo espontâneo, sem regras, de
maneira aleatória e inesperada na paisagem urbana, passando a fazer parte do
tecido da cidade e transformando-o continuamente”.
...”arte séria e brincalhona...” “Há Graffiti, pichação, lambe-lambe, stencil
e sticker. São diferenciados por meio
dos estilos...
No estudo feito nesta tese, os praticantes da arte de rua em
Curitiba na ocasião tinham idade entre 14 e 40 anos.
A Cidade como Mídia Alternativa
...”trazem mensagens implícitas e explícitas”. ... se torna uma mídia democrática... ....lidas por qualquer pessoa.
Os artistas de rua geralmente fotografam e filmam seus
trabalhos e depois divulgam pela internet.
Divulgam ao público, aos amigos e aos seus “inimigos”. Há grupos e grupos.
Em Curitiba há mais
....”uma luta por ideias contra o sistema que uma rivalidade entre
gangues”.
...”entre as políticas públicas e ações repressoras e a
representação de grupos cuja voz somente é ouvida quando transformada em grito
rebelde”.
Cidade Polifônica – Pichação, Graffiti, Colagem – O que é
isso?
No termo italiano, grafito no singular e Graffiti no plural
significa fazer uso da grafia.
O termo pichação vem de piche (betume, petróleo), preto, pastoso,
usado desde a antiguidade.
Na Idade Média, por vezes cobriam de piche mulheres consideradas
bruxas. (asfixia e mata...)
Igrejas na Idade Média faziam pichação nas paredes de
igrejas de outras ordens religiosas para fustiga-las.
Nos anos 60/70 na luta estudantil contra a ditadura militar
no Brasil, era comum a pichação de espaços públicos como protesto feito pelos
estudantes. Sempre às escondidas, por
conta da forte repressão.
A maior parte dos pichos encontrados na atualidade é
assinatura do autor. É claro entre seus
pares e pouco definido para o público em geral.
Continua no capítulo 02/06