LIVRO – EICHMANN EM JERUSALÉM – Um Relato Sobre a
Banalidade do Mal - Autora: Hannah Arendt - fichamento em outubro de 2020
Capítulo - 01/20
O livro trata do julgamento em Israel de um dos relevantes agentes
Nazistas que implementaram o extermínio de judeus. Eichmann fugiu para a
Argentina onde viveu por anos e foi sequestrado por Israel e levado a júri
naquele país nos anos 60 com repercussão mundial. A autora é alemã, judia,
filósofa e esteve na equipe que fez a cobertura jornalística do julgamento. Ela
foi professora universitária e escritora. Morava nos USA.
Vamos ao fichamento de leitura em si:
A autora nasceu na Alemanha em 1906, de família judia rica. No ano de
1924 cursava universidade em Berlim. Em 1941 se refugiou para os USA. Foi
professora em NY. Publicou vários livros. Faleceu em 1975.
Neste livro na abertura ela faz uma nota ao leitor com data de junho de
1964.
Página 13 – Casa da Justiça em Jerusalém. Entram três juízes. Presença
de duas estenógrafas que vão anotando falas. As falas são em hebraico com
tradução simultânea para o francês de forma excelente, inglês de forma
tolerável e um alemão, uma comédia, muitas vezes incompreensível.
Ela destaca que tantos do povo de Israel são provenientes da Alemanha e
é estranho um tradutor tão ruim na língua do réu e da defesa do mesmo.
Numa cabine de vidro, o réu voltado para a plateia.
14 – O presidente do júri: Moshe Landau. Na época, o primeiro ministro
de Israel era David Ben-Gurion, o que mandou raptar Eichmann na Argentina para
ser julgado em Israel por crimes de guerra.
...” por seu papel na `solução final´ dos judeus. “A justiça exige que o
acusado seja processado, defendido e julgado...”
15 - “Em juízo estão os seus feitos, não o sofrimento dos judeus...”
16 – Antes houve os julgamentos de Nuremberg. (logo depois da segunda
Guerra Mundial)
16 - Diferente de Nuremberg, aqui eram os judeus julgando o réu que agiu
contra seu povo.
17 – É citado no Tribunal que “não fazemos distinções étnicas”... mas a
lei rabínica ..... proibindo judeus de casar com não –judeus.”
“Gentios” (não judeus) não tem direito a enterro em cemitérios judeus.
(lembrando que a autora do livro é filósofa judia)
18 – A autora critica a ingenuidade da acusação que denunciou as Leis de
Nuremberg de 1935 que proibia casamento e relações sexuais entre alemães e
judeus. Logo um judeu denunciar isso, sendo que seu país não aceita casamento
com outros povos.
A autora disse que a imprensa internacional (em peso lá) viu isso e fez
que não viu. Fez silêncio sobre isso.
18 – “...judeus orientais, por aqueles a quem a historia nunca foram
contada”. (A história para eles é o que está no livro sagrado)
19 – Na plateia a grande parte era judeu de meia idade para cima que
viveu os fatos e nem precisava de tantas explicações sobre os mesmos. Judeus
migrantes da Europa, geralmente.
19 – “Um julgamento parece uma peça de teatro porque ambos começam e
terminam com o autor do ato, não com a vítima”. No teatro fica no lugar do
herói.
19 – Cita o governador geral da Polônia ocupada pelos nazistas, julgado
e enforcado em Nuremberg por crimes de guerra. Hans Frank.
21 – “... a causa possível da prontidão demonstrada pela comunidade
judaica alemã em negociar com as autoridades nazistas durante os primeiros
estágios do regime nazista”.
22 – A autora reprova o Estado de Israel de então ainda praticando a
dicotomia judeus e gentios. (gentios – todos os não judeus).
“Nada mais terrível do que essas procissões de seres humanos marchando
como fantoches para a morte”.
24 – A Alemanha criou “tardiamente”, só em 1958 a Agência Central de
Investigação de Crimes Nazistas. (A Guerra terminou em 1945)
25 – A autora cita penas leves que antes foram impostas a nazistas
ligados às mortes em massa de judeus. Muitos foram condenados a serviços
forçados.
Continua no capítulo 02/20