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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

CAPÍTULO 01/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (Julgamento do Nazista) - Autora: Filósofa alemã judia - Hannah Arendt

 

LIVRO – EICHMANN EM JERUSALÉM – Um Relato Sobre a Banalidade do Mal - Autora: Hannah Arendt         - fichamento em outubro de 2020

Capítulo - 01/20

O livro trata do julgamento em Israel de um dos relevantes agentes Nazistas que implementaram o extermínio de judeus. Eichmann fugiu para a Argentina onde viveu por anos e foi sequestrado por Israel e levado a júri naquele país nos anos 60 com repercussão mundial. A autora é alemã, judia, filósofa e esteve na equipe que fez a cobertura jornalística do julgamento. Ela foi professora universitária e escritora. Morava nos USA.

Vamos ao fichamento de leitura em si:

A autora nasceu na Alemanha em 1906, de família judia rica. No ano de 1924 cursava universidade em Berlim. Em 1941 se refugiou para os USA. Foi professora em NY. Publicou vários livros. Faleceu em 1975.

Neste livro na abertura ela faz uma nota ao leitor com data de junho de 1964.

Página 13 – Casa da Justiça em Jerusalém. Entram três juízes. Presença de duas estenógrafas que vão anotando falas. As falas são em hebraico com tradução simultânea para o francês de forma excelente, inglês de forma tolerável e um alemão, uma comédia, muitas vezes incompreensível.

Ela destaca que tantos do povo de Israel são provenientes da Alemanha e é estranho um tradutor tão ruim na língua do réu e da defesa do mesmo.

Numa cabine de vidro, o réu voltado para a plateia.

14 – O presidente do júri: Moshe Landau. Na época, o primeiro ministro de Israel era David Ben-Gurion, o que mandou raptar Eichmann na Argentina para ser julgado em Israel por crimes de guerra.

...” por seu papel na `solução final´ dos judeus. “A justiça exige que o acusado seja processado, defendido e julgado...”

15 - “Em juízo estão os seus feitos, não o sofrimento dos judeus...”

16 – Antes houve os julgamentos de Nuremberg. (logo depois da segunda Guerra Mundial)

16 - Diferente de Nuremberg, aqui eram os judeus julgando o réu que agiu contra seu povo.

17 – É citado no Tribunal que “não fazemos distinções étnicas”... mas a lei rabínica ..... proibindo judeus de casar com não –judeus.”

“Gentios” (não judeus) não tem direito a enterro em cemitérios judeus.

(lembrando que a autora do livro é filósofa judia)

18 – A autora critica a ingenuidade da acusação que denunciou as Leis de Nuremberg de 1935 que proibia casamento e relações sexuais entre alemães e judeus. Logo um judeu denunciar isso, sendo que seu país não aceita casamento com outros povos.

A autora disse que a imprensa internacional (em peso lá) viu isso e fez que não viu. Fez silêncio sobre isso.

18 – “...judeus orientais, por aqueles a quem a historia nunca foram contada”. (A história para eles é o que está no livro sagrado)

19 – Na plateia a grande parte era judeu de meia idade para cima que viveu os fatos e nem precisava de tantas explicações sobre os mesmos. Judeus migrantes da Europa, geralmente.

19 – “Um julgamento parece uma peça de teatro porque ambos começam e terminam com o autor do ato, não com a vítima”. No teatro fica no lugar do herói.

19 – Cita o governador geral da Polônia ocupada pelos nazistas, julgado e enforcado em Nuremberg por crimes de guerra. Hans Frank.

21 – “... a causa possível da prontidão demonstrada pela comunidade judaica alemã em negociar com as autoridades nazistas durante os primeiros estágios do regime nazista”.

22 – A autora reprova o Estado de Israel de então ainda praticando a dicotomia judeus e gentios. (gentios – todos os não judeus).

“Nada mais terrível do que essas procissões de seres humanos marchando como fantoches para a morte”.

24 – A Alemanha criou “tardiamente”, só em 1958 a Agência Central de Investigação de Crimes Nazistas. (A Guerra terminou em 1945)

25 – A autora cita penas leves que antes foram impostas a nazistas ligados às mortes em massa de judeus. Muitos foram condenados a serviços forçados.

Continua no capítulo 02/20

 

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