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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

CAP. 04/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP 4/20        -   outubro de 2020  (a autora acompanhou o julgamento no local)

         Página 51 – A Noite dos Cristais de novembro de 1938.   “em que 7.500 vitrines de lojas judaicas foram quebradas, todas as sinagogas foram incendiadas e 20.000 judeus foram levados para campos de concentração”.

         51 – “As leis de Nuremberg de 1935 privaram os judeus dos seus direitos políticos, mas não de seus direitos civis; eles não eram mais cidadãos”.    Vedada relação sexual entre alemães e judeus; vedados casamentos também entre alemães e judeus.

         Mulher alemã de menos de 45 anos não podia, por lei, se empregar na casa de judeus.

         52 – As AS – tropas de assalto, os camisa marrom.   Responsáveis pelos progroms e atrocidades.   Emergem também os camisas pretas...

         53 – O novo chefe de Eichmann, Von Mildentein, exigiu dele que lesse Der Judenstaat de Teodor Herzl, o famoso clássico sionista, que converteu Eichmann ao sionismo imediata e definitivamente.    Ele propunha solução política – expulsão dos judeus, mas lá na frente veio a ordem de “solução física” (extermínio).

         O reu adquiriu um verniz de hebraico. O idioma iídiche dos judeus atuais é “basicamente um velho dialeto alemão escrito com letras hebraicas”.    Andou lendo livros inclusive de história dos judeus etc.

         Lia pouco...   “para desânimo do pai, nunca recorreu aos livros da biblioteca familiar.

         54 – Com seu conhecimento do povo judeu, conseguiu o cargo de espião oficial dos escritórios sionistas e de suas reuniões.

         54 – “Idealista” – declarou que se fosse por ordem superior, mandaria seu próprio pai para os campos de extermínio...   centenas de milhares de judeus eram enviados para Auschwitz.

         55 – A partir de 02-08-1914, data do início da Primeira Guerra Mundial os judeus na Alemanha perderam a cidadania e poderiam ser deportados em qualquer momento.   Mas só cinco anos depois, ocorreu de repente a expulsão de 15.000 judeus que foram despejados na Polonia, perto da fronteira com a Alemanha.

         56 – Na Áustria em 1938, já ocupada pela Alemanha, a tarefa de Eichmann era promover a “emigração forçada”  (deportação) de judeus.

         Ele foi condecorado pelo “sucesso” do seu trabalho.  Em oito meses, 45.000 judeus deixaram a Áustria.  Já na Alemanha, na jurisdição de outra liderança, só saíram 19.000 judeus.   Em menos de 18 meses a Áustria foi “limpa” de judeus.   Cerca de 148.000 judeus ao todo foram deportados, equivalente a 60% da população judaica daquele país .

         57 – O “sucesso” conseguido na Áustria tinha um trunfo.  Conseguiram através de acordo com associação judaica, que os judeus ricos pagassem um tanto em dinheiro que propiciou meios dos mais pobres também poderem emigrar de forma forçada.   ( A ideia não foi de Eichmann mas ele usou com sucesso dentro da perspectiva do cargo)

         A ideia foi de um advogado sob seu comando, chamado Rajakowitsch.   Chegaram a exportar o modelo para a Holanda ocupada se livrar dos judeus.

         Eichmann criou uma verdadeira linha de montagem, reunindo todas repartições num só ambiente.   Receita Federal, Polícia, Relações Exteriores etc.  O judeu entrava rico numa porta, transitava por todos os departamentos e saia pobre do outro lado, com uns trocados para entrar no novo país e um passaporte na mão para sair em 15 dias.

         A outra opção para o judeu era ser enviado para o campo de concentração.

         O sistema criado tinha que prover algum recurso em moeda do país onde o emigrante iria entrar e então o pessoal da burocracia bolou um sistema onde uns, com recursos dos judeus ricos, iam ao país, comprava moeda suficiente, fazia um cambio pra lá de negro da moeda, os que iriam migrar compravam essas moedas para usar no novo país.     O câmbio oficial então era de 1 dolar a 4,20 marcos.  Para os judeus, saia de 10 a 20 vezes mais caro.   

         59 – “Falar demais foi o vício que arruinou Eichmann”.   Ele disse que ia dançar no túmulo de satisfação pela morte, pelos alemães, de cinco milhões de judeus”.

         60 – O reu caiu porque se vangloriou demais.   “O que acabou levando à sua captura foi sua compulsão a contar vantagem...”

         61 – Esperando o julgamento em Israel, um guarda deu um exemplar de Lolita para ele ler.   Dois ou três dias depois, ele devolveu por achar o livro indecente.

              ..... continua no capítulo 05/20

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