CAP 6/20 - outubro de 2020
(a autora acompanhou nos anos 60 o julgamento em Jerusalem)
Página
86 - Como réus, eram comum que os do
alto comando para se safar nos processos, tentavam jogar a culpa em alguém
ausente ou presumivelmente morto.
90 – O
plano do reu poderia, por suposto, estar dentro do sonho dele virar governador
Geral de um estado judeu a ser criado na região ocupada, assim como Hans Frank
era na Polonia ocupada e Heydrich na Tchecoslováquia.
Sem
sucesso, tenta o plano de colocar 4 milhões de judeus na distante Madagascar, a
maior ilha do mundo na costa Africana.
Ilha com mais de 4 milhões de nativos e sob a condição de colônia da
França. Este plano surgiu no Ministério
das Relações Exteriores da Alemanha. A
França por sua vez tinha seu próprio plano de enviar do país, 200 mil judeus
para sua colônia de Madagascar.
91 – Só
na Polônia havia mais de 3 milhões de judeus.
Nessa
época do projeto Madagascar, absurdo, era tempo de guerra e a Marinha inglesa
tinha o comando sobre o Atlântico e inviabilizava esse plano.
Em
guerra, o povo alemão queria se desfazer dos judeus, já os mantinha em campos
de concentração; não podiam deporta-los e acabaram chegando à “Solução
Final”. Execução em massa.
93 –
Cada departamento agindo do seu jeito numa competição entre si, tendo os judeus
como foco. Brigavam... “todo mundo alemão batalhando pela
supremacia branca”.
93 –
Explode a guerra contra a Rússia e com isso acaba a parte “negocial” para
expatriar judeus via emigrações forçadas.
Eichmann
alega que ali “era o fim de sua carreira”.
Acabava com seu sonho de se criar por lá um Estado Judeu governado por
nazistas e sob sua batuta no comando.
93 – O
reu em certa fase tinha que consultar Oswald Pohl para descobrir qual era o
destino final de cada embarque de judeus.
93 –
Muitas empresas industriais se instalavam perto dos campos de concentração para
explorar mão de obra de trabalho forçado, algo muito lucrativo. A Siemens entre elas.
Campos
de Auschwitz e Lublin entre os destaques.
Nas
fábricas... “matar por meio do
trabalho”...
94 – Na
fábrica da I.G.Farben pelo menos 25.000 judeus dos aproximadamente 35.000 que
nela trabalharam, morreram no período.
Invasão
da Rússia dia 22/06/1941.
96 –
Heydrich, poderoso, foi fuzilado por patriotas tchecos.
O único
campo de concentração que ficou sob o comando de Eichemann foi o de
Theresienstadt na Thecoslováquia. Esse
campo teria sido pelos nazistas como “vitrine” para o mundo exterior – era o
único campo onde representantes da Cruz Vermelha Internacional podiam entrar.
98 –
Capítulo VI – A Solução Final:
Assassinato.
Invadem
a Rússia em junho de 1941. Em
31-07-1941 Heydrich recebe uma carta de Hermann Göring, comandante em Chefe da
Força Aérea, Primeiro Ministro da Prússia, Vice de Hitler na hierarquia de
Estado. A carta era para que Heydrich
preparasse a “Solução Geral” da questão judaica dentro dos domínios da
Alemanha. (Solução Geral era um termo
cifrado para se referir à Solução Final que era secreta como plano.
Os
domínios da Alemanha incluía os países por ela ocupados como Polônia,
Tchecoslováquia etc.
...”para
a implementação da desejada Solução Final”...
Consta que essa ideia já era gestada há anos na Alemanha...
Eichmann
chamado a Berlim. Heydrich em reunião
com ele faz uma fala inicial e chega ao ponto:
“O Füher ordenou que os judeus sejam exterminados fisicamente”.
No
julgamento, Eichmann em juízo esqueceu de citar algo muito importante em sua
defesa.
99 – Que
além da ordem de extermínio, as execuções não estariam sob a ordem do seu RSHA,
mas sob o comando do Escritório para Economia e Administração da SS. E que o codinome da operação era Solução
Final.
Himmler
já tinha conhecimento dessa operação desde a derrota da França no verão de 1940
e este não concordava com essa operação.
Como o escalão do reu não era alto, demorou para chegar nele a notícia
da operação. Usavam uma linguagem
própria para a execução dos planos como – campo de concentração virava
Reassentamento; trabalhos forçados viravam trabalhos no Leste e assim por
diante.
.....
continua no capítulo 7/20
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