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quarta-feira, 27 de julho de 2022

CAP. 18/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 18/22

 

        Anita pergunta em particular para a mãe dela.    – No noivado, o rajá lhe confessou que já tinha quatro esposas?   A mãe respondeu que sim.  Anita pergunta  por quê a mãe não lhe contou isso na época?    A mãe disse que isso iria assustar Anita...    Isto fez desabar o amor de Anita pelos pais.   Forçaram a barra para Anita se casar com o rajá e assim os pais dela ficariam na vida boa.

         Sente uma decepção total pela família.   “Resta-lhe um gosto amargo na boca: o sabor da decepção”.

         Quinta Parte -   O doce crime do amor

         Tempo de guerra se estende (1914 a 1918).   Anita e família passeando pelos USA.   Recebe notícia de que sua irmã Vitória se separou do marido e que ela está grávida dele do seu quarto filho.    Ele deixou-a grávida e fugiu com a empregada doméstica menor de idade e engravidada por ele.

         Anita e o marajá se encontram nos USA inclusive com Charles Chaplin.

         Ela chegou a publicar em 1915 um livro em francês com suas impressões sobre a Índia.

         Agora, Anita na Argentina.   Através de um filho do marajá, conseguiu um apoio na Europa à irmã para esta retornar à Espanha em tempos de guerra.

         Anita na Argentina e assiste apresentação de tango de Carlos Gardel, que despontava como um futuro ícone do tango do seu país.

         A guerra contra a Alemanha se complica para os aliados em partes da Europa e passa a haver racionamento de alimentos e há muita fome.

         Dia 30-12-1916, perto da ilha de Creta, o navio no qual o marajá e Anita iriam retornar à Índia foi torpedeado e afundado com 501 pessoas a bordo entre tripulantes e passageiros.   Foi atingido por um submarino alemão.    O marajá só não estava nesse navio porque recebeu um alerta da polícia secreta da Inglaterra do possível ataque.   Em torno de cem pessoas foram salvas do naufrágio por um navio chinês.

         Nesse tempo da guerra Gandhi, então jovem advogado que vivia socorrendo os mais pobres na Índia, incentivava o povo a ajudar a Inglaterra na guerra que não era deles.    Ele entendia que isso ajudaria a Índia a ser independente mais adiante.

         Gandhi fez um discurso com roupa de algodão simples no estilo ancestral do seu povo num evento cheio de nobres na inauguração de uma universidade em Benares na Índia.    No discurso, deixou todos de queixo caído ....    “A exibição de joias que vocês nos ofereceram hoje é uma festa esplêndida para a vista... mas quando comparo com o rosto dos milhões de pobres, deduzo que não há salvação para a Índia enquanto não tirarem essas joias e não as depositarem nas mãos desses pobres...”

         Os nobres foram abandonando a solenidade durante a dura fala dele e mesmo estudantes vaiaram a fala de Gandhi nessa ocasião.

         Nesse tempo Gandhi ainda não era famoso na Índia.  Mais adiante a fama dele começa a crescer.

         “A Índia eterna, que sempre se inclinou diante do poder e da riqueza, também adora os humildes servidores dos pobres”.  (com ajuda das religiões)

         A amiga de Anita, a Bibi (sobrinha do rajá), já via em Gandhi uma pessoa que teria a envergadura que teve no futuro e na história da Índia.

         Gandhi pelo país, roupa simples e pés descalços, fazendo seguidores. Inclui o gesto de fiar o algodão e fazer as próprias vestes como seus antepassados.   Este, um dos gestos de resistência aos ingleses e na busca pela independência do seu país e seu povo.      ...”e da elite dos brâmanes hindus”.

         ...”Bibi casou-se com a causa da independência”.

         Anita, amargurada, se distrai no palácio envolvida em orientar a confecção de roupas para envio aos soldados de sua terra que combatem os alemães na França.   Ao se levantar cedo há pouca motivação com o fato do filho ficar em estudo na Europa e a amiga Bibi engajada na causa da independência.

         ...”trancada em sua prisão dourada, invejada por poucos, ignorada por muitos, odiada por alguns”.

         Karan, um dos filhos do marajá, se torna amigo de Anita e conversa com ela.  Está aprendendo a tocar bandoneon (tipo de acordeon) e tenta alguns tangos.  Ele foi requisitado pelo pai para ajudar nas tarefas do seu reino.    Karan se altera às vezes tentando ajudar na administração com suas ideias trazidas da vivência e estudos na Inglaterra.  Causa atritos com o modo de ser e de viver no seu país com costumes milenares.

         Em 1917, um ano antes de terminar a guerra, na Índia houve aumento de pobreza por causa do esforço de guerra.  Inflação castigando o povo.

         Karan, jovem, opina que a guerra na Europa é uma fraqueza dos brancos e que poderá repercutir na Índia colonial e esta pode ter que se emancipar e tocar a vida por si.   O marajá, seu pai, achou que isso nunca iria acontecer.

 

         Continua no capítulo 19/22